Alpinista que passou 45 minutos 'morto' nos EUA é acusado de assassinato

Michael Knapinski, que foi resgatado sem sinais vitais, também é suspeito de roubar cerca de R$ 11 mil em drogas da vítima Michael Knapinski, um alpinista de Washington, nos Estados Unidos, que foi alvo de um resgate dramático em 2020, foi preso após ser acusado do assassinato de um suposto traficante de drogas. Knapinski, que foi resgatado sem sinais vitais, e teria "voltado dos mortos" após 45 minutos, também é suspeito de roubar cerca de R$ 11 mil em drogas da vítima. De acordo com documentos judiciais obtidos pela revista americana People, o alpinista é acusado pelo assassinato de Jason Martinell. O suposto traficante foi morto a tiros no estacionamento de uma loja na cidade de Bothell, em 25 de outubro. Segundo a investigação, Knapinski teria abordado Martinell para comprar fentanil e metanfetamina. Um amigo que estava com a vítima afirma que o ouviu fazer um acordo para vender suas drogas a Knapinski por US$ 1.900 (R$ 11 mil). Ele afirma que o suspeito então entrou no carro de Martinell, e ambos foram até o estacionamento da loja. O amigo da vítima disse que seguiu o carro e, ao estacionar, viu a porta do passageiro abrir e fechar. Momentos depois, encontrou a vítima caída de bruços no chão com um ferimento de bala na cabeça, disse a testemunha em depoimento. "Com base na natureza deste crime, há uma probabilidade substancial de que o réu cometa outro crime violento", escreveram os promotores. "Parece que (Knapinski) escolheu atirar e matar a vítima por US$ 1.900 em drogas. Se ele é capaz de tirar a vida de um homem por uma quantia tão pequena de dinheiro, é provável que ele cometa outro crime violento", diz outro trecho. Knapinski está detido no Departamento Penitenciário do Xerife do Condado de Snohomish, sob fiança de US$ 1 milhão, cerca de R$ 5,8 milhões. Resgate dramático Michael Knapinski foi encontrado quase sem sinais vitais no Monte Rainier, no estado norte-americano de Washington, e “voltou dos mortos”, segundo a médica responsável pelo caso. O coração do alpinista, e agora suspeito, parou durante 45 minutos. “Ele voltou dos mortos”, afirmou Jenelle Badulak, médica da unidade de terapia intensiva no Harborview, à CNN. “Mas não foi um milagre, foi ciência.” À época, o homem estava caminhando no parque nacional quando se perdeu, e passou uma noite na encosta da montanha, sob temperaturas abaixo de zero. Após ser resgatado à beira da morte, ele foi encaminhado ao Centro Médico Harborview, em Seattle, em condições graves, mas a equipe médica conseguiu reanimá-lo com sucesso. “Michael estava inconsciente, com hipotermia extrema e o coração parou pouco depois que ele chegou à emergência”, contou Badulak à CNN. “Mas ele tinha pulso e estava sem ferimentos graves, estão pensamos imediatamente em ECMO.” ECMO (oxigenação por membrana extracorporal) é como são conhecidas as máquinas de suporte extracorporal à vida para pacientes com falência cardiovascular ou pulmonar. O equipamento remove o sangue do corpo e o passa em um oxigenador antes de colocá-lo de volta. Esse tratamento não garante recuperação, mas pode salvar vidas. Badulak explicou que a equipe optou por utilizar a máquina porque os órgãos de Knapinski estavam tão frios que puderam funcionar com menos oxigênio, o que deu aos médicos mais tempo para reanimar o coração. Depois de 45 minutos, a máquina ECMO conseguiu fazer o sangue de Knapinski fluir. A equipe, então, aqueceu o corpo dele a uma temperatura na qual o coração podia funcionar e o pressionou mais uma vez. “Sabíamos que o coração começaria a bater de novo”, disse Badulak. “A maior preocupação era com o cérebro dele e se ficaria algum dano permanente de quando o coração parou de bater.” Dois dias depois, Knapinski abriu os olhos pela primeira vez. “Quando acordei, não entendi muito bem o que tinha acontecido”, contou ele. “Sou extremamente grato a todos aqui do hospital por não desistirem de mim. Estou vivo e respirando.” Knapinski teve alta após oito dias no hospital.

