Eleições EUA: quem é JD Vance, vice de Trump?
Senador por Ohio foi escolhido pelo republicano para acompanhá-lo na busca pelo retorno à Casa Branca O senador de Ohio JD Vance foi o escolhido como vice-presidente de Donald Trump na busca do republicano pela recondução à Casa Branca. Nesta quarta-feira, Trump assegurou os 270 delegados necessários e conquistou a vitória sobre a democrata Kamala Harris. Tempo real das eleições americanas 2024: Trump vence Kamala Harris e voltará à Presidência dos EUA; acompanhe ao vivo Acompanhe: Apuração das eleições nos EUA 2024: veja mapa com os resultados em cada estado Vance não foi um apoiador de primeira ordem de Trump, mas modulou seu discurso nos últimos dois anos em sintonia com as crenças do magnata. Aos 39 anos, o republicano tem fama de bom arrecadador de recursos — um fator importante em um país onde as vitórias políticas são obtidas ao custo de bilhões de dólares. O parlamentar de Ohio era a alternativa mais jovem entre os pré-candidatos avaliados por Trump. Novato na política, ele entrou para o Senado apenas no ano passado, mas passou esse tempo ascendendo metodicamente no firmamento conservador. Outrora um crítico mordaz de Trump — atacando-o como "repreensível" e chamando-o de "heroína cultural" —, Vance ganhou o apoio do ex-presidente em 2022, quando disputou a vaga no Senado, ao abraçar totalmente sua política e suas mentiras sobre o pleito ter sido fraudado. O endosso o colocou à frente de uma disputa concorrida e, por fim, o garantiu a vitória. Um capitalista de risco do Vale do Silício que ficou mais conhecido por escrever o livro de memórias "Hillbilly Elegy", adaptado para os cinemas em 2020, Vance não se esqueceu disso. E rapidamente se tornou um dos principais defensores do ex-presidente nos corredores do Congresso e na televisão, seguindo as orientações de Trump e, ao mesmo tempo, contrariando com frequência as prioridades do senador Mitch McConnell, o líder republicano de longa data da Câmara. "Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador JD Vance, do grande Estado de Ohio", anunciou Trump em sua rede social, Social Truth, durante a abertura da Convenção Nacional Republicana deste ano. O jovem senador serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e chegou a ser enviado para missão no Iraque, antes de retornar ao seu país se formar em Ciência Política e Filosofia pela Universidade Estadual de Ohio e Direito pela Universidade Yale, onde foi editor do The Yale Law Journal e presidente da Associação de Veteranos de Direito de Yale, destacou Trump na publicação. "JD teve uma carreira empresarial muito bem-sucedida em Tecnologia e Finanças e, agora, durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além...", acrescentou Trump. Initial plugin text O anúncio de Trump foi feito dois dias após ele ter sobrevivido a um atentado durante um comício na Pensilvânia, um episódio que enfatizou a importância da escolha de um companheiro de chapa que poderia ser o seu sucessor. Vance, um defensor fervoroso e vocal do ex-presidente, foi mais longe do que muitos de seus aliados, atribuindo diretamente o tiroteio à retórica do Presidente Biden e de sua campanha, mesmo quando o Trump e sua campanha pediram união. "A premissa central da campanha de Biden é que o presidente Donald Trump é um fascista autoritário que deve ser detido a todo custo. Essa retórica levou diretamente à tentativa de assassinato do presidente Trump", escreveu Vance no X. Com Vance, Trump escolheu um ideólogo ambicioso que gosta dos holofotes e já demonstrou que pode energizar os doadores em nome do candidato presumido — um fator importante em um país onde as vitórias políticas são obtidas ao custo de bilhões de dólares. Sua juventude — há quase 40 anos de diferença entre eles, além de ser o primeiro millennial indicado para uma chapa de um grande partido — também pode ter sido uma vantagem para os republicanos, já que os eleitores expressaram preocupação com a idade de Trump e do presidente Joe Biden, que na época estava na disputa. E a escolha posicionou Vance, intencionalmente ou não, como o republicano mais provável de levar o legado ideológico de Trump para além de um possível segundo mandato na Casa Branca. Vance ficou famoso após a publicação, em 2016, de "Hillbilly Elegy", sobre como foi crescer pobre em Ohio e Kentucky. O momento coincidiu com a ascensão política de Trump, e Vance, então um conservador "anti-Trump", passou a ser cobiçado por sua perspectiva sobre o que alimentou a popularidade de Trump entre os eleitores brancos da classe trabalhadora. Na época, Vance argumentou que Trump estava guiando "a classe trabalhadora branca para um lugar muito sombrio", especialmente por causa de seus comentários ofensivos sobre imigr
