Vídeo: Porta-voz russa recebe ordem ao vivo de não comentar sobre suposto míssil intercontinental contra a Ucrânia

Disparo inédito teria ocorrido dias depois de primeiro uso ucraniano de mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA contra território da Rússia Durante uma entrevista coletiva transmitida ao vivo, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo recebeu nesta quinta-feira uma ordem por telefone para não comentar sobre um suposto ataque com míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia. A Força Aérea ucraniana fez a acusação mais cedo, mas funcionários ocidentais indicam que o míssil, apesar de balístico, não seria intercontinental. O diálogo foi captado pelos microfones da entrevista coletiva. Líder diplomático dos EUA para o Ocidente: Uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia pode forçar Rússia a negociar paz Contexto: Como o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia pode afetar a guerra na Ucrânia — Masha — disse uma voz masculina no telefone dirigindo-se à porta-voz Maria Zakharova. — Sobre o ataque com míssil balístico sobre (a central de) 'Yuzhmash', do qual os ocidentais estão falando, nós não estamos comentando nada — indicou a voz em referência a um fabricante espacial localizado na cidade de Dniéper. Initial plugin text Tensão: Suécia e Finlândia lançam 'manual de sobrevivência' para a população em caso de guerra — Sim, obrigada — respondeu Zakharova antes de retomar a coletiva. A Força Aérea da Ucrânia afirmou que a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) contra a cidade ucraniana de Dniéper nesta quinta-feira. Se confirmado, seria a primeira vez que a arma de longo alcance foi usada em qualquer conflito armado, publicou o jornal britânico The Guardian. Fontes ocidentais disseram à ABC News que a declaração de Kiev foi “exagerada” e que a arma usada era, na verdade, um míssil balístico de alcance mais curto, semelhante aos tipos já usados anteriormente por Moscou na guerra contra a Ucrânia. Entenda, abaixo, o que é um ICBM e como ele funciona: Os ICBMs são armas de longo alcance capazes de transportar ogivas nucleares (ou, em alguns casos, convencionais) a distâncias consideradas extremamente longas, geralmente superiores a 5.500 km, podendo chegar a mais de 10.000 km, de acordo com o Centro de Controle de Armas e Não Proliferação (CCANC). Eles são capazes, por exemplo, de atingir alvos localizados em outros continentes — e, no caso do arsenal russo, há armamentos do tipo que, ao menos teoricamente, teriam potencial para atingir a Costa Leste dos Estados Unidos. ATACMS: O que são os mísseis dos EUA que podem ser usados ​​contra a Rússia O primeiro foguete ICBM foi lançado em 1957 pela União Soviética, e os Estados Unidos tomaram medida semelhante em 1959, de acordo com a CNN. Os mísseis intercontinentais podem ser movidos a combustível líquido ou sólido (estes últimos, mais perigosos, por serem mais rapidamente ativados) e podem ser lançados de silos ou veículos de lançamento móveis. Dias antes do suposto disparo inédito, Moscou havia anunciado que Kiev disparara pela primeira vez em mil dias de guerra mísseis de longo alcance, ATACMS, fornecidos pelos EUA contra o seu território, após autorização do governo de Joe Biden. A Rússia disse que o ataque marcava "uma nova fase" do conflito e prometeu uma resposta "adequada". Nesta terça, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, pediu aos países do bloco que também permitissem que a Ucrânia usasse armas de longo alcance fornecidas por eles para atacar alvos dentro da Rússia. Saiba mais: Secretário-geral da Otan quer conversa com Trump sobre aliança entre Rússia e Coreia do Norte — Espero que todos os Estados-membros (da UE) sigam a decisão dos Estados Unidos — disse Borrell ao chegar para uma reunião de ministros da Defesa dos países do bloco em Bruxelas, concluindo: — A guerra contra a Ucrânia afeta diretamente nossos valores e princípios. O destino dos ucranianos determinará o destino da UE.

Nov 21, 2024 - 15:08
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Vídeo: Porta-voz russa recebe ordem ao vivo de não comentar sobre suposto míssil intercontinental contra a Ucrânia

Disparo inédito teria ocorrido dias depois de primeiro uso ucraniano de mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA contra território da Rússia Durante uma entrevista coletiva transmitida ao vivo, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo recebeu nesta quinta-feira uma ordem por telefone para não comentar sobre um suposto ataque com míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia. A Força Aérea ucraniana fez a acusação mais cedo, mas funcionários ocidentais indicam que o míssil, apesar de balístico, não seria intercontinental. O diálogo foi captado pelos microfones da entrevista coletiva. Líder diplomático dos EUA para o Ocidente: Uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia pode forçar Rússia a negociar paz Contexto: Como o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia pode afetar a guerra na Ucrânia — Masha — disse uma voz masculina no telefone dirigindo-se à porta-voz Maria Zakharova. — Sobre o ataque com míssil balístico sobre (a central de) 'Yuzhmash', do qual os ocidentais estão falando, nós não estamos comentando nada — indicou a voz em referência a um fabricante espacial localizado na cidade de Dniéper. Initial plugin text Tensão: Suécia e Finlândia lançam 'manual de sobrevivência' para a população em caso de guerra — Sim, obrigada — respondeu Zakharova antes de retomar a coletiva. A Força Aérea da Ucrânia afirmou que a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) contra a cidade ucraniana de Dniéper nesta quinta-feira. Se confirmado, seria a primeira vez que a arma de longo alcance foi usada em qualquer conflito armado, publicou o jornal britânico The Guardian. Fontes ocidentais disseram à ABC News que a declaração de Kiev foi “exagerada” e que a arma usada era, na verdade, um míssil balístico de alcance mais curto, semelhante aos tipos já usados anteriormente por Moscou na guerra contra a Ucrânia. Entenda, abaixo, o que é um ICBM e como ele funciona: Os ICBMs são armas de longo alcance capazes de transportar ogivas nucleares (ou, em alguns casos, convencionais) a distâncias consideradas extremamente longas, geralmente superiores a 5.500 km, podendo chegar a mais de 10.000 km, de acordo com o Centro de Controle de Armas e Não Proliferação (CCANC). Eles são capazes, por exemplo, de atingir alvos localizados em outros continentes — e, no caso do arsenal russo, há armamentos do tipo que, ao menos teoricamente, teriam potencial para atingir a Costa Leste dos Estados Unidos. ATACMS: O que são os mísseis dos EUA que podem ser usados ​​contra a Rússia O primeiro foguete ICBM foi lançado em 1957 pela União Soviética, e os Estados Unidos tomaram medida semelhante em 1959, de acordo com a CNN. Os mísseis intercontinentais podem ser movidos a combustível líquido ou sólido (estes últimos, mais perigosos, por serem mais rapidamente ativados) e podem ser lançados de silos ou veículos de lançamento móveis. Dias antes do suposto disparo inédito, Moscou havia anunciado que Kiev disparara pela primeira vez em mil dias de guerra mísseis de longo alcance, ATACMS, fornecidos pelos EUA contra o seu território, após autorização do governo de Joe Biden. A Rússia disse que o ataque marcava "uma nova fase" do conflito e prometeu uma resposta "adequada". Nesta terça, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, pediu aos países do bloco que também permitissem que a Ucrânia usasse armas de longo alcance fornecidas por eles para atacar alvos dentro da Rússia. Saiba mais: Secretário-geral da Otan quer conversa com Trump sobre aliança entre Rússia e Coreia do Norte — Espero que todos os Estados-membros (da UE) sigam a decisão dos Estados Unidos — disse Borrell ao chegar para uma reunião de ministros da Defesa dos países do bloco em Bruxelas, concluindo: — A guerra contra a Ucrânia afeta diretamente nossos valores e princípios. O destino dos ucranianos determinará o destino da UE.

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