A direita e o radicalismo

Com os detalhes revelados ao longo dos últimos anos, fica impossível não ligar Bolsonaro ao golpe planejado e tentado em várias ocasiões, antes, durante e depois de seu governo. A fronteira entre a direita democrática e o radicalismo bolsonarista já está traçada há muito tempo, mas até a revelação dos fatos recentes, que culminaram com a descoberta da insurreição programada meticulosamente por militares, era mais fácil fingir não ter nada a ver com a violência, e continuar a apoiar Bolsonaro. Como se o ex-presidente encarnasse apenas a face liberal do seu projeto político, e estivesse alheio aos golpistas que o rodeavam. Se formos ver a origem dessa influência militar no governo Bolsonaro, basta lembrar que eles se reuniam em uma espécie de bunker em Brasília, onde a presença de civis era rara. A interpretação otimista era que os militares estariam no governo para conter Bolsonaro, mas aconteceu exatamente o contrário. Eram militares experimentados, a maioria comandara as forças brasileiras no Haiti, vistos como democratas. Bolsonaro, no entanto, botou no bolso generais, almirantes, brigadeiros, numa subversão da hierarquia militar. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Nov 24, 2024 - 05:57
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A direita e o radicalismo

Com os detalhes revelados ao longo dos últimos anos, fica impossível não ligar Bolsonaro ao golpe planejado e tentado em várias ocasiões, antes, durante e depois de seu governo. A fronteira entre a direita democrática e o radicalismo bolsonarista já está traçada há muito tempo, mas até a revelação dos fatos recentes, que culminaram com a descoberta da insurreição programada meticulosamente por militares, era mais fácil fingir não ter nada a ver com a violência, e continuar a apoiar Bolsonaro. Como se o ex-presidente encarnasse apenas a face liberal do seu projeto político, e estivesse alheio aos golpistas que o rodeavam. Se formos ver a origem dessa influência militar no governo Bolsonaro, basta lembrar que eles se reuniam em uma espécie de bunker em Brasília, onde a presença de civis era rara. A interpretação otimista era que os militares estariam no governo para conter Bolsonaro, mas aconteceu exatamente o contrário. Eram militares experimentados, a maioria comandara as forças brasileiras no Haiti, vistos como democratas. Bolsonaro, no entanto, botou no bolso generais, almirantes, brigadeiros, numa subversão da hierarquia militar. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

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