Senador por Ohio foi escolhido pelo republicano para acompanhá-lo na busca pelo retorno à Casa Branca O senador de Ohio JD Vance foi o escolhido como vice-presidente de Donald Trump na busca do republicano pela recondução à Casa Branca. Nesta quarta-feira, Trump assegurou os 270 delegados necessários e conquistou a vitória sobre a democrata Kamala Harris. Tempo real das eleições americanas 2024: Trump vence Kamala Harris e voltará à Presidência dos EUA; acompanhe ao vivo Acompanhe: Apuração das eleições nos EUA 2024: veja mapa com os resultados em cada estado Vance não foi um apoiador de primeira ordem de Trump, mas modulou seu discurso nos últimos dois anos em sintonia com as crenças do magnata. Aos 39 anos, o republicano tem fama de bom arrecadador de recursos — um fator importante em um país onde as vitórias políticas são obtidas ao custo de bilhões de dólares. O parlamentar de Ohio era a alternativa mais jovem entre os pré-candidatos avaliados por Trump. Novato na política, ele entrou para o Senado apenas no ano passado, mas passou esse tempo ascendendo metodicamente no firmamento conservador. Outrora um crítico mordaz de Trump — atacando-o como "repreensível" e chamando-o de "heroína cultural" —, Vance ganhou o apoio do ex-presidente em 2022, quando disputou a vaga no Senado, ao abraçar totalmente sua política e suas mentiras sobre o pleito ter sido fraudado. O endosso o colocou à frente de uma disputa concorrida e, por fim, o garantiu a vitória. Um capitalista de risco do Vale do Silício que ficou mais conhecido por escrever o livro de memórias "Hillbilly Elegy", adaptado para os cinemas em 2020, Vance não se esqueceu disso. E rapidamente se tornou um dos principais defensores do ex-presidente nos corredores do Congresso e na televisão, seguindo as orientações de Trump e, ao mesmo tempo, contrariando com frequência as prioridades do senador Mitch McConnell, o líder republicano de longa data da Câmara. "Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador JD Vance, do grande Estado de Ohio", anunciou Trump em sua rede social, Social Truth, durante a abertura da Convenção Nacional Republicana deste ano. O jovem senador serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e chegou a ser enviado para missão no Iraque, antes de retornar ao seu país se formar em Ciência Política e Filosofia pela Universidade Estadual de Ohio e Direito pela Universidade Yale, onde foi editor do The Yale Law Journal e presidente da Associação de Veteranos de Direito de Yale, destacou Trump na publicação. "JD teve uma carreira empresarial muito bem-sucedida em Tecnologia e Finanças e, agora, durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além...", acrescentou Trump. Initial plugin text O anúncio de Trump foi feito dois dias após ele ter sobrevivido a um atentado durante um comício na Pensilvânia, um episódio que enfatizou a importância da escolha de um companheiro de chapa que poderia ser o seu sucessor. Vance, um defensor fervoroso e vocal do ex-presidente, foi mais longe do que muitos de seus aliados, atribuindo diretamente o tiroteio à retórica do Presidente Biden e de sua campanha, mesmo quando o Trump e sua campanha pediram união. "A premissa central da campanha de Biden é que o presidente Donald Trump é um fascista autoritário que deve ser detido a todo custo. Essa retórica levou diretamente à tentativa de assassinato do presidente Trump", escreveu Vance no X. Com Vance, Trump escolheu um ideólogo ambicioso que gosta dos holofotes e já demonstrou que pode energizar os doadores em nome do candidato presumido — um fator importante em um país onde as vitórias políticas são obtidas ao custo de bilhões de dólares. Sua juventude — há quase 40 anos de diferença entre eles, além de ser o primeiro millennial indicado para uma chapa de um grande partido — também pode ter sido uma vantagem para os republicanos, já que os eleitores expressaram preocupação com a idade de Trump e do presidente Joe Biden, que na época estava na disputa. E a escolha posicionou Vance, intencionalmente ou não, como o republicano mais provável de levar o legado ideológico de Trump para além de um possível segundo mandato na Casa Branca. Vance ficou famoso após a publicação, em 2016, de "Hillbilly Elegy", sobre como foi crescer pobre em Ohio e Kentucky. O momento coincidiu com a ascensão política de Trump, e Vance, então um conservador "anti-Trump", passou a ser cobiçado por sua perspectiva sobre o que alimentou a popularidade de Trump entre os eleitores brancos da classe trabalhadora. Na época, Vance argumentou que Trump estava guiando "a classe trabalhadora branca para um lugar muito sombrio", especialmente por causa de seus comentários ofensivos sobre imigração e seus esforços para culpar os imigrantes pelos problemas econômicos. Mas Vance disse que suas opiniões mudaram durante a presidência de Trump. E quando entrou nas primárias republicanas para uma vaga no Senado em Ohio em 2021, ele havia adotado as mensagens de extrema direita do magnata e renunciado às suas opiniões anteriores sobre imigração e comércio.
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