Golpe, vacina e joias: veja os personagens que, assim como Bolsonaro, se repetem nos inquéritos da PF
Mauro Cid, Marcelo Costa Câmara e Ailton Gonçalves Barros foram indiciados em pelo menos dois dois casos investigados pela corporação O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado, anunciado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, foi o terceiro ocorrido após ele deixar a Presidência. A PF já havia apontado sua participação em dois outros supostos esquemas: de fraude em cartões de vacinação e de vendas de joias desviadas do acervo presidencial. Além do antigo chefe do Executivo, outros três nomes ligados a ele foram indiciados em mais de um destes inquéritos. Atendimento a Bolsonaro após facada e 'batalha espiritual' contra o mal: Quem é o padre influenciador indiciado por trama golpista 'Toc toc toc' e 'agora vai': Os termos em alta no X após Bolsonaro ser indiciado pela PF Veja abaixo quem são eles. Mauro Cid O tenente-coronel Mauro Cid, durante depoimento em CPI do Distrito Federal em 2023 Cristiano Mariz/Agência O Globo/24-08-2023 Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid foi indiciado nos três inquéritos que envolvem o ex-presidente. A PF aponta a participação dele na suposta tentativa de golpe de Estado e nos supostos esquemas de fraude em cartões de vacinação e de vendas de joias desviadas do acervo presidencial. No caso das joias, a PF aponta que Cid deu instruções aos seus subordinados e recorreu a joalherias e leilões virtuais para vender as joias. A apuração aponta que parte do dinheiro, então, foi repassada à conta do seu pai. De acordo com os investigadores, o montante seria destinado ao ex-presidente. Já no que se refere ao inquérito sobre a carteira de vacinação, a PF aponta que Cid disse, em delação premiada firmada com a corporação, que Bolsonaro, ao saber que o tenente-coronel "possuía cartões de vacinação contra a Covid-19 em seu nome e em nome de seus familiares", ordenou que o auxiliar também forjasse comprovantes para ele e para sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos. Naquele momento, alguns países exigiam o documento para que um visitantes pudesse entrar. Nesta quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a validade do acordo de colaboração premiada firmado entre a PF e Cid. O ex-ajudante de ordens foi preso pela primeira vez em maio de 2023, na operação que investiga a falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores. Em setembro, após quase seis meses atrás das grades, ele fechou um acordo de colaboração premiada com a PF e deixou a prisão. Cid foi preso novamente no dia 22 de março deste ano, durante depoimento à PF, após o vazamento de áudios que mostram uma conversa em que Cid faz ataques à corporação e ao STF. A Justiça entendeu que ele desobedeceu regras da delação premiada ao falar sobre as investigações. O militar foi solto outra vez em 3 de maio por determinação de Moraes, mas com restrições. Marcelo Costa Câmara Ex-assessor de Bolsonaro, o coronel da reserva também foi indiciado nos três inquéritos. Ele é suspeito de ter monitorado de forma ilegal o ministro Alexandre de Moraes no caso da suposta trama golpista. Câmara trocou mensagens com Cid detalhando um itinerário de voos que, posteriormente, a PF descobriu que coincidia com os trajetos feitos por Moraes no período (dezembro de 2022). O advogado Eduardo Kuntz disse que ele sempre atuou "de forma legítima e com instrumentos lícitos". Ailton Gonçalves Barros Ailton Barros, ao fundo, acompanhou votação de Bolsonaro no segundo turno de 2022, na Vila Militar, no Rio Gabriel de Paiva/Agência O Globo/30-10-2022 O militar reformado e advogado Ailton Gonçalves Moraes Barros foi indiciado em dois dos inquéritos envolvendo o ex-presidente: o da suposta tentativa de golpe de Estado e o que investiga o suposto esquema de fraude em cartões de vacinação. Chamado de "segundo irmão" por Bolsonaro, Barros foi candidato a deputado estadual pelo PL em 2022 e chegou a ser preso em maio do ano passado pelo caso da vacina. Segundo a investigação da PF, Barros foi procurado em novembro de 2021 por Cid para intermediar a obtenção de documentos fraudulentos de imunização para Covid-19. O ex-major ajudou familiares de Cid a obterem certificados falsos com auxílio de servidores da prefeitura de Duque de Caxias. O mesmo estratagema foi usado em dezembro de 2022 para emitir comprovantes para Bolsonaro e assessores às vésperas de viajarem para os Estados Unidos. Segundo a investigação da PF, Ailton foi acionado pelo então ajudante de ordens da Presidência da República, Mauro Cid, em novembro de 2021, com um pedido para que obtivesse um comprovante de vacinação fraudulento em nome da esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid. O militar reformado comunicou a Cid ter conseguido o documento por intermédio de um ex-vereador do Rio, Marcello Siciliano.
