Bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel vira patrimônio imaterial do Estado do Rio
'Sonoridade ímpar' e 'síntese da riqueza cultural' são mencionados como justificativas para aprovação do projeto de lei Não existe mais quente! Lá vem a bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, o mais novo patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro, conforme oficializado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira. Religiosidade: a fé que move os sambas-enredo para 2025 Imortais do samba: Rio ganha academia que vai oferecer cursos, palestras e eventos, além de preservar a memória do carnaval O texto, assinado pelo governador Cláudio Castro, sanciona projeto de lei de 2023 do deputado Luiz Cláudio Ribeiro (Republicanos). A "síntese da riqueza cultural do estado do Rio de Janeiro" representada pelos ritmistas da Mocidade é citada entre as justificativas do parlamentar para o projeto. "A sonoridade ímpar da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel eterniza o axé do terreiro de Tia Chica, mãe de santo do bairro onde a escola foi fundada", completa o texto, em referência a quem também escolheu as cores verde e branco para o pavilhão da escola. A cantora Elza Soares (1930-2022), torcedora independente e homenageada em vida pela sua escola no carnaval de 2019, eternizou ainda em sua voz os versos de "Salve a Mocidade". A canção lembra das palavras de Mestre André — um dos primeiros regentes de bateria a receber o título de "mestre" e que morreu em 1980 — sempre dizia "Ninguém segura" a bateria Não Existe Mais Quente. Ogã e filho de santo do terreiro de Tia Chica, Mestre André também é o responsável por criar um batuque para seus ritmistas saudarem Oxóssi. O orixá, que rege a Não Existe Mais Quente, foi o enredo da escola em 2022, desfile em que até a então rainha de bateria Giovanna Angélica raspou os cabelos. Na ocasião, o gesto foi para representar o momento em que Oxóssi se consagrou como caçador de uma flecha só, ao derrubar uma grande ave, representação em que o orixá está careca. Atualmente, a bateria é comandada pelo mestre Dudu.
'Sonoridade ímpar' e 'síntese da riqueza cultural' são mencionados como justificativas para aprovação do projeto de lei Não existe mais quente! Lá vem a bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, o mais novo patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro, conforme oficializado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira. Religiosidade: a fé que move os sambas-enredo para 2025 Imortais do samba: Rio ganha academia que vai oferecer cursos, palestras e eventos, além de preservar a memória do carnaval O texto, assinado pelo governador Cláudio Castro, sanciona projeto de lei de 2023 do deputado Luiz Cláudio Ribeiro (Republicanos). A "síntese da riqueza cultural do estado do Rio de Janeiro" representada pelos ritmistas da Mocidade é citada entre as justificativas do parlamentar para o projeto. "A sonoridade ímpar da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel eterniza o axé do terreiro de Tia Chica, mãe de santo do bairro onde a escola foi fundada", completa o texto, em referência a quem também escolheu as cores verde e branco para o pavilhão da escola. A cantora Elza Soares (1930-2022), torcedora independente e homenageada em vida pela sua escola no carnaval de 2019, eternizou ainda em sua voz os versos de "Salve a Mocidade". A canção lembra das palavras de Mestre André — um dos primeiros regentes de bateria a receber o título de "mestre" e que morreu em 1980 — sempre dizia "Ninguém segura" a bateria Não Existe Mais Quente. Ogã e filho de santo do terreiro de Tia Chica, Mestre André também é o responsável por criar um batuque para seus ritmistas saudarem Oxóssi. O orixá, que rege a Não Existe Mais Quente, foi o enredo da escola em 2022, desfile em que até a então rainha de bateria Giovanna Angélica raspou os cabelos. Na ocasião, o gesto foi para representar o momento em que Oxóssi se consagrou como caçador de uma flecha só, ao derrubar uma grande ave, representação em que o orixá está careca. Atualmente, a bateria é comandada pelo mestre Dudu.
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