Assinatura de médico em laudo publicado por Marçal é falsa, conclui perícia da PF
Documento divulgado na reta final da eleição tentava associar o oponente de Marçal na disputa Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas Uma perícia realizada pela Polícia Federal (PF) corroborou que a assinatura do médico presente no laudo publicado pelo ex-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), na última sexta-feira, é falsa. O suposto documento tentava associar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), então oponente de Marçal, ao uso de drogas. As informações são do g1. Diante dos indícios de fraude, ainda na sexta a Justiça Eleitoral removeu a postagem com o falso laudo e, no sábado, suspendeu as redes sociais do ex-coach. No mesmo dia, uma perícia realizada pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Instituto de Criminalística de São Paulo já havia concluído que a assinatura do médico no documento não era verdadeira. Em seguida, a PF abriu uma investigação para apurar o caso. Os peritos compararam várias assinaturas ao longo dos anos do médico José Roberto de Souza, CRM 17064-SP, que aparece como o responsável no suposto documento, e chegaram à mesma conclusão. O profissional morreu em 2022, e sua filha foi a público negar a veracidade do documento. — Aconteceu uma coisa um tanto quanto absurda em meio a essas campanhas políticas. Não sei porque e em que contexto foi usado o nome e o CRM do meu pai pelo Pablo Marçal. Eu sei que a questão é muito grave — afirmou a oftalmologista Aline Garcia Souza em vídeo publicado nas redes. A médica disse ainda que o pai nunca trabalhou na clínica Mais Consultas, citada no falso laudo. Na conclusão grafotécnica da PF, os peritos científicos comprovaram que, de fato, a assinatura do laudo publicado por Marçal não correspondia à que o profissional utilizava. “Verificou-se a prevalência das dissimilaridades entre a assinatura questionada e os padrões apresentados, tanto nas formas gráficas, quanto em suas gêneses, não havendo evidências de que tais grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa. As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, disseram os peritos. Luiz Teixeira da Silva Junior, sócio da clínica Mais Consultas, também afirmou na tarde do domingo que nunca atendeu Boulos no local e negou ter participado da elaboração do documento. A declaração veio após internautas resgatarem publicações do médico ao lado de Marçal. Nas imagens, ele utiliza um jaleco com o símbolo do Hospital Albert Einstein, embora o estabelecimento tenha informado que "o profissional em questão nunca atuou em suas unidades ou em qualquer outra atividade administrada pelo Einstein". Silva Junior também já foi condenado por falsificar diploma de curso de medicina e ata de colação de grau.
Documento divulgado na reta final da eleição tentava associar o oponente de Marçal na disputa Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas Uma perícia realizada pela Polícia Federal (PF) corroborou que a assinatura do médico presente no laudo publicado pelo ex-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), na última sexta-feira, é falsa. O suposto documento tentava associar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), então oponente de Marçal, ao uso de drogas. As informações são do g1. Diante dos indícios de fraude, ainda na sexta a Justiça Eleitoral removeu a postagem com o falso laudo e, no sábado, suspendeu as redes sociais do ex-coach. No mesmo dia, uma perícia realizada pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Instituto de Criminalística de São Paulo já havia concluído que a assinatura do médico no documento não era verdadeira. Em seguida, a PF abriu uma investigação para apurar o caso. Os peritos compararam várias assinaturas ao longo dos anos do médico José Roberto de Souza, CRM 17064-SP, que aparece como o responsável no suposto documento, e chegaram à mesma conclusão. O profissional morreu em 2022, e sua filha foi a público negar a veracidade do documento. — Aconteceu uma coisa um tanto quanto absurda em meio a essas campanhas políticas. Não sei porque e em que contexto foi usado o nome e o CRM do meu pai pelo Pablo Marçal. Eu sei que a questão é muito grave — afirmou a oftalmologista Aline Garcia Souza em vídeo publicado nas redes. A médica disse ainda que o pai nunca trabalhou na clínica Mais Consultas, citada no falso laudo. Na conclusão grafotécnica da PF, os peritos científicos comprovaram que, de fato, a assinatura do laudo publicado por Marçal não correspondia à que o profissional utilizava. “Verificou-se a prevalência das dissimilaridades entre a assinatura questionada e os padrões apresentados, tanto nas formas gráficas, quanto em suas gêneses, não havendo evidências de que tais grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa. As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, disseram os peritos. Luiz Teixeira da Silva Junior, sócio da clínica Mais Consultas, também afirmou na tarde do domingo que nunca atendeu Boulos no local e negou ter participado da elaboração do documento. A declaração veio após internautas resgatarem publicações do médico ao lado de Marçal. Nas imagens, ele utiliza um jaleco com o símbolo do Hospital Albert Einstein, embora o estabelecimento tenha informado que "o profissional em questão nunca atuou em suas unidades ou em qualquer outra atividade administrada pelo Einstein". Silva Junior também já foi condenado por falsificar diploma de curso de medicina e ata de colação de grau.
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