Mauro Cid, Marcelo Costa Câmara e Ailton Gonçalves Barros foram indiciados em pelo menos dois dois casos investigados pela corporação O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado, anunciado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, foi o terceiro ocorrido após ele deixar a Presidência. A PF já havia apontado sua participação em dois outros supostos esquemas: de fraude em cartões de vacinação e de vendas de joias desviadas do acervo presidencial. Além do antigo chefe do Executivo, outros três nomes ligados a ele foram indiciados em mais de um destes inquéritos. Atendimento a Bolsonaro após facada e 'batalha espiritual' contra o mal: Quem é o padre influenciador indiciado por trama golpista 'Toc toc toc' e 'agora vai': Os termos em alta no X após Bolsonaro ser indiciado pela PF Veja abaixo quem são eles. Mauro Cid O tenente-coronel Mauro Cid, durante depoimento em CPI do Distrito Federal em 2023 Cristiano Mariz/Agência O Globo/24-08-2023 Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid foi indiciado nos três inquéritos que envolvem o ex-presidente. A PF aponta a participação dele na suposta tentativa de golpe de Estado e nos supostos esquemas de fraude em cartões de vacinação e de vendas de joias desviadas do acervo presidencial. No caso das joias, a PF aponta que Cid deu instruções aos seus subordinados e recorreu a joalherias e leilões virtuais para vender as joias. A apuração aponta que parte do dinheiro, então, foi repassada à conta do seu pai. De acordo com os investigadores, o montante seria destinado ao ex-presidente. Já no que se refere ao inquérito sobre a carteira de vacinação, a PF aponta que Cid disse, em delação premiada firmada com a corporação, que Bolsonaro, ao saber que o tenente-coronel "possuía cartões de vacinação contra a Covid-19 em seu nome e em nome de seus familiares", ordenou que o auxiliar também forjasse comprovantes para ele e para sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos. Naquele momento, alguns países exigiam o documento para que um visitantes pudesse entrar. Nesta quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a validade do acordo de colaboração premiada firmado entre a PF e Cid. O ex-ajudante de ordens foi preso pela primeira vez em maio de 2023, na operação que investiga a falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores. Em setembro, após quase seis meses atrás das grades, ele fechou um acordo de colaboração premiada com a PF e deixou a prisão. Cid foi preso novamente no dia 22 de março deste ano, durante depoimento à PF, após o vazamento de áudios que mostram uma conversa em que Cid faz ataques à corporação e ao STF. A Justiça entendeu que ele desobedeceu regras da delação premiada ao falar sobre as investigações. O militar foi solto outra vez em 3 de maio por determinação de Moraes, mas com restrições. Marcelo Costa Câmara Ex-assessor de Bolsonaro, o coronel da reserva também foi indiciado nos três inquéritos. Ele é suspeito de ter monitorado de forma ilegal o ministro Alexandre de Moraes no caso da suposta trama golpista. Câmara trocou mensagens com Cid detalhando um itinerário de voos que, posteriormente, a PF descobriu que coincidia com os trajetos feitos por Moraes no período (dezembro de 2022). O advogado Eduardo Kuntz disse que ele sempre atuou "de forma legítima e com instrumentos lícitos". Ailton Gonçalves Barros Ailton Barros, ao fundo, acompanhou votação de Bolsonaro no segundo turno de 2022, na Vila Militar, no Rio Gabriel de Paiva/Agência O Globo/30-10-2022 O militar reformado e advogado Ailton Gonçalves Moraes Barros foi indiciado em dois dos inquéritos envolvendo o ex-presidente: o da suposta tentativa de golpe de Estado e o que investiga o suposto esquema de fraude em cartões de vacinação. Chamado de "segundo irmão" por Bolsonaro, Barros foi candidato a deputado estadual pelo PL em 2022 e chegou a ser preso em maio do ano passado pelo caso da vacina. Segundo a investigação da PF, Barros foi procurado em novembro de 2021 por Cid para intermediar a obtenção de documentos fraudulentos de imunização para Covid-19. O ex-major ajudou familiares de Cid a obterem certificados falsos com auxílio de servidores da prefeitura de Duque de Caxias. O mesmo estratagema foi usado em dezembro de 2022 para emitir comprovantes para Bolsonaro e assessores às vésperas de viajarem para os Estados Unidos. Segundo a investigação da PF, Ailton foi acionado pelo então ajudante de ordens da Presidência da República, Mauro Cid, em novembro de 2021, com um pedido para que obtivesse um comprovante de vacinação fraudulento em nome da esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid. O militar reformado comunicou a Cid ter conseguido o documento por intermédio de um ex-vereador do Rio, Marcello Siciliano.
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