Furacão Milton: entenda a escala de perigo e como os fenômenos são classificados
Com chegada de fenômeno, que carrega ventos de 200 km/h e chance de fortes inundações, moradores da Flórida foram orientados a esperar o 'pior furacão de suas vidas' A classificação como "furacão" é dada aos ciclones tropicais que se formam no Oceano Atlântico e no Nordeste do Pacífico. Tempestades desse tipo que se formam em outros lugares recebem nomenclaturas diferentes, mas são fenômenos essencialmente iguais: no Noroeste do Pacífico são chamados de tufões e no Sul do Pacífico e no Oceano Índico, de ciclones. Veja: Furacão Milton se intensifica em tempo recorde e vira bomba atmosférica rumo à Flórida Entenda: Cientistas descobrem que astronautas podem recorrer aos asteroides para se alimentar em viagens espaciais Ciclones tropicais são alimentados por ar quente e úmido, por isso se formam apenas nas águas quentes perto da Linha do Equador, onde o oceano tem temperaturas mais altas. Outro ingrediente fundamental é o vento, no caso do Atlântico, as correntes de ar que sopram da África em direção à América. Conforme o vento passa pela superfície do oceano, a água evapora e ascende. Em seguida, este vapor sobe, esfria e se condensa, formando nuvens. A partir daí, segundo a Administração Nacional para Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), há quatro etapas até que um furacão se forme. Furacão Beryl visto do espaço NASA/Matthew Dominick Quando o vapor das águas quentes se condensa para formar nuvens, é liberado calor no ar. Este ar quente sobe, sendo puxado por uma coluna de nuvens, em um processo contínuo, formando nuvens maiores e mais altas. É, então, formado um padrão, com o vento circulando ao redor do centro. Conforme este sistema vai crescendo, ele se torna um aglomerado de nuvens de tempestade chamado perturbação tropical. Conforme esta perturbação aumenta seu tamanho e sua altura, o ar em cima da coluna de nuvens esfria e torna-se instável. Em um processo paralelo, a energia liberada pelo vapor condensado deixa a parte de cima das nuvens cada vez mais quente, aumentando a pressão do ar e fazendo com que os ventos se movam para longe da área de alta pressão — o que faz com que a pressão na superfície abaixe. Assim, o ar na superfície da Terra se move em direção à área de baixa pressão, sobe e alimenta o sistema. Os ventos na coluna formada pelas nuvens começam a se mover cada vez mais rápido, de modo circular. Quando chegam a cerca de 40 km/h, a perturbação passa a ser chamada de depressão tropical. Furacão Ernesto visto do espaço CIRA research A depressão tropical evolui para uma tempestade tropical quando os ventos chegam a cerca de 62 km/h. É nessa fase, quando o ar começa a soprar cada vez mais forte e a se curvar no centro do sistema de nuvens, que ela ganha um nome. No hemisfério norte, estes ventos têm direção anti-horária e no Sul, horária. Quando os ventos ultrapassam 119 km/h, a tempestade tropical torna-se oficialmente um furacão. O sistema de nuvens fica a pelo menos 15 quilômetros de altura e tem, ao menos, 200 quilômetros de comprimento. Os ventos que sopram do oeste para o leste empurram o furacão para a região do Caribe, do Golfo do México e para a costa sul dos Estados Unidos. Os ventos e a baixa pressão fazem a água se amontoar perto do olho da tempestade — o que causa grandes ondas quando a tempestade se aproxima da costa. E quais são as categorias de um furacão? A categoria de um furacão é medida a partir da escala Saffir-Simpson, que estabelece cinco níveis de acordo com a velocidade dos ventos e estima seu potencial destrutivo. Tempestades acima da categoria 3 são consideradas "grandes", pois podem ocasionar mortes e destruição significativas. Ciclones tropicais mais fracos, contudo, também são perigosos e demandam medidas preventivas. Vista aérea mostra casas danificadas após furacão Helene atingir a Flórida CHANDAN KHANNA / AFP Furacões de categoria 1 têm ventos entre 119 e 153 km/h e podem, segundo o Centro Nacional de Furacões do governo americano, causar danos a telhados, telhas e calhas. Eles são suficientemente fortes para torcer galhos e derrubar árvores com raízes superficiais. Já as tempestades de categoria 2 , com ventos entre 154 e 177 km/h, têm potencial destrutivo um pouco maior. Os ciclones tropicais de categoria 3, com ventos que variam entre 178 e 208 km/h, causam danos "devastadores", com a destruição de telhados, deques, a derrubada de árvores e postes. Galerias Relacionadas Aqueles de categoria 4, com ventos entre 209 e 251 km/h, destroem telhados, paredes externas e derrubam a maioria das árvores e postes da região. Áreas afetadas podem ficar inabitáveis por semanas ou até meses. Por último, furacões de categoria 5 irão destruir a maioria das casas de madeira, com perda total do telhado e das paredes. Árvores e postes derrubados irão isolar áreas residenciais e a falta de energia irá durar por semanas ou até mesmo meses — período pelo qual a região deverá ficar inabitável.
