União Europeia vai impor tarifas de até 45% sobre veículos elétricos da China

Decisão ocorre após investigação ter constatado que os chineses subsidiam injustamente sua indústria; Pequim nega A União Europeia votou nesta sexta-feira para impor tarifas de até 45% sobre veículos elétricos da China, em um movimento que deve aumentar as tensões comerciais com Pequim, de acordo com pessoas familiarizadas com o processo. A Comissão Europeia, o órgão executivo do bloco, agora pode prosseguir com a implementação das tarifas, que terão duração de cinco anos, disseram as fontes, que falