'Urbanismo tático': sinalização no Flamengo causa polêmica e divide moradores
Balizadores e dispositivos de segurança instalados na esquina das ruas Senador Vergueiro e Marquês do Paraná são alvo de críticas; CET-Rio diz que objetivo é proporcionar mais segurança aos pedestres Uma sinalização diferente tem chamado a atenção dos moradores do Flamengo. Instalados há um mês pela CET-Rio na esquina da Rua Senador Vergueiro com a Marquês do Paraná e na Avenida Oswaldo Cruz, balizadores (pinos laranjas) e segregadores (dispositivos amarelos fixados no chão) têm despertado a curiosidade de quem circula pelo local e dividido opiniões nas redes sociais e grupos de WhatsApp. Segundo a CET-Rio, o objetivo é proporcionar mais segurança aos pedestres nesta área, que tem escolas. Bem tombado: Barqueiros recebem ordem para desocupar o Quadrado da Urca Decoração: Morar Mais, na Gávea, tem exposição paralela e gratuita de jovens designers Caminhão entorta pino balizador na esquina das ruas Senador Vergueiro e Marquês do Paraná, no Flamengo Divulgação — Sou absolutamente contra a instalação desses "postes flexíveis", porque eles são ineficazes e caros. Toda hora algum veículo passa e quebra um deles, que, apesar de terem o flexível no nome, não são tão resistentes. Só na esquina da Marquês do Paraná com a Senador Vergueiro são oito desses balizadores, dois em cada ponta. Dinheiro público jogado fora — reclama Flavio Brandão, síndico profissional responsável por alguns prédios na região e gestor de grupos de WhatsApp de moradores de Flamengo, Catete, Laranjeiras e Botafogo. Nas redes sociais, a novidade tem sido alvo de reclamação dos moradores. Eles denunciam problemas relacionados à sinalização, como as retenções no trânsito, que se tornaram mais frequentes, e a depredação dos objetos recém-instalados. — Eu considero essa medida ineficaz. Os veículos simplesmente passam por cima dos balizadores, e corre-se o risco de destruírem tudo. O assunto foi debatido no grupo de moradores, que estão divididos. Não chegamos a uma conclusão. Sentimos falta de uma explicação sobre a eficácia dessas medidas — afirma Isabel Franklin, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Flamengo, Parque do Flamengo e Adjacências (Amafla). A esquina da Marquês do Paraná com a Senador Vergueiro sob outro ângulo: intervenções foram feitas para dar conforto ao pedestre no deslocamento, diz a CET-Rio Reprodução/Instagram CET-Rio explica Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), as intervenções realizadas na Senador Vergueiro e no entorno da Escola Municipal Alberto Barth, na Avenida Oswaldo Cruz, compreendem a série de ações do programa A Caminho da Escola 2.0, iniciativa da CET-Rio, da Secretaria municipal de Educação (SME) e das subprefeituras, que visa a minimizar problemas de trânsito nas regiões escolares, estimular os meios de transporte sustentáveis e harmonizar o convívio entre pedestres, ciclistas e condutores de veículos motorizados no trânsito. Mundialmente conhecida como "urbanismo tático", explica a CET-Rio, a abordagem de planejamento urbano adotada naquele trecho do bairro tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores por meio de intervenções temporárias e de baixo custo. A medida, prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nos manuais do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), pretende melhorar a segurança viária em área escolar e inclui a criação de uma Zona 30, limitando a velocidade a 30 km/h, e a implantação de ilhas de proteção para pedestres. O objetivo é aumentar a segurança nas travessias, ordenar o fluxo de veículos e reduzir o risco de atropelamentos e o tempo de exposição dos pedestres ao atravessar. Além dos dispositivos, a região recebeu pintura na cor verde e pictogramas na cor branca que remetem aos pedestres, para diferenciar das demais cores de sinalização horizontal voltadas para os veículos. A medida, disposta junto às calçadas, visa a aumentar as áreas destinadas à circulação de pedestres ou criar espaços intermediários, no leito viário, de forma mais segura para eles. Segundo a CET-Rio, as implantações do programa A Caminho da Escola 2.0 não trouxeram qualquer prejuízo ao fluxo viário da região e aumentaram de forma considerável a segurança de pedestres e ciclistas nos locais atendidos.