Nov 21, 2024 - 19:59
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Alpinista que passou 45 minutos 'morto' nos EUA é acusado de assassinato

Michael Knapinski, que foi resgatado sem sinais vitais, também é suspeito de roubar cerca de R$ 11 mil em drogas da vítima Michael Knapinski, um alpinista de Washington, nos Estados Unidos, que foi alvo de um resgate dramático em 2020, foi preso após ser acusado do assassinato de um suposto traficante de drogas. Knapinski, que foi resgatado sem sinais vitais, e teria "voltado dos mortos" após 45 minutos, também é suspeito de roubar cerca de R$ 11 mil em drogas da vítima. De acordo com documentos judiciais obtidos pela revista americana People, o alpinista é acusado pelo assassinato de Jason Martinell. O suposto traficante foi morto a tiros no estacionamento de uma loja na cidade de Bothell, em 25 de outubro. Segundo a investigação, Knapinski teria abordado Martinell para comprar fentanil e metanfetamina. Um amigo que estava com a vítima afirma que o ouviu fazer um acordo para vender suas drogas a Knapinski por US$ 1.900 (R$ 11 mil). Ele afirma que o suspeito então entrou no carro de Martinell, e ambos foram até o estacionamento da loja. O amigo da vítima disse que seguiu o carro e, ao estacionar, viu a porta do passageiro abrir e fechar. Momentos depois, encontrou a vítima caída de bruços no chão com um ferimento de bala na cabeça, disse a testemunha em depoimento. "Com base na natureza deste crime, há uma probabilidade substancial de que o réu cometa outro crime violento", escreveram os promotores. "Parece que (Knapinski) escolheu atirar e matar a vítima por US$ 1.900 em drogas. Se ele é capaz de tirar a vida de um homem por uma quantia tão pequena de dinheiro, é provável que ele cometa outro crime violento", diz outro trecho. Knapinski está detido no Departamento Penitenciário do Xerife do Condado de Snohomish, sob fiança de US$ 1 milhão, cerca de R$ 5,8 milhões. Resgate dramático Michael Knapinski foi encontrado quase sem sinais vitais no Monte Rainier, no estado norte-americano de Washington, e “voltou dos mortos”, segundo a médica responsável pelo caso. O coração do alpinista, e agora suspeito, parou durante 45 minutos. “Ele voltou dos mortos”, afirmou Jenelle Badulak, médica da unidade de terapia intensiva no Harborview, à CNN. “Mas não foi um milagre, foi ciência.” À época, o homem estava caminhando no parque nacional quando se perdeu, e passou uma noite na encosta da montanha, sob temperaturas abaixo de zero. Após ser resgatado à beira da morte, ele foi encaminhado ao Centro Médico Harborview, em Seattle, em condições graves, mas a equipe médica conseguiu reanimá-lo com sucesso. “Michael estava inconsciente, com hipotermia extrema e o coração parou pouco depois que ele chegou à emergência”, contou Badulak à CNN. “Mas ele tinha pulso e estava sem ferimentos graves, estão pensamos imediatamente em ECMO.” ECMO (oxigenação por membrana extracorporal) é como são conhecidas as máquinas de suporte extracorporal à vida para pacientes com falência cardiovascular ou pulmonar. O equipamento remove o sangue do corpo e o passa em um oxigenador antes de colocá-lo de volta. Esse tratamento não garante recuperação, mas pode salvar vidas. Badulak explicou que a equipe optou por utilizar a máquina porque os órgãos de Knapinski estavam tão frios que puderam funcionar com menos oxigênio, o que deu aos médicos mais tempo para reanimar o coração. Depois de 45 minutos, a máquina ECMO conseguiu fazer o sangue de Knapinski fluir. A equipe, então, aqueceu o corpo dele a uma temperatura na qual o coração podia funcionar e o pressionou mais uma vez. “Sabíamos que o coração começaria a bater de novo”, disse Badulak. “A maior preocupação era com o cérebro dele e se ficaria algum dano permanente de quando o coração parou de bater.” Dois dias depois, Knapinski abriu os olhos pela primeira vez. “Quando acordei, não entendi muito bem o que tinha acontecido”, contou ele. “Sou extremamente grato a todos aqui do hospital por não desistirem de mim. Estou vivo e respirando.” Knapinski teve alta após oito dias no hospital.

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