'Disparo não escolhe farda', diz general do Comando Militar do Leste sobre tropa do G20 atacada por tiros na Cidade de Deus

Atuação dos mais de 22 mil militares, convocados para o evento, termina nesta quinta-feira Em coletiva de imprensa no Comando Militar do Leste, nesta quinta-feira, o general de brigada Lúcio Alves de Souza, chefe do Centro de Coordenação de Operações, afirmou que o G20 aconteceu “conforme o planejado”, sem grandes intercorrências. Comedido, ele se restringiu a poucas frases a respeito da tropa de paraquedistas atacada no domingo (17) por traficantes do Comando Vermelho, na Linha Amarela, afirmando que "disparo não escolhe farda". Falso cativeiro: jovem simula o próprio sequestro e pede R$ 50 mil de resgate ao pai para pagar dívida de apostas Previsão: frente fria traz chuva forte e queda na temperatura para o estado do Rio de Janeiro Segundo ele, devido à geografia da cidade, cercada por favelas dominadas pelo tráfico, já se analisava a possibilidade de confrontos como o que aconteceu: — A gente já pensava que talvez acontecesse algo assim, e aconteceu. Não necessariamente os disparos foram contra os nossos militares, que foram atender uma pessoa no acostamento. Pela região onde estavam, era possível um cenário de confronto. Disparo não escolhe farda. Ao todo, 22.295 agentes das Forças Armadas foram convocados, por meio de uma Garantia da Lei e da Ordem, para o esquema de segurança do G20. A determinação, inclusive, acaba nesta quinta-feira. Estiveram presentes na cidade 40 delegações e 15 representantes de organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na coletiva, o general também destacou os equipamentos usados para a proteção dos Chefes de Estado presentes no Rio, dando ênfase a quatro ferramentas anti-drone que saíram da Amazônia e do Centro-Oeste. Segundo ele, esses dispositivos são essenciais no combate à “guerra eletrônica”, possível em eventos como o G20. Balanço do exército durante o G20 18.573 militares do Exército 2.111 militares da Marinha 1.611 militares da Aeronáutica 8,4 mil quilômetros percorridos em patrulhamento 60h de vôo 388 escoltas 610 motos usadas Treinamento anti-terrorista Segundo o general, hotéis com hospedagem das delegações receberam treinamento anti-terrorista. O trabalho, descrito por ele como de conscientização, foi destinado aos funcionários: — Vocês podem não perceber, mas um trabalho de conscientização foi feito antes do evento. Equipes foram aos hotéis ministrar palestras, para indicar aos funcionários no que eles deveriam ter atenção. O mesmo foi feito no metrô. É um trabalho silente, pouco divulgado, mas que faz parte do nosso planejamento. Relembre o ataque aos paraquedistas Os militares da Brigada Paraquedista do Exército faziam patrulhamento na Linha Amarela, na altura da Cidade de Deus, quando foram atacados por criminosos da Comando Vermelho. Os agentes prestavam auxílio a vítimas de um acidente de trânsito na hora dos disparos. Policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 18º BPM (Jacarepaguá) foram acionados para dar apoio aos militares, que ficaram encurralados, próximo ao Canal do Anil. Ao chegarem ao local, os agentes também foram atacados e houve confronto. Segundo os militares do Exército, a equipe havia sido alvo de dois disparos vindos da região conhecida como Tijolinho, mas segundo a PM, ninguém ficou ferido.

Nov 21, 2024 - 15:08
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'Disparo não escolhe farda', diz general do Comando Militar do Leste sobre tropa do G20 atacada por tiros na Cidade de Deus

Atuação dos mais de 22 mil militares, convocados para o evento, termina nesta quinta-feira Em coletiva de imprensa no Comando Militar do Leste, nesta quinta-feira, o general de brigada Lúcio Alves de Souza, chefe do Centro de Coordenação de Operações, afirmou que o G20 aconteceu “conforme o planejado”, sem grandes intercorrências. Comedido, ele se restringiu a poucas frases a respeito da tropa de paraquedistas atacada no domingo (17) por traficantes do Comando Vermelho, na Linha Amarela, afirmando que "disparo não escolhe farda". Falso cativeiro: jovem simula o próprio sequestro e pede R$ 50 mil de resgate ao pai para pagar dívida de apostas Previsão: frente fria traz chuva forte e queda na temperatura para o estado do Rio de Janeiro Segundo ele, devido à geografia da cidade, cercada por favelas dominadas pelo tráfico, já se analisava a possibilidade de confrontos como o que aconteceu: — A gente já pensava que talvez acontecesse algo assim, e aconteceu. Não necessariamente os disparos foram contra os nossos militares, que foram atender uma pessoa no acostamento. Pela região onde estavam, era possível um cenário de confronto. Disparo não escolhe farda. Ao todo, 22.295 agentes das Forças Armadas foram convocados, por meio de uma Garantia da Lei e da Ordem, para o esquema de segurança do G20. A determinação, inclusive, acaba nesta quinta-feira. Estiveram presentes na cidade 40 delegações e 15 representantes de organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na coletiva, o general também destacou os equipamentos usados para a proteção dos Chefes de Estado presentes no Rio, dando ênfase a quatro ferramentas anti-drone que saíram da Amazônia e do Centro-Oeste. Segundo ele, esses dispositivos são essenciais no combate à “guerra eletrônica”, possível em eventos como o G20. Balanço do exército durante o G20 18.573 militares do Exército 2.111 militares da Marinha 1.611 militares da Aeronáutica 8,4 mil quilômetros percorridos em patrulhamento 60h de vôo 388 escoltas 610 motos usadas Treinamento anti-terrorista Segundo o general, hotéis com hospedagem das delegações receberam treinamento anti-terrorista. O trabalho, descrito por ele como de conscientização, foi destinado aos funcionários: — Vocês podem não perceber, mas um trabalho de conscientização foi feito antes do evento. Equipes foram aos hotéis ministrar palestras, para indicar aos funcionários no que eles deveriam ter atenção. O mesmo foi feito no metrô. É um trabalho silente, pouco divulgado, mas que faz parte do nosso planejamento. Relembre o ataque aos paraquedistas Os militares da Brigada Paraquedista do Exército faziam patrulhamento na Linha Amarela, na altura da Cidade de Deus, quando foram atacados por criminosos da Comando Vermelho. Os agentes prestavam auxílio a vítimas de um acidente de trânsito na hora dos disparos. Policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 18º BPM (Jacarepaguá) foram acionados para dar apoio aos militares, que ficaram encurralados, próximo ao Canal do Anil. Ao chegarem ao local, os agentes também foram atacados e houve confronto. Segundo os militares do Exército, a equipe havia sido alvo de dois disparos vindos da região conhecida como Tijolinho, mas segundo a PM, ninguém ficou ferido.

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