Carlos Bolsonaro atribui parte de votos de Nunes ao pai e critica postura de Marçal: 'Sujeito que vive de factoides'
Em entrevista ao UOL, vereador comentou ainda que uma eventual aproximação do clã do ex-coach está condicionada a uma mudança de postura do paulista O ex-vereador Carlos Bolsonaro, que foi eleito no último domingo para seu sétimo mandato, criticou os comentários que estão atribuindo os votos que levaram o atual prefeito de São Paulo Ricardo Nunes ao segundo turno ao atual governo do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em entrevista ao UOL, ele afirmou ainda que o pai é o responsável pela relevância do gestor estadual e também criticou o ex-coach Pablo Marçal, com quem tocou farpas durante o processo eleitoral. — O sistema vai falar que foi Tarcísio que botou (Nunes no segundo turno). Mas quem era Tarcísio? Com todo respeito ao governador, tenho uma grande admiração por ele. Quando o meu pai falou que ele tinha chance de ser governador de São Paulo, ele falou: mas sou carioca, torcedor do Flamengo, o que vou fazer lá? E foi eleito governador de São Paulo. Falar que foi mérito exclusivo dele, pelo amor de Deus. Ele faz parte de tudo que está acontecendo —disse Carlos. O filho "02" do ex-presidente comentou também as poucas aparições de Bolsonaro ao lado de Nunes durante o 1° turno das eleições. — As pessoas ficaram muito focadas em São Paulo. Mas você tem que ocupar outros espaços também. Sua vida não se decide só em São Paulo. Ele (Jair) teve essa leitura. Não se furtou em nenhum momento a falar que estava apoiando Nunes, mas é sempre a cobrança de que tinha que ter feito mais. Rodou o país inteiro, conseguiu eleger e colocar no segundo turno pessoas que talvez não tivessem avançado se não estivessem com ele — justificou. Pablo Maçal Carlos Bolsonaro também deu sua opinião sobre Pablo Marçal, com quem durante o primeiro turno trocou farpas. Ele negou também que tenha influenciado a decisão do pai de não apoiar a candidatura do empresário. — É um sujeito que vive de factoides. Sei que vou tomar pancada até dizer 'chega'. A verdade é que eu não admitiria em momento nenhum, principalmente em 2022, um cara que até um mês atrás estava dizendo que seu pai é igual ao Lula. Aquilo me deixou irritado. Conversei com meu pai, as atitudes foram dele. Não impedi nada, como nunca impeço nada. Acredito que ele fala isso porque tem que criar fatos para ficar na mídia, e a gente dá mídia. Não é legal partir para esse tipo de conflito totalmente destrutivo. Com a gente, particularmente, ele vai perdendo esse alinhamento que ele diz ter, que nunca demonstrou, nunca teve manifestação para a liberdade dos presos políticos em Brasília — afirmou. O ex-coach chegou a creditar um desentendimento que teve com Bolsonaro pelo Instagram ao filho do ex-presidente, que teria acesso às contas. Em conversa com jornalistas, Marçal disse que a discussão foi uma "presepada" de Carlos, chamado de "retardado mental". Disse ainda que tenta preservá-lo "em respeito ao capitão". No mesmo dia, Carlos sugeriu o voto em Marina Helena, candidata do Novo, diante de uma possível resistência do bolsonarismo em votar "no tal do Ricardo Nunes" na cidade de São Paulo. Depois, emitiu sinais difusos. Afirmou em um primeiro momento que apoiaria quem quer que fosse disputar o segundo turno com o "candidato de Lula", em referência a Guilherme Boulos (PSOL), abrindo espaço para uma aliança com Marçal. Após os episódios, os dois chegaram a anunciar que tinham conversado e feito as pazes. Na entrevista, Carlos chega a comentar uma eventual aproximação entre o clã bolsonarista e o ex-coach, condicionando a uma mudança de postura do paulista. — É como meu pai falou, Pablo tem um grande potencial. Mas passou da linha, passou do limite. Para você se meter na política, precisa respeitar as pessoas, por mais que discorde delas, para construir. Já passou dessa época de puxar a espada ficar dando de brabo. Não é se render, é construir. (...) A gente entende hoje em dia que tem que construir e não ficar destruindo simplesmente por destruir, para ter vantagens próprias e chegar lá na frente e você não ter benefício nenhum — inclusive para quem votou em você. Isso que afastou o Pablo da gente. Tinha tudo para poder se dar bem, talvez até aconteça no futuro uma aproximação. Ninguém sabe. Mas, poxa, ele tem que mudar as atitudes e todo mundo tem que aprender nisso tudo. Mas o mais errado acaba sendo Pablo. Não tenho problema nenhum com ele hoje, fora essas ressalvas. Como confiar novamente numa pessoa que comete tantos erros contigo, principalmente com meu pai? — questionou
