Afropunk Brasil reune mais de 50 mil pessoas no Parque de Exposições de Salvador, no último fim de semana
Festival contou com shows de Jorge Aragão, Planet Hemp, Léo Santana, Larissa Luz, Timbalada, Erykah Badu e Lianne La Havas Ao fim da sua quarta edição, o Afropunk Brasil deixou claro, no último fim de semana, que é muito Salvador. Mais do que simplesmente um festival de música, o evento que ocupou o Parque de Exposições da capital baiana — frequentemente chamada de “a capital afro” — foi uma grande festa preta, contando com a presença de mais de 52 mil pessoas ao longo dos dois dias de espetáculos. Crítica: Só ela e o violão, Lianne La Havas foi uma banda inteira no Afropunk Brasil Crítica: Erykah Badu compensa atraso com show cheio de acertos no primeiro dia do festival Tudo ali inspirava África. Desde as comidas servidas nas barracas de alimentação ao próprio line-up, composto quase totalmente por artistas negros. Empenhado em caprichar no figurino, o público deu um show à parte oferecendo um belo desfile a céu aberto, entre colares, braceletes, turbantes e todo tipo de vestimentas que evocavam herança cultural. No sábado (9), passaram pelos palcos (eram dois, um ao lado do outro) artistas como Jorge Aragão, Melly, Duquesa, Planet Hemp, Irmãs de Pau e Erykah Badu. Sentindo-se literalmente em casa, a baiana Melly foi uma das atrações do Palco Agô. — Preciso dizer que me senti muito bem, antes, durante e depois de descer do palco do festival — disse a cantora ao GLOBO. — Foi a primeira vez de “Amaríssima” (seu disco de estreia, lançado em maio) no Afropunk, e tudo que eu conseguia sentir era orgulho. Estive ali celebrando a nossa cultura com o disco inteiro no peito e na boca do povo. Uma das atrações mais esperadas da noite, Erykah Badu se atrasou para chegar no festival. Para agilizar a noite, a organização logo acionou o embaixador da swingueira, Léo Santana, adiantando a apresentação do ex-vocalista do Parangolé, que cantaria depois da americana. Deu tudo certo. — Estou até agora extasiado com o show de sábado, minha primeira vez no Afropunk, esse evento tão grandioso que enaltece a a cultura negra. Foi lindo, foi emocionante, foi apoteótico. Era notória a felicidade do público, e acho que a galera curtiu — disse Léo ao GLOBO. Palco do Afropunk Brasil Diculgação/Matheus Oross No domingo, shows de Mateus Fazeno Rock, Larissa Luz, Timbalada e Silvanno Salles mantiveram o público debaixo de uma chuva fina que insistia em cair no Parque de Exposições. Nascida e criada em Queimados, na Baixada Fluminense, a cantora Ebony fez um sensível relato antes de se apresentar no Palco Gira. Ela contou que foi abusada sexualmente por um tio quando mais nova, e pediu um minuto de silêncio para as vítimas de assédio sexual no Brasil. Uma das sócias do Afropunk, Ana Amélia ressaltou o crescimento do festival e exaltou o laço que o evento firmou com seu público. — Essa foi, visivelmente, uma edição muito maior e mais madura. Foi um trabalho de anos para conseguir trazer todas as marcas parceiras. É um ano em que o público, mais uma vez, é a grande atração, é quem cola, é quem tá aqui curtindo, é quem tá aqui vivendo o projeto. E é um ano em que as lideranças do projeto continuam sendo mulheres negras — afirmou a executiva. Ricardo Ferreira viajou a convite da organização do evento
Festival contou com shows de Jorge Aragão, Planet Hemp, Léo Santana, Larissa Luz, Timbalada, Erykah Badu e Lianne La Havas Ao fim da sua quarta edição, o Afropunk Brasil deixou claro, no último fim de semana, que é muito Salvador. Mais do que simplesmente um festival de música, o evento que ocupou o Parque de Exposições da capital baiana — frequentemente chamada de “a capital afro” — foi uma grande festa preta, contando com a presença de mais de 52 mil pessoas ao longo dos dois dias de espetáculos. Crítica: Só ela e o violão, Lianne La Havas foi uma banda inteira no Afropunk Brasil Crítica: Erykah Badu compensa atraso com show cheio de acertos no primeiro dia do festival Tudo ali inspirava África. Desde as comidas servidas nas barracas de alimentação ao próprio line-up, composto quase totalmente por artistas negros. Empenhado em caprichar no figurino, o público deu um show à parte oferecendo um belo desfile a céu aberto, entre colares, braceletes, turbantes e todo tipo de vestimentas que evocavam herança cultural. No sábado (9), passaram pelos palcos (eram dois, um ao lado do outro) artistas como Jorge Aragão, Melly, Duquesa, Planet Hemp, Irmãs de Pau e Erykah Badu. Sentindo-se literalmente em casa, a baiana Melly foi uma das atrações do Palco Agô. — Preciso dizer que me senti muito bem, antes, durante e depois de descer do palco do festival — disse a cantora ao GLOBO. — Foi a primeira vez de “Amaríssima” (seu disco de estreia, lançado em maio) no Afropunk, e tudo que eu conseguia sentir era orgulho. Estive ali celebrando a nossa cultura com o disco inteiro no peito e na boca do povo. Uma das atrações mais esperadas da noite, Erykah Badu se atrasou para chegar no festival. Para agilizar a noite, a organização logo acionou o embaixador da swingueira, Léo Santana, adiantando a apresentação do ex-vocalista do Parangolé, que cantaria depois da americana. Deu tudo certo. — Estou até agora extasiado com o show de sábado, minha primeira vez no Afropunk, esse evento tão grandioso que enaltece a a cultura negra. Foi lindo, foi emocionante, foi apoteótico. Era notória a felicidade do público, e acho que a galera curtiu — disse Léo ao GLOBO. Palco do Afropunk Brasil Diculgação/Matheus Oross No domingo, shows de Mateus Fazeno Rock, Larissa Luz, Timbalada e Silvanno Salles mantiveram o público debaixo de uma chuva fina que insistia em cair no Parque de Exposições. Nascida e criada em Queimados, na Baixada Fluminense, a cantora Ebony fez um sensível relato antes de se apresentar no Palco Gira. Ela contou que foi abusada sexualmente por um tio quando mais nova, e pediu um minuto de silêncio para as vítimas de assédio sexual no Brasil. Uma das sócias do Afropunk, Ana Amélia ressaltou o crescimento do festival e exaltou o laço que o evento firmou com seu público. — Essa foi, visivelmente, uma edição muito maior e mais madura. Foi um trabalho de anos para conseguir trazer todas as marcas parceiras. É um ano em que o público, mais uma vez, é a grande atração, é quem cola, é quem tá aqui curtindo, é quem tá aqui vivendo o projeto. E é um ano em que as lideranças do projeto continuam sendo mulheres negras — afirmou a executiva. Ricardo Ferreira viajou a convite da organização do evento
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