Haddad comemora elevação de nota do Brasil pela Moody’s e reconhece que há 'trabalho a ser feito' nas despesas e receitas
O Brasil agora está a um passo do grau de investimento pela agência O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou elevação da nota de crédito do país pela agência de classificação de riscos Moody's. O ministro ressaltou que o país está a um degrau do selo de bom pagador, mas reconheceu a necessidade de um trabalho nas receitas e despesas. Rating: Fazenda diz que elevação de nota pela Moody’s é reconhecimento de avanço nas contas públicas Campos Neto: Reduzir juros sem ajuste nas contas públicas impactaria na inflação Haddad aproveitou a oportunidade para defender a agenda da equipe econômica de reequilíbrio das contas públicas. Segundo ele, é um trabalho complexo, que depende de diálogo dentro do governo e com outros Poderes, mas é um "esforço" que "vale a pena". — Estamos a meio degrau de grau de investimento, porque estamos a um degrau com viés positivo — afirmou. — Não está dado. Temos um trabalho a fazer, mas é uma possibilidade concreta. O que parecia muito distante, parece que está à mão, se não tivermos receio de tomar medidas necessárias para o reequilíbrio das contas. Contato com o Fisco: Receita abre canais para orientar contribuintes e evitar disputas A elevação da nota de crédito do país pela agência de classificação de crédito Moody’s deixa o Brasil a um passo do grau de investimento. A mudança foi de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva do rating positiva. O grau de investimentos significa que o país tem selo de bom pagador, o que aumenta o fluxo de investimentos estrangeiros. Em maio, a agência já havia alterado a perspectiva sobre a nota de crédito do Brasil para "positiva", ante "estável", mas ainda no grau de Ba2. Segundo o ministro, é importante perseverar no equilíbrio entre a política fiscal e a monetária, o que vai possibilitar a estabilização da relação dívida/PIB. Haddad afirmou que o desequilíbrio foi o que levou à perda do grau de investimento em 2015. — Se não baixarmos a guarda em relação às despesas e às receitas, acredito que podemos completar o mandato do presidente Lula retomando o grau de investimento — disse o ministro. — Há um trabalho a ser feito no campo da despesa e no campo da receita que pode nos permitir reequilibrar as contas e baixar as taxas de juros, retomando grau de investimento — reforçou Haddad, acrescentando que há um caminho a trilhar e que o governo não pode andar na direção oposta. Nos últimos dias, o governo tem sido criticado por medidas fora do arcabouço fiscal, como o vale-gás. Haddad disse que conversou com o presidente Lula sobre essa tema em Nova York, e que houve autorização para rediscutir o tema. — Não é uma linha reta, governo às vezes tropeça, toma uma medida e revê. Tem havido espaço necessário para voltarmos à mesa — afirmou, citando que Lula já autorizou a discussão do vale gás para que caiba dentro do arcabouço. — Estamos convencidos que o caminho é esse. Estamos enfrentando os problemas sociais, mas tem a maneira correta de fazer isso, o que também resulta em benefício social, que é emprego em alta e inflação em baixa. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também celebrou a elevação da nota brasileira pela Moody's pelas suas redes sociais. "Estamos a um passo do grau de investimento por essa agência! A decisão reflete crescimento robusto e reformas estruturais que fortalecem nossa economia. Seguimos trabalhando para garantir a solidez fiscal e reduzir o custo da dívida." Nota do Tesouro Mais cedo, em nota, o Tesouro já havia atribuído a melhora da nota ao avançao das contas públicas. "A elevação da nota de crédito pela Moody’s reflete o reconhecimento dos avanços nas contas públicas, de um cenário propício ao crescimento e da solidez dos fundamentos da economia brasileira", afirma. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram, em Nova York, com representantes da Moody's, além da Fitch e S&P, as três principais agências de rating. As suas avaliações são usadas por investidores para ajudar na decisão de aportar recursos em países e empresas. Lula, que estava nos EUA para o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, havia pedido à equipe econômica um acompanhamento do cronograma das agências para a possível recuperação do Brasil do grau de investimento. No seu segundo governo, em 2008, o Brasil ganhou pela primeira vez a nota de grau de investimento, considerado um selo de bom pagador. A primeira nota foi dada pela S&P. Depois, perdeu o selo a partir de 2015, no contexto da crise econômica deflagrada pelas pedaladas no governo de Dilma Rousseff. Em nota, a Fazenda reafirmou seu compromisso com a melhoria contínua dos resultados fiscais, empreendendo esforços para aumentar a arrecadação e conter gastos. “Além de estabilizar a relação dívida/PIB, um balanço fiscal mais robusto contribuirá para a redução das taxas de juros e a melhoria das condições de crédito, criando um ambiente favorável à expansão dos investimentos públicos e privados
