Alice Braga fala sobre dificuldades de atrizes com mais de 40 anos: 'Caras de 45 ainda fazem o gatinho'
Em entrevista ao videocast 'Conversa vai, conversa vem', atriz conta como série a fez questionar escolhas e arrependimentos da vida e analisa diferença de personagens femininos e masculinos à medida em que intérpretes envelhecem A atriz Alice Braga criticou o etarismo em sua profissão. Ela falou sobre o tema em entrevista à jornalista Maria Fortuna no videocast do GLOBO, 'Conversa vai, conversa vem'. - O mundo é muito mais duro com as mulheres. E muito mais duro, por exemplo, com as mulheres atrizes de 40 anos do que com homens atores de 40 anos. É completamente diferente a jornada, quando você vai envelhecendo, de uma atriz mulher e de um homem ator. Graças a Deus, tenho trabalhado bastante, mas dá para ver os personagens.... A gente vê os caras de 45 ainda fazendo gatinho ou papeis protagonistas e tal. E as mulheres com outro tipo de personagem, se transformando - observa. - O que eu acho lindo, porque isso é vida. Mas tem essa nuance sobre possibilidades de trabalho. Em todas as carreiras, acho. Camila Pitanga: 'Eu não escondo o tempo no meu rosto'; assista à entrevista da atriz no 'Conversa vai, conversa vem' A atriz abordou o assunto no momento em que falava sobre o impacto que "Matéria escura", série da Apple TV cujo elenco ela integra, teve em sua vida. No programa, em que ela interpreta uma psiquiatra, os personagens se confrontam com outras versões de suas vidas. E se tivessem feitos outras escolhas? Essa é a pergunta que norteia o seriado. A partir dela, Alice se viu diante de reflexões sobre seus erros, acertos e arrependimentos reais. Alice Braga Reprodução - Quando li o roteiro, entendi que falava basicamente sobre arrependimento. É algo que todo mundo tem. Não importa a classe social, não importa o que você faz da vida. É um sentimento comum como amor, saudade, perda. Às vezes, a gente fica assim: "Eu devia ter feito isso, aquilo"... Ainda mais nos dias de hoje, com a cobrança, a internet, a vida, tudo acelerado - analisa. - A gente se cobra muito. E o fato de ser mulher... Nós, mulheres, acabamos sendo duras com a gente para ser mais firme na sociedade, se estabelecer numa profissão, ter sucesso. Me arrependo mesmo é de ter sido muito dura comigo. A série, de fato, inspira autoanálise. E Alice mergulhou fundo: - Faz pensar sobre a energia que a gente coloca nas coisas e como estamos emocionalmente disponíveis para aquela situação. A vida que se apresenta está conectada com como você está se propondo a olhar - acredita. - Foi muito bonito estar fazendo essa série aos 40 anos de idade, quando a gente vai se transformando como mulher, como atriz, como ser humano. Estava nesse momento de explorar novos personagens e querer viver um papel em que eu mesma me questionasse.
Em entrevista ao videocast 'Conversa vai, conversa vem', atriz conta como série a fez questionar escolhas e arrependimentos da vida e analisa diferença de personagens femininos e masculinos à medida em que intérpretes envelhecem A atriz Alice Braga criticou o etarismo em sua profissão. Ela falou sobre o tema em entrevista à jornalista Maria Fortuna no videocast do GLOBO, 'Conversa vai, conversa vem'. - O mundo é muito mais duro com as mulheres. E muito mais duro, por exemplo, com as mulheres atrizes de 40 anos do que com homens atores de 40 anos. É completamente diferente a jornada, quando você vai envelhecendo, de uma atriz mulher e de um homem ator. Graças a Deus, tenho trabalhado bastante, mas dá para ver os personagens.... A gente vê os caras de 45 ainda fazendo gatinho ou papeis protagonistas e tal. E as mulheres com outro tipo de personagem, se transformando - observa. - O que eu acho lindo, porque isso é vida. Mas tem essa nuance sobre possibilidades de trabalho. Em todas as carreiras, acho. Camila Pitanga: 'Eu não escondo o tempo no meu rosto'; assista à entrevista da atriz no 'Conversa vai, conversa vem' A atriz abordou o assunto no momento em que falava sobre o impacto que "Matéria escura", série da Apple TV cujo elenco ela integra, teve em sua vida. No programa, em que ela interpreta uma psiquiatra, os personagens se confrontam com outras versões de suas vidas. E se tivessem feitos outras escolhas? Essa é a pergunta que norteia o seriado. A partir dela, Alice se viu diante de reflexões sobre seus erros, acertos e arrependimentos reais. Alice Braga Reprodução - Quando li o roteiro, entendi que falava basicamente sobre arrependimento. É algo que todo mundo tem. Não importa a classe social, não importa o que você faz da vida. É um sentimento comum como amor, saudade, perda. Às vezes, a gente fica assim: "Eu devia ter feito isso, aquilo"... Ainda mais nos dias de hoje, com a cobrança, a internet, a vida, tudo acelerado - analisa. - A gente se cobra muito. E o fato de ser mulher... Nós, mulheres, acabamos sendo duras com a gente para ser mais firme na sociedade, se estabelecer numa profissão, ter sucesso. Me arrependo mesmo é de ter sido muito dura comigo. A série, de fato, inspira autoanálise. E Alice mergulhou fundo: - Faz pensar sobre a energia que a gente coloca nas coisas e como estamos emocionalmente disponíveis para aquela situação. A vida que se apresenta está conectada com como você está se propondo a olhar - acredita. - Foi muito bonito estar fazendo essa série aos 40 anos de idade, quando a gente vai se transformando como mulher, como atriz, como ser humano. Estava nesse momento de explorar novos personagens e querer viver um papel em que eu mesma me questionasse.
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