Com chegada de fenômeno, que carrega ventos de 200 km/h e chance de fortes inundações, moradores da Flórida foram orientados a esperar o 'pior furacão de suas vidas' A classificação como "furacão" é dada aos ciclones tropicais que se formam no Oceano Atlântico e no Nordeste do Pacífico. Tempestades desse tipo que se formam em outros lugares recebem nomenclaturas diferentes, mas são fenômenos essencialmente iguais: no Noroeste do Pacífico são chamados de tufões e no Sul do Pacífico e no Oceano Índico, de ciclones. Veja: Furacão Milton se intensifica em tempo recorde e vira bomba atmosférica rumo à Flórida Entenda: Cientistas descobrem que astronautas podem recorrer aos asteroides para se alimentar em viagens espaciais Ciclones tropicais são alimentados por ar quente e úmido, por isso se formam apenas nas águas quentes perto da Linha do Equador, onde o oceano tem temperaturas mais altas. Outro ingrediente fundamental é o vento, no caso do Atlântico, as correntes de ar que sopram da África em direção à América. Conforme o vento passa pela superfície do oceano, a água evapora e ascende. Em seguida, este vapor sobe, esfria e se condensa, formando nuvens. A partir daí, segundo a Administração Nacional para Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), há quatro etapas até que um furacão se forme. Furacão Beryl visto do espaço NASA/Matthew Dominick Quando o vapor das águas quentes se condensa para formar nuvens, é liberado calor no ar. Este ar quente sobe, sendo puxado por uma coluna de nuvens, em um processo contínuo, formando nuvens maiores e mais altas. É, então, formado um padrão, com o vento circulando ao redor do centro. Conforme este sistema vai crescendo, ele se torna um aglomerado de nuvens de tempestade chamado perturbação tropical. Conforme esta perturbação aumenta seu tamanho e sua altura, o ar em cima da coluna de nuvens esfria e torna-se instável. Em um processo paralelo, a energia liberada pelo vapor condensado deixa a parte de cima das nuvens cada vez mais quente, aumentando a pressão do ar e fazendo com que os ventos se movam para longe da área de alta pressão — o que faz com que a pressão na superfície abaixe. Assim, o ar na superfície da Terra se move em direção à área de baixa pressão, sobe e alimenta o sistema. Os ventos na coluna formada pelas nuvens começam a se mover cada vez mais rápido, de modo circular. Quando chegam a cerca de 40 km/h, a perturbação passa a ser chamada de depressão tropical. Furacão Ernesto visto do espaço CIRA research A depressão tropical evolui para uma tempestade tropical quando os ventos chegam a cerca de 62 km/h. É nessa fase, quando o ar começa a soprar cada vez mais forte e a se curvar no centro do sistema de nuvens, que ela ganha um nome. No hemisfério norte, estes ventos têm direção anti-horária e no Sul, horária. Quando os ventos ultrapassam 119 km/h, a tempestade tropical torna-se oficialmente um furacão. O sistema de nuvens fica a pelo menos 15 quilômetros de altura e tem, ao menos, 200 quilômetros de comprimento. Os ventos que sopram do oeste para o leste empurram o furacão para a região do Caribe, do Golfo do México e para a costa sul dos Estados Unidos. Os ventos e a baixa pressão fazem a água se amontoar perto do olho da tempestade — o que causa grandes ondas quando a tempestade se aproxima da costa. E quais são as categorias de um furacão? A categoria de um furacão é medida a partir da escala Saffir-Simpson, que estabelece cinco níveis de acordo com a velocidade dos ventos e estima seu potencial destrutivo. Tempestades acima da categoria 3 são consideradas "grandes", pois podem ocasionar mortes e destruição significativas. Ciclones tropicais mais fracos, contudo, também são perigosos e demandam medidas preventivas. Vista aérea mostra casas danificadas após furacão Helene atingir a Flórida CHANDAN KHANNA / AFP Furacões de categoria 1 têm ventos entre 119 e 153 km/h e podem, segundo o Centro Nacional de Furacões do governo americano, causar danos a telhados, telhas e calhas. Eles são suficientemente fortes para torcer galhos e derrubar árvores com raízes superficiais. Já as tempestades de categoria 2 , com ventos entre 154 e 177 km/h, têm potencial destrutivo um pouco maior. Os ciclones tropicais de categoria 3, com ventos que variam entre 178 e 208 km/h, causam danos "devastadores", com a destruição de telhados, deques, a derrubada de árvores e postes. Galerias Relacionadas Aqueles de categoria 4, com ventos entre 209 e 251 km/h, destroem telhados, paredes externas e derrubam a maioria das árvores e postes da região. Áreas afetadas podem ficar inabitáveis por semanas ou até meses. Por último, furacões de categoria 5 irão destruir a maioria das casas de madeira, com perda total do telhado e das paredes. Árvores e postes derrubados irão isolar áreas residenciais e a falta de energia irá durar por semanas ou até mesmo meses — período pelo qual a região deverá ficar inabitável.
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