O Brasil agora está a um passo do grau de investimento pela agência O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou elevação da nota de crédito do país pela agência de classificação de riscos Moody's. O ministro ressaltou que o país está a um degrau do selo de bom pagador, mas reconheceu a necessidade de um trabalho nas receitas e despesas. Rating: Fazenda diz que elevação de nota pela Moody’s é reconhecimento de avanço nas contas públicas Campos Neto: Reduzir juros sem ajuste nas contas públicas impactaria na inflação Haddad aproveitou a oportunidade para defender a agenda da equipe econômica de reequilíbrio das contas públicas. Segundo ele, é um trabalho complexo, que depende de diálogo dentro do governo e com outros Poderes, mas é um "esforço" que "vale a pena". — Estamos a meio degrau de grau de investimento, porque estamos a um degrau com viés positivo — afirmou. — Não está dado. Temos um trabalho a fazer, mas é uma possibilidade concreta. O que parecia muito distante, parece que está à mão, se não tivermos receio de tomar medidas necessárias para o reequilíbrio das contas. Contato com o Fisco: Receita abre canais para orientar contribuintes e evitar disputas A elevação da nota de crédito do país pela agência de classificação de crédito Moody’s deixa o Brasil a um passo do grau de investimento. A mudança foi de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva do rating positiva. O grau de investimentos significa que o país tem selo de bom pagador, o que aumenta o fluxo de investimentos estrangeiros. Em maio, a agência já havia alterado a perspectiva sobre a nota de crédito do Brasil para "positiva", ante "estável", mas ainda no grau de Ba2. Segundo o ministro, é importante perseverar no equilíbrio entre a política fiscal e a monetária, o que vai possibilitar a estabilização da relação dívida/PIB. Haddad afirmou que o desequilíbrio foi o que levou à perda do grau de investimento em 2015. — Se não baixarmos a guarda em relação às despesas e às receitas, acredito que podemos completar o mandato do presidente Lula retomando o grau de investimento — disse o ministro. — Há um trabalho a ser feito no campo da despesa e no campo da receita que pode nos permitir reequilibrar as contas e baixar as taxas de juros, retomando grau de investimento — reforçou Haddad, acrescentando que há um caminho a trilhar e que o governo não pode andar na direção oposta. Nos últimos dias, o governo tem sido criticado por medidas fora do arcabouço fiscal, como o vale-gás. Haddad disse que conversou com o presidente Lula sobre essa tema em Nova York, e que houve autorização para rediscutir o tema. — Não é uma linha reta, governo às vezes tropeça, toma uma medida e revê. Tem havido espaço necessário para voltarmos à mesa — afirmou, citando que Lula já autorizou a discussão do vale gás para que caiba dentro do arcabouço. — Estamos convencidos que o caminho é esse. Estamos enfrentando os problemas sociais, mas tem a maneira correta de fazer isso, o que também resulta em benefício social, que é emprego em alta e inflação em baixa. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também celebrou a elevação da nota brasileira pela Moody's pelas suas redes sociais. "Estamos a um passo do grau de investimento por essa agência! A decisão reflete crescimento robusto e reformas estruturais que fortalecem nossa economia. Seguimos trabalhando para garantir a solidez fiscal e reduzir o custo da dívida." Nota do Tesouro Mais cedo, em nota, o Tesouro já havia atribuído a melhora da nota ao avançao das contas públicas. "A elevação da nota de crédito pela Moody’s reflete o reconhecimento dos avanços nas contas públicas, de um cenário propício ao crescimento e da solidez dos fundamentos da economia brasileira", afirma. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram, em Nova York, com representantes da Moody's, além da Fitch e S&P, as três principais agências de rating. As suas avaliações são usadas por investidores para ajudar na decisão de aportar recursos em países e empresas. Lula, que estava nos EUA para o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, havia pedido à equipe econômica um acompanhamento do cronograma das agências para a possível recuperação do Brasil do grau de investimento. No seu segundo governo, em 2008, o Brasil ganhou pela primeira vez a nota de grau de investimento, considerado um selo de bom pagador. A primeira nota foi dada pela S&P. Depois, perdeu o selo a partir de 2015, no contexto da crise econômica deflagrada pelas pedaladas no governo de Dilma Rousseff. Em nota, a Fazenda reafirmou seu compromisso com a melhoria contínua dos resultados fiscais, empreendendo esforços para aumentar a arrecadação e conter gastos. “Além de estabilizar a relação dívida/PIB, um balanço fiscal mais robusto contribuirá para a redução das taxas de juros e a melhoria das condições de crédito, criando um ambiente favorável à expansão dos investimentos públicos e privados”, disse, em nota. Segundo a agência de classificação de risco, o crescimento mais robusto que o previsto contribuiu para a melhora do rating. Reformas fiscais e econômicas também contribuíram para melhora. A agência disse ainda que a credibilidade do arcabouço fiscal é moderada, o que reflete em custo da dívida. A Moody’s elenca que a dívida deve se estabilizar no médio prazo, mas em nível relativamente alto.
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