Eleição de novo promotor adia decisão que pode soltar os irmãos Menendez; entenda
Decisão sobre clemência a Lyle e Erik Menendez será adiada até que o novo promotor do condado de Los Angeles, recentemente eleito, analise o caso O governador do estado da Califórnia, Gavin Newsom, declarou nesta segunda-feira que não tomará uma decisão sobre a revisão da sentença aplicada aos irmãos Menendez — que mataram os próprios pais dentro de casa, em Beverly Hills, no ano de 1989 — até que o próximo promotor do condado de Los Angeles conduza sua própria revisão do caso. Tesouro inusitado: Naufrágio de 1878 pode revelar ingrediente de uísque com sabor esquecido na história Onze graus abaixo de zero: Idoso é resgatado com vida após ficar preso no vulcão Lanín, na Argentina O atual promotor, George Gascón, pediu a um juiz em outubro que reavaliasse a sentença dos irmãos, condenados por assassinato em primeiro grau e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Na mesma época, os irmãos solicitaram clemência ao governador, e Gascón escreveu uma carta apoiando o pedido. No entanto, Gascón perdeu sua reeleição este mês para Nathan Hochman, um ex-promotor federal que prometeu ser mais rigoroso no combate ao crime. Essa mudança de liderança gerou dúvidas sobre a continuidade do pedido de reavaliação da sentença. “O governador respeita o papel do promotor em garantir que a justiça seja feita e reconhece que os eleitores confiaram ao promotor eleito, Hochman, essa responsabilidade”, disse o gabinete de Newsom em um comunicado na segunda-feira. “O governador aguardará a revisão e análise do promotor eleito sobre o caso Menendez antes de tomar qualquer decisão de clemência.” Hochman afirmou publicamente que realizará sua própria análise do caso após sua posse em 3 de dezembro e que pode pedir ao juiz da Suprema Corte de Los Angeles, responsável pelo pedido de reavaliação, para adiar uma audiência marcada para 11 de dezembro. “Assim que assumir o cargo em 3 de dezembro, pretendo trabalhar arduamente para revisar detalhadamente os fatos e as leis relacionadas ao caso Menendez, incluindo a análise de arquivos confidenciais da prisão, transcrições dos dois julgamentos e os numerosos documentos apresentados, além de conversar com promotores, advogados de defesa e familiares das vítimas”, declarou Hochman na segunda-feira. O caso dos irmãos Menendez ganhou grande atenção nos anos 1990 por seu teor chocante e pela riqueza da família. O primeiro julgamento, que terminou sem veredicto — cada irmão teve seu próprio júri —, foi um dos primeiros a ser televisionado para uma audiência nacional. Os irmãos alegaram que haviam sido abusados sexualmente pelo pai e que temiam que seus pais os matassem para evitar que o abuso fosse revelado. Depoimentos sobre o abuso foram amplamente excluídos do segundo julgamento, no qual foram condenados e sentenciados à prisão perpétua. O caso voltou a ser discutido após o lançamento de uma série documental e um docudrama na Netflix, que detalham as alegações de abuso. Ao mesmo tempo, advogados dos irmãos apresentaram uma petição em um tribunal de Los Angeles argumentando que novas evidências corroboram as alegações de abuso. Essa petição, que pode resultar em um novo julgamento, é separada do esforço de Gascón para revisar as sentenças e do pedido de clemência feito a Newsom. Gascón afirmou que as produções recentes na TV e a nova atenção ao caso geraram uma enxurrada de chamadas para seu gabinete. Por isso, ele acelerou a revisão que já estava em andamento e concluiu que os irmãos deveriam ter uma chance de liberdade. Embora reconheça a natureza horrível dos assassinatos — os irmãos mataram os pais a tiros de espingarda enquanto o casal assistia TV —, Gascón afirmou que os irmãos têm sido prisioneiros exemplares e que acredita na credibilidade das alegações de abuso. Muitos membros da família dos irmãos, de ambos os lados, apoiam os esforços para conseguir sua libertação. Gascón recomendou que os irmãos fossem sentenciados novamente a 50 anos de prisão. Esse período é maior do que o que já cumpriram, mas, como cometeram os crimes antes dos 26 anos, seriam imediatamente elegíveis para liberdade condicional. Ele reconheceu que houve discordâncias em seu gabinete, com alguns promotores se opondo a qualquer concessão. No mês passado, Newsom comentou em seu podcast “Politickin’” que sua equipe estava pesquisando o caso dos irmãos Menendez e aguardava a decisão da Suprema Corte de Los Angeles. Na época, os irmãos ainda não haviam apresentado o pedido de clemência, e Newsom analisava a situação considerando que ela só chegaria à sua mesa caso um juiz concordasse em revisar a sentença e uma comissão de liberdade condicional determinasse que estavam aptos para serem libertados. Newsom reconheceu no podcast o impacto do documentário e do docudrama na reconsideração do caso dos irmãos Menendez e descreveu as novas evidências como “convincente”. No entanto, disse que aguardaria mais revisões antes de emitir um julgamento. “O que importa são os fatos”, afirmou. “O que