Em entrevista ao UOL, vereador comentou ainda que uma eventual aproximação do clã do ex-coach está condicionada a uma mudança de postura do paulista O ex-vereador Carlos Bolsonaro, que foi eleito no último domingo para seu sétimo mandato, criticou os comentários que estão atribuindo os votos que levaram o atual prefeito de São Paulo Ricardo Nunes ao segundo turno ao atual governo do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em entrevista ao UOL, ele afirmou ainda que o pai é o responsável pela relevância do gestor estadual e também criticou o ex-coach Pablo Marçal, com quem tocou farpas durante o processo eleitoral. — O sistema vai falar que foi Tarcísio que botou (Nunes no segundo turno). Mas quem era Tarcísio? Com todo respeito ao governador, tenho uma grande admiração por ele. Quando o meu pai falou que ele tinha chance de ser governador de São Paulo, ele falou: mas sou carioca, torcedor do Flamengo, o que vou fazer lá? E foi eleito governador de São Paulo. Falar que foi mérito exclusivo dele, pelo amor de Deus. Ele faz parte de tudo que está acontecendo —disse Carlos. O filho "02" do ex-presidente comentou também as poucas aparições de Bolsonaro ao lado de Nunes durante o 1° turno das eleições. — As pessoas ficaram muito focadas em São Paulo. Mas você tem que ocupar outros espaços também. Sua vida não se decide só em São Paulo. Ele (Jair) teve essa leitura. Não se furtou em nenhum momento a falar que estava apoiando Nunes, mas é sempre a cobrança de que tinha que ter feito mais. Rodou o país inteiro, conseguiu eleger e colocar no segundo turno pessoas que talvez não tivessem avançado se não estivessem com ele — justificou. Pablo Maçal Carlos Bolsonaro também deu sua opinião sobre Pablo Marçal, com quem durante o primeiro turno trocou farpas. Ele negou também que tenha influenciado a decisão do pai de não apoiar a candidatura do empresário. — É um sujeito que vive de factoides. Sei que vou tomar pancada até dizer 'chega'. A verdade é que eu não admitiria em momento nenhum, principalmente em 2022, um cara que até um mês atrás estava dizendo que seu pai é igual ao Lula. Aquilo me deixou irritado. Conversei com meu pai, as atitudes foram dele. Não impedi nada, como nunca impeço nada. Acredito que ele fala isso porque tem que criar fatos para ficar na mídia, e a gente dá mídia. Não é legal partir para esse tipo de conflito totalmente destrutivo. Com a gente, particularmente, ele vai perdendo esse alinhamento que ele diz ter, que nunca demonstrou, nunca teve manifestação para a liberdade dos presos políticos em Brasília — afirmou. O ex-coach chegou a creditar um desentendimento que teve com Bolsonaro pelo Instagram ao filho do ex-presidente, que teria acesso às contas. Em conversa com jornalistas, Marçal disse que a discussão foi uma "presepada" de Carlos, chamado de "retardado mental". Disse ainda que tenta preservá-lo "em respeito ao capitão". No mesmo dia, Carlos sugeriu o voto em Marina Helena, candidata do Novo, diante de uma possível resistência do bolsonarismo em votar "no tal do Ricardo Nunes" na cidade de São Paulo. Depois, emitiu sinais difusos. Afirmou em um primeiro momento que apoiaria quem quer que fosse disputar o segundo turno com o "candidato de Lula", em referência a Guilherme Boulos (PSOL), abrindo espaço para uma aliança com Marçal. Após os episódios, os dois chegaram a anunciar que tinham conversado e feito as pazes. Na entrevista, Carlos chega a comentar uma eventual aproximação entre o clã bolsonarista e o ex-coach, condicionando a uma mudança de postura do paulista. — É como meu pai falou, Pablo tem um grande potencial. Mas passou da linha, passou do limite. Para você se meter na política, precisa respeitar as pessoas, por mais que discorde delas, para construir. Já passou dessa época de puxar a espada ficar dando de brabo. Não é se render, é construir. (...) A gente entende hoje em dia que tem que construir e não ficar destruindo simplesmente por destruir, para ter vantagens próprias e chegar lá na frente e você não ter benefício nenhum — inclusive para quem votou em você. Isso que afastou o Pablo da gente. Tinha tudo para poder se dar bem, talvez até aconteça no futuro uma aproximação. Ninguém sabe. Mas, poxa, ele tem que mudar as atitudes e todo mundo tem que aprender nisso tudo. Mas o mais errado acaba sendo Pablo. Não tenho problema nenhum com ele hoje, fora essas ressalvas. Como confiar novamente numa pessoa que comete tantos erros contigo, principalmente com meu pai? — questionou
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