Balizadores e dispositivos de segurança instalados na esquina das ruas Senador Vergueiro e Marquês do Paraná são alvo de críticas; CET-Rio diz que objetivo é proporcionar mais segurança aos pedestres Uma sinalização diferente tem chamado a atenção dos moradores do Flamengo. Instalados há um mês pela CET-Rio na esquina da Rua Senador Vergueiro com a Marquês do Paraná e na Avenida Oswaldo Cruz, balizadores (pinos laranjas) e segregadores (dispositivos amarelos fixados no chão) têm despertado a curiosidade de quem circula pelo local e dividido opiniões nas redes sociais e grupos de WhatsApp. Segundo a CET-Rio, o objetivo é proporcionar mais segurança aos pedestres nesta área, que tem escolas. Bem tombado: Barqueiros recebem ordem para desocupar o Quadrado da Urca Decoração: Morar Mais, na Gávea, tem exposição paralela e gratuita de jovens designers Caminhão entorta pino balizador na esquina das ruas Senador Vergueiro e Marquês do Paraná, no Flamengo Divulgação — Sou absolutamente contra a instalação desses "postes flexíveis", porque eles são ineficazes e caros. Toda hora algum veículo passa e quebra um deles, que, apesar de terem o flexível no nome, não são tão resistentes. Só na esquina da Marquês do Paraná com a Senador Vergueiro são oito desses balizadores, dois em cada ponta. Dinheiro público jogado fora — reclama Flavio Brandão, síndico profissional responsável por alguns prédios na região e gestor de grupos de WhatsApp de moradores de Flamengo, Catete, Laranjeiras e Botafogo. Nas redes sociais, a novidade tem sido alvo de reclamação dos moradores. Eles denunciam problemas relacionados à sinalização, como as retenções no trânsito, que se tornaram mais frequentes, e a depredação dos objetos recém-instalados. — Eu considero essa medida ineficaz. Os veículos simplesmente passam por cima dos balizadores, e corre-se o risco de destruírem tudo. O assunto foi debatido no grupo de moradores, que estão divididos. Não chegamos a uma conclusão. Sentimos falta de uma explicação sobre a eficácia dessas medidas — afirma Isabel Franklin, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Flamengo, Parque do Flamengo e Adjacências (Amafla). A esquina da Marquês do Paraná com a Senador Vergueiro sob outro ângulo: intervenções foram feitas para dar conforto ao pedestre no deslocamento, diz a CET-Rio Reprodução/Instagram CET-Rio explica Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), as intervenções realizadas na Senador Vergueiro e no entorno da Escola Municipal Alberto Barth, na Avenida Oswaldo Cruz, compreendem a série de ações do programa A Caminho da Escola 2.0, iniciativa da CET-Rio, da Secretaria municipal de Educação (SME) e das subprefeituras, que visa a minimizar problemas de trânsito nas regiões escolares, estimular os meios de transporte sustentáveis e harmonizar o convívio entre pedestres, ciclistas e condutores de veículos motorizados no trânsito. Mundialmente conhecida como "urbanismo tático", explica a CET-Rio, a abordagem de planejamento urbano adotada naquele trecho do bairro tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores por meio de intervenções temporárias e de baixo custo. A medida, prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nos manuais do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), pretende melhorar a segurança viária em área escolar e inclui a criação de uma Zona 30, limitando a velocidade a 30 km/h, e a implantação de ilhas de proteção para pedestres. O objetivo é aumentar a segurança nas travessias, ordenar o fluxo de veículos e reduzir o risco de atropelamentos e o tempo de exposição dos pedestres ao atravessar. Além dos dispositivos, a região recebeu pintura na cor verde e pictogramas na cor branca que remetem aos pedestres, para diferenciar das demais cores de sinalização horizontal voltadas para os veículos. A medida, disposta junto às calçadas, visa a aumentar as áreas destinadas à circulação de pedestres ou criar espaços intermediários, no leito viário, de forma mais segura para eles. Segundo a CET-Rio, as implantações do programa A Caminho da Escola 2.0 não trouxeram qualquer prejuízo ao fluxo viário da região e aumentaram de forma considerável a segurança de pedestres e ciclistas nos locais atendidos.
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