Decisão sobre clemência a Lyle e Erik Menendez será adiada até que o novo promotor do condado de Los Angeles, recentemente eleito, analise o caso O governador do estado da Califórnia, Gavin Newsom, declarou nesta segunda-feira que não tomará uma decisão sobre a revisão da sentença aplicada aos irmãos Menendez — que mataram os próprios pais dentro de casa, em Beverly Hills, no ano de 1989 — até que o próximo promotor do condado de Los Angeles conduza sua própria revisão do caso. Tesouro inusitado: Naufrágio de 1878 pode revelar ingrediente de uísque com sabor esquecido na história Onze graus abaixo de zero: Idoso é resgatado com vida após ficar preso no vulcão Lanín, na Argentina O atual promotor, George Gascón, pediu a um juiz em outubro que reavaliasse a sentença dos irmãos, condenados por assassinato em primeiro grau e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Na mesma época, os irmãos solicitaram clemência ao governador, e Gascón escreveu uma carta apoiando o pedido. No entanto, Gascón perdeu sua reeleição este mês para Nathan Hochman, um ex-promotor federal que prometeu ser mais rigoroso no combate ao crime. Essa mudança de liderança gerou dúvidas sobre a continuidade do pedido de reavaliação da sentença. “O governador respeita o papel do promotor em garantir que a justiça seja feita e reconhece que os eleitores confiaram ao promotor eleito, Hochman, essa responsabilidade”, disse o gabinete de Newsom em um comunicado na segunda-feira. “O governador aguardará a revisão e análise do promotor eleito sobre o caso Menendez antes de tomar qualquer decisão de clemência.” Hochman afirmou publicamente que realizará sua própria análise do caso após sua posse em 3 de dezembro e que pode pedir ao juiz da Suprema Corte de Los Angeles, responsável pelo pedido de reavaliação, para adiar uma audiência marcada para 11 de dezembro. “Assim que assumir o cargo em 3 de dezembro, pretendo trabalhar arduamente para revisar detalhadamente os fatos e as leis relacionadas ao caso Menendez, incluindo a análise de arquivos confidenciais da prisão, transcrições dos dois julgamentos e os numerosos documentos apresentados, além de conversar com promotores, advogados de defesa e familiares das vítimas”, declarou Hochman na segunda-feira. O caso dos irmãos Menendez ganhou grande atenção nos anos 1990 por seu teor chocante e pela riqueza da família. O primeiro julgamento, que terminou sem veredicto — cada irmão teve seu próprio júri —, foi um dos primeiros a ser televisionado para uma audiência nacional. Os irmãos alegaram que haviam sido abusados sexualmente pelo pai e que temiam que seus pais os matassem para evitar que o abuso fosse revelado. Depoimentos sobre o abuso foram amplamente excluídos do segundo julgamento, no qual foram condenados e sentenciados à prisão perpétua. O caso voltou a ser discutido após o lançamento de uma série documental e um docudrama na Netflix, que detalham as alegações de abuso. Ao mesmo tempo, advogados dos irmãos apresentaram uma petição em um tribunal de Los Angeles argumentando que novas evidências corroboram as alegações de abuso. Essa petição, que pode resultar em um novo julgamento, é separada do esforço de Gascón para revisar as sentenças e do pedido de clemência feito a Newsom. Gascón afirmou que as produções recentes na TV e a nova atenção ao caso geraram uma enxurrada de chamadas para seu gabinete. Por isso, ele acelerou a revisão que já estava em andamento e concluiu que os irmãos deveriam ter uma chance de liberdade. Embora reconheça a natureza horrível dos assassinatos — os irmãos mataram os pais a tiros de espingarda enquanto o casal assistia TV —, Gascón afirmou que os irmãos têm sido prisioneiros exemplares e que acredita na credibilidade das alegações de abuso. Muitos membros da família dos irmãos, de ambos os lados, apoiam os esforços para conseguir sua libertação. Gascón recomendou que os irmãos fossem sentenciados novamente a 50 anos de prisão. Esse período é maior do que o que já cumpriram, mas, como cometeram os crimes antes dos 26 anos, seriam imediatamente elegíveis para liberdade condicional. Ele reconheceu que houve discordâncias em seu gabinete, com alguns promotores se opondo a qualquer concessão. No mês passado, Newsom comentou em seu podcast “Politickin’” que sua equipe estava pesquisando o caso dos irmãos Menendez e aguardava a decisão da Suprema Corte de Los Angeles. Na época, os irmãos ainda não haviam apresentado o pedido de clemência, e Newsom analisava a situação considerando que ela só chegaria à sua mesa caso um juiz concordasse em revisar a sentença e uma comissão de liberdade condicional determinasse que estavam aptos para serem libertados. Newsom reconheceu no podcast o impacto do documentário e do docudrama na reconsideração do caso dos irmãos Menendez e descreveu as novas evidências como “convincente”. No entanto, disse que aguardaria mais revisões antes de emitir um julgamento. “O que importa são os fatos”, afirmou. “O que importa é justiça e equidade. Não tratá-los pior porque são celebridades. E, certamente, não tratá-los melhor porque são celebridades.”
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