Visita de Joe Biden ao Rio: Segurança reforçada e impacto no cotidiano do bairro divide opinião de moradores do Leme

Segurança do presidente norte-americano conta até mesmo com atiradores de elite Ruas fechadas, policiamento reforçado e grades por todos os lados. O cenário atípico no Leme, na Zona Sul do Rio, é resultado do esquema especialmente preparado para a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para participar da cúpula do G20 neste feriado. Hospedado no Hilton, o mandatário deixou o hotel na noite desta segunda-feira, por volta das 18h40. A operação foi coordenada pelo Serviço Secreto dos EUA, em parceria com a Polícia Federal e a Polícia Militar. A movimentação dos agentes, que contou até mesmo com snipers, chamou atenção dos moradores que passavam pela região e fizeram fila para tentar a sorte de fotografar Biden. Contudo, o presidente apenas acenou do carro. Rota temporária: Reunião do G20 provoca fechamento de estações do metrô; veja o que muda nos transportes durante o evento Feriado do G20: repartições públicas e bancos fechados; veja como fica o funcionamento do comércio Segurança é ampliada no Leme pela hospedagem de Biden no Hilton — Eu estava passando por aqui e resolvi dar uma olhada no que estava rolando. Achei interessante descobrir que o Biden está aqui e resolvi acompanhar. Quis estar perto de um pessoa relevante. É um marco histórico termos o G20 e o presidente dos EUA aqui, então posso perder — diz a psicóloga Steffany Sani, de 27 anos. Por outro lado, Andrea Bentes, de 39 anos, confessa que veio matar uma curiosidade: descobrir se a aparência do presidente condiz com as fotos divulgadas na internet. A especialista em finanças conta que já viveu nos EUA e acompanha o cenário político do país. — Eu fico com pena porque as pessoas escracham ele na internet pela aparência por conta da idade e eu acho isso muito feio. Resolvi vir até aqui para comprovar se ele está do jeito que ficam falando. Fora isso, eu o admiro. Já vivi nos EUA, acho ele um ótimo presidente e vai deixar um legado — afirma. Cúpula do G20: Chegada de delegações estrangeiras muda a rotina da cidade do Rio O veículo utilizado por Biden, conhecido como “The Beast” (A Besta), é outro elemento que atraiu o público que passava pela Avenida Princesa Isabel. A limusine super-blindada baseada no Cadillac One é projetada pra suportar ataques que vão desde tiros e explosões até ameaças químicas. O administrador Robson Silva fez questão de fotografar o automóvel. — Eu achei muito lindo. A estrutura do carro é impressionante, nunca vi algo assim. Vim porque isso me chamou atenção e resolvi ficar para ver o Biden também. Ele está demorando, mas vou permanecer o tempo que der — alega. Organização das ruas divide opiniões A série de interdições no Leme divide a opinião dos moradores e comerciantes do bairro. De um lado, pessoas comemoram o aumento do policiamento e movimento nas ruas. Do outro, alguns reclamam da falta de acesso a determinados espaços. A empresária Adriana Alli, de 55 anos, ressaltou que a rua onde o presidente está hospedado costuma, infelizmente, registrar repetidos episódios de violência. — Eu estou amando porque a segurança aumentou demais com esse esquema que montaram para o G20. Posso andar de celular na mão e me sinto em paz. Essa rua está super perigosa, sempre registra assaltos, e estou aqui tranquila por conta dos policiais. Queria que fosse sempre assim. Porém estou bem entusiasmada com o Biden, ele é uma figura de peso e isso é histórico— relata. Clima de G20: Primeiro-ministro da Noruega prepara bolinhos de bacalhau e serve os quitutes em restaurante de Santa Teresa; vídeo Funcionário de um restaurante próximo ao hotel, Alessandro Pereira, de 38 anos, explica que o movimento aumentou e atraiu mais turistas para o estabelecimento: — Acho que o fato de terem fechado as ruas fez com que as pessoas passassem mais por aqui. Isso para a gente foi ótimo. Não acho também que está nada absurdo. As pessoas só precisam ser mais pacientes e compreensivas, isso tem em todos os países. Em contrapartida, Ana Paula Henriques, de 69 anos, reclamou sobre a dificuldade que se sentiu com as mudanças. A idosa chegou a se perder nas ruas e precisou de ajuda para ser orientada de volta ao caminho de casa. Varredura antibomba e monitoramento aéreo: chegada de chefes de Estado para o G20 mobiliza segurança no Rio — Eu acho um absurdo permitirem isso daqui. Ninguém paga meus impostos, esses presidentes não pagam nada meu e deixam eles virem para cá montar esse circo. Eu já até me perdi com essas ruas fechadas, andei bastante, é o cúmulo — desabafou. Compartilhando da mesma opinião de Ana Paula, Sérgio Ferreira, de 65 anos, defende que não havia necessidade das alterações: — Para que isso? Quem vai fazer algo contra ele? Isso só serve para prejudicar os moradores daqui, toda vez Copacabana sofre com essas coisas. U20 dentro do G20: conheça as reivindicações feitas por prefeitos de todo o mundo, reunidos no Rio

Nov 18, 2024 - 23:26
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Visita de Joe Biden ao Rio: Segurança reforçada e impacto no cotidiano do bairro divide opinião de moradores do Leme

Segurança do presidente norte-americano conta até mesmo com atiradores de elite Ruas fechadas, policiamento reforçado e grades por todos os lados. O cenário atípico no Leme, na Zona Sul do Rio, é resultado do esquema especialmente preparado para a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para participar da cúpula do G20 neste feriado. Hospedado no Hilton, o mandatário deixou o hotel na noite desta segunda-feira, por volta das 18h40. A operação foi coordenada pelo Serviço Secreto dos EUA, em parceria com a Polícia Federal e a Polícia Militar. A movimentação dos agentes, que contou até mesmo com snipers, chamou atenção dos moradores que passavam pela região e fizeram fila para tentar a sorte de fotografar Biden. Contudo, o presidente apenas acenou do carro. Rota temporária: Reunião do G20 provoca fechamento de estações do metrô; veja o que muda nos transportes durante o evento Feriado do G20: repartições públicas e bancos fechados; veja como fica o funcionamento do comércio Segurança é ampliada no Leme pela hospedagem de Biden no Hilton — Eu estava passando por aqui e resolvi dar uma olhada no que estava rolando. Achei interessante descobrir que o Biden está aqui e resolvi acompanhar. Quis estar perto de um pessoa relevante. É um marco histórico termos o G20 e o presidente dos EUA aqui, então posso perder — diz a psicóloga Steffany Sani, de 27 anos. Por outro lado, Andrea Bentes, de 39 anos, confessa que veio matar uma curiosidade: descobrir se a aparência do presidente condiz com as fotos divulgadas na internet. A especialista em finanças conta que já viveu nos EUA e acompanha o cenário político do país. — Eu fico com pena porque as pessoas escracham ele na internet pela aparência por conta da idade e eu acho isso muito feio. Resolvi vir até aqui para comprovar se ele está do jeito que ficam falando. Fora isso, eu o admiro. Já vivi nos EUA, acho ele um ótimo presidente e vai deixar um legado — afirma. Cúpula do G20: Chegada de delegações estrangeiras muda a rotina da cidade do Rio O veículo utilizado por Biden, conhecido como “The Beast” (A Besta), é outro elemento que atraiu o público que passava pela Avenida Princesa Isabel. A limusine super-blindada baseada no Cadillac One é projetada pra suportar ataques que vão desde tiros e explosões até ameaças químicas. O administrador Robson Silva fez questão de fotografar o automóvel. — Eu achei muito lindo. A estrutura do carro é impressionante, nunca vi algo assim. Vim porque isso me chamou atenção e resolvi ficar para ver o Biden também. Ele está demorando, mas vou permanecer o tempo que der — alega. Organização das ruas divide opiniões A série de interdições no Leme divide a opinião dos moradores e comerciantes do bairro. De um lado, pessoas comemoram o aumento do policiamento e movimento nas ruas. Do outro, alguns reclamam da falta de acesso a determinados espaços. A empresária Adriana Alli, de 55 anos, ressaltou que a rua onde o presidente está hospedado costuma, infelizmente, registrar repetidos episódios de violência. — Eu estou amando porque a segurança aumentou demais com esse esquema que montaram para o G20. Posso andar de celular na mão e me sinto em paz. Essa rua está super perigosa, sempre registra assaltos, e estou aqui tranquila por conta dos policiais. Queria que fosse sempre assim. Porém estou bem entusiasmada com o Biden, ele é uma figura de peso e isso é histórico— relata. Clima de G20: Primeiro-ministro da Noruega prepara bolinhos de bacalhau e serve os quitutes em restaurante de Santa Teresa; vídeo Funcionário de um restaurante próximo ao hotel, Alessandro Pereira, de 38 anos, explica que o movimento aumentou e atraiu mais turistas para o estabelecimento: — Acho que o fato de terem fechado as ruas fez com que as pessoas passassem mais por aqui. Isso para a gente foi ótimo. Não acho também que está nada absurdo. As pessoas só precisam ser mais pacientes e compreensivas, isso tem em todos os países. Em contrapartida, Ana Paula Henriques, de 69 anos, reclamou sobre a dificuldade que se sentiu com as mudanças. A idosa chegou a se perder nas ruas e precisou de ajuda para ser orientada de volta ao caminho de casa. Varredura antibomba e monitoramento aéreo: chegada de chefes de Estado para o G20 mobiliza segurança no Rio — Eu acho um absurdo permitirem isso daqui. Ninguém paga meus impostos, esses presidentes não pagam nada meu e deixam eles virem para cá montar esse circo. Eu já até me perdi com essas ruas fechadas, andei bastante, é o cúmulo — desabafou. Compartilhando da mesma opinião de Ana Paula, Sérgio Ferreira, de 65 anos, defende que não havia necessidade das alterações: — Para que isso? Quem vai fazer algo contra ele? Isso só serve para prejudicar os moradores daqui, toda vez Copacabana sofre com essas coisas. U20 dentro do G20: conheça as reivindicações feitas por prefeitos de todo o mundo, reunidos no Rio

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