BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Banco de fomento mobilizou mais de R$ 7,3 milhões para iniciativa Viva Pequena África O Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o Banco vai encaminhar dividendos de R$ 25 bilhões para o Tesouro Nacional em um esforço para contribuir com o superávit primário e o arcabouço fiscal. A fala aconteceu após participação de Mercadante em um painel do G20 Social nesta sexta-feira, dia 15. Previsão: Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025 Tarifas de importação: Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo — Vamos encaminhar dividendos de R$ 25 bilhões para o Tesouro Nacional, que é 127% do lucro do banco. Mais os impostos são R$ 38 milhões, e temos uma pequena parcela que é a devolução de subsídios do passado. Então é um volume de recursos extraordinário – anunciou Mercadante. O presidente do BNDES disse ainda que a instituição teve o terceiro melhor resultado do setor financeiro nos últimos nove meses, com R$ 19 bilhões de lucro. Ele destacou também que o banco está se esforçando para preservar áreas importantes. — O BNDES está fazendo um esforço para preservar outras áreas, como Educação e Saúde. Tivemos o terceiro melhor resultado do setor financeiro nos últimos nove meses, com R$ 19 bilhões de lucro, e isso reflete o esforço do banco, que está contribuindo para o superávit primário e para o arcabouço fiscal — disse – afirmou. Entrevista: 'Vivemos relação abusiva com a tecnologia', diz professor da UCLA que participa do Web Summit Ao falar com jornalistas, o presidente do BNDES ainda comentou sobre a entrega de uma carta, com outras estatais, que fará parte da Declaração do G20 Social. Ao ser questionado sobre um valor específico a ser repassado pelo banco para essas iniciativas, ele disse: — Estamos, nesses dias, anunciando algumas iniciativas. Ontem, fizemos para a Petrobras o anúncio de que o BNDES está muito empenhado na restauração. Lançamos o primeiro edital de R$ 100 milhões, sendo R$ 50 milhões da Petrobras e R$ 50 milhões do Fundo da Amazônia. O BNDES já destinou R$ 1 bilhão para esse projeto. Com relação ao papel da iniciativa privada no enfrentamento desses desafios, Mercadante afirmou que a participação das empresas é imprescindível, uma vez que a maior parte da riqueza está nas mãos do setor privado. No entanto, ele destacou que o Estado tem um papel fundamental porque o mundo está indo em uma “marcha da insensatez”. — Nós precisamos colocar essa agenda de sustentabilidade ambiental no topo das prioridades, e isso é uma combinação de Estado e mercado. Nosso papel é induzir o setor privado — disse. ‘Pré-sal Negro’ O BNDES também anunciou que mobilizou mais de R$ 7,3 milhões em doações para fortalecer a iniciativa Viva Pequena África. A Ford Foundation e a Open Society Foundations doarão, cada uma, cerca de R$ 2,9 milhões, enquanto o Instituto Ibirapitanga repassará à iniciativa R$ 1,5 milhão. Falta mão de obra: Seis em cada dez empresas têm dificuldade para contratar ou reter profissionais Mercadante, que esteve presente no painel organizado pelo consórcio Viva Pequena África no G20, onde aconteceu o anúncio, disse que é fundamental resgatar essa história, afirmando que a Pequena África é o "Pré-sal Negro": — A Pequena África é o Pré-sal Negro, tem que ser valorizada como a porta de entrada do Brasil e não ficar escondida. A iniciativa Viva Pequena África conta com apoio não reembolsável de R$ 10 milhões do Fundo Cultural do BNDES. Ao todo, está previsto um investimento total de R$ 20 milhões em projetos e ações de capacitação e articulação das instituições de memória africana do território da Pequena África. O objetivo é fortalecer as instituições culturais ali presentes e, com isso, fomentar o turismo cultural e a comercialização de produtos de afroempreendedores, conectando o território aos principais circuitos turísticos nacionais e internacionais. Saiba-mais taboola

Nov 15, 2024 - 19:41
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BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Banco de fomento mobilizou mais de R$ 7,3 milhões para iniciativa Viva Pequena África O Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o Banco vai encaminhar dividendos de R$ 25 bilhões para o Tesouro Nacional em um esforço para contribuir com o superávit primário e o arcabouço fiscal. A fala aconteceu após participação de Mercadante em um painel do G20 Social nesta sexta-feira, dia 15. Previsão: Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025 Tarifas de importação: Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo — Vamos encaminhar dividendos de R$ 25 bilhões para o Tesouro Nacional, que é 127% do lucro do banco. Mais os impostos são R$ 38 milhões, e temos uma pequena parcela que é a devolução de subsídios do passado. Então é um volume de recursos extraordinário – anunciou Mercadante. O presidente do BNDES disse ainda que a instituição teve o terceiro melhor resultado do setor financeiro nos últimos nove meses, com R$ 19 bilhões de lucro. Ele destacou também que o banco está se esforçando para preservar áreas importantes. — O BNDES está fazendo um esforço para preservar outras áreas, como Educação e Saúde. Tivemos o terceiro melhor resultado do setor financeiro nos últimos nove meses, com R$ 19 bilhões de lucro, e isso reflete o esforço do banco, que está contribuindo para o superávit primário e para o arcabouço fiscal — disse – afirmou. Entrevista: 'Vivemos relação abusiva com a tecnologia', diz professor da UCLA que participa do Web Summit Ao falar com jornalistas, o presidente do BNDES ainda comentou sobre a entrega de uma carta, com outras estatais, que fará parte da Declaração do G20 Social. Ao ser questionado sobre um valor específico a ser repassado pelo banco para essas iniciativas, ele disse: — Estamos, nesses dias, anunciando algumas iniciativas. Ontem, fizemos para a Petrobras o anúncio de que o BNDES está muito empenhado na restauração. Lançamos o primeiro edital de R$ 100 milhões, sendo R$ 50 milhões da Petrobras e R$ 50 milhões do Fundo da Amazônia. O BNDES já destinou R$ 1 bilhão para esse projeto. Com relação ao papel da iniciativa privada no enfrentamento desses desafios, Mercadante afirmou que a participação das empresas é imprescindível, uma vez que a maior parte da riqueza está nas mãos do setor privado. No entanto, ele destacou que o Estado tem um papel fundamental porque o mundo está indo em uma “marcha da insensatez”. — Nós precisamos colocar essa agenda de sustentabilidade ambiental no topo das prioridades, e isso é uma combinação de Estado e mercado. Nosso papel é induzir o setor privado — disse. ‘Pré-sal Negro’ O BNDES também anunciou que mobilizou mais de R$ 7,3 milhões em doações para fortalecer a iniciativa Viva Pequena África. A Ford Foundation e a Open Society Foundations doarão, cada uma, cerca de R$ 2,9 milhões, enquanto o Instituto Ibirapitanga repassará à iniciativa R$ 1,5 milhão. Falta mão de obra: Seis em cada dez empresas têm dificuldade para contratar ou reter profissionais Mercadante, que esteve presente no painel organizado pelo consórcio Viva Pequena África no G20, onde aconteceu o anúncio, disse que é fundamental resgatar essa história, afirmando que a Pequena África é o "Pré-sal Negro": — A Pequena África é o Pré-sal Negro, tem que ser valorizada como a porta de entrada do Brasil e não ficar escondida. A iniciativa Viva Pequena África conta com apoio não reembolsável de R$ 10 milhões do Fundo Cultural do BNDES. Ao todo, está previsto um investimento total de R$ 20 milhões em projetos e ações de capacitação e articulação das instituições de memória africana do território da Pequena África. O objetivo é fortalecer as instituições culturais ali presentes e, com isso, fomentar o turismo cultural e a comercialização de produtos de afroempreendedores, conectando o território aos principais circuitos turísticos nacionais e internacionais. Saiba-mais taboola

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