Fogo destruiu 10 vezes mais a Amazônia do que o corte de árvores, em 2024
Somando todos os biomas, uma área do tamanho do Tocantins foi queimada no Brasil, de janeiro a outubro; dados foram apresentados na COP29 O recorde de incêndios ocorrido no Brasil esse ano fez com que o fogo se transformasse no maior inimigo da Amazônia. De janeiro a outubro, as queimadas consumiram cerca de 10 vezes mais área do bioma do que o desmatamento, segundo o Monitor do Fogo, elaborado pelo MapBiomas. Somando todos os biomas, os incêndios atingiram uma área do tamanho do Tocantins nesse período. Execução em Guarulhos: Olheiro envolvido na morte de Gritzbach aparece em vídeos no aeroporto uma hora antes da execução Datafolha: 45% dos brasileiros acha que racismo aumentou nos últimos anos Os dados foram apresentados durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão. A discrepância entre a degradação responsável pelos incêndios e pelo corte de vegetação nativa é a maior já observada desde 2019, quando o monitoramento, que usa dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), se iniciou. — É a maior proporção, disparada, desde que começou o monitoramento — disse Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que integra a rede do Mapbiomas. De janeiro a outubro, 6,7 milhões de hectares foram queimados na Amazônia, enquanto 650 mil hectares foram desmatados. No mesmo período do ano passado, os incêndios devastaram 717 mil hectares, ou seja, houve agora um aumento de 7,5 vezes. Como o desmatamento é, em boa parte, usado pelos próprios desmatadores, a diferenciação entre os dois crimes não é tarefa fácil, admite Alencar. Mas ela explica que uma alternativa, usada para esse trabalho, é analisar onde o fogo foi iniciado: 25% dos incêndios aconteceram em área de floresta, onde o fogo pode ser usado de forma intencional para derrubada de árvores, já 55% ocorreu em área que já era de pastagem, o que não significa derrubada de árvore, mas sim queimadas para limpeza de solo. Por isso a conclusão que a degradação por fogo foi maior do que a por desmatamento. O cenário, implica um desafio ainda maior que a fiscalização de desmatamentos, destaca Alencar. — O impacto das mudanças climáticas mostra que as secas severas podem gerar esse cenário de incêndios, que tomou uma proporção alarmante. Tocantins inteiro queimado Mais da metade dos incêndios em todo o Brasil aconteceu na Amazônia, de janeiro a outubro (55% ou 27,6 milhões de hectares). No ano passado, a proporção amazônica era de 21%. Em outubro, o fogo foi ainda mais concentrado na Amazônia: 73% das queimadas no país. De janeiro a outubro desse ano, um Tocantins inteiro queimou no Brasil, destaca o Mapbiomas: 27,6 milhões de hectares, uma área 119% maior do que o total queimado no mesmo período do ano passado. Esse aumento, de 15 milhões de hectares, é mais que todo o estado do Ceará. Somente Mato Grosso, Pará e Tocantins, em ordem os estados com mais incêndios no ano, responderam por 56% das queimadas do Brasil. A vegetação nativa foi o tipo de vegetação que mais queimou: 74%. Já as formações florestais foram 25% da área consumida. Além da Amazônia, que concentoru a maior parte das queimas, o Pantanal teve o maior aumento proporcional em relação ao ano passado: 1.017%, ou 1,6 milhão de hectares a mais. Do outro lado, o Pampa teve redução na área queimada e atingiu o menor valor dos últimos três anos, resultado da alta de chuvas no Sul
Somando todos os biomas, uma área do tamanho do Tocantins foi queimada no Brasil, de janeiro a outubro; dados foram apresentados na COP29 O recorde de incêndios ocorrido no Brasil esse ano fez com que o fogo se transformasse no maior inimigo da Amazônia. De janeiro a outubro, as queimadas consumiram cerca de 10 vezes mais área do bioma do que o desmatamento, segundo o Monitor do Fogo, elaborado pelo MapBiomas. Somando todos os biomas, os incêndios atingiram uma área do tamanho do Tocantins nesse período. Execução em Guarulhos: Olheiro envolvido na morte de Gritzbach aparece em vídeos no aeroporto uma hora antes da execução Datafolha: 45% dos brasileiros acha que racismo aumentou nos últimos anos Os dados foram apresentados durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão. A discrepância entre a degradação responsável pelos incêndios e pelo corte de vegetação nativa é a maior já observada desde 2019, quando o monitoramento, que usa dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), se iniciou. — É a maior proporção, disparada, desde que começou o monitoramento — disse Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que integra a rede do Mapbiomas. De janeiro a outubro, 6,7 milhões de hectares foram queimados na Amazônia, enquanto 650 mil hectares foram desmatados. No mesmo período do ano passado, os incêndios devastaram 717 mil hectares, ou seja, houve agora um aumento de 7,5 vezes. Como o desmatamento é, em boa parte, usado pelos próprios desmatadores, a diferenciação entre os dois crimes não é tarefa fácil, admite Alencar. Mas ela explica que uma alternativa, usada para esse trabalho, é analisar onde o fogo foi iniciado: 25% dos incêndios aconteceram em área de floresta, onde o fogo pode ser usado de forma intencional para derrubada de árvores, já 55% ocorreu em área que já era de pastagem, o que não significa derrubada de árvore, mas sim queimadas para limpeza de solo. Por isso a conclusão que a degradação por fogo foi maior do que a por desmatamento. O cenário, implica um desafio ainda maior que a fiscalização de desmatamentos, destaca Alencar. — O impacto das mudanças climáticas mostra que as secas severas podem gerar esse cenário de incêndios, que tomou uma proporção alarmante. Tocantins inteiro queimado Mais da metade dos incêndios em todo o Brasil aconteceu na Amazônia, de janeiro a outubro (55% ou 27,6 milhões de hectares). No ano passado, a proporção amazônica era de 21%. Em outubro, o fogo foi ainda mais concentrado na Amazônia: 73% das queimadas no país. De janeiro a outubro desse ano, um Tocantins inteiro queimou no Brasil, destaca o Mapbiomas: 27,6 milhões de hectares, uma área 119% maior do que o total queimado no mesmo período do ano passado. Esse aumento, de 15 milhões de hectares, é mais que todo o estado do Ceará. Somente Mato Grosso, Pará e Tocantins, em ordem os estados com mais incêndios no ano, responderam por 56% das queimadas do Brasil. A vegetação nativa foi o tipo de vegetação que mais queimou: 74%. Já as formações florestais foram 25% da área consumida. Além da Amazônia, que concentoru a maior parte das queimas, o Pantanal teve o maior aumento proporcional em relação ao ano passado: 1.017%, ou 1,6 milhão de hectares a mais. Do outro lado, o Pampa teve redução na área queimada e atingiu o menor valor dos últimos três anos, resultado da alta de chuvas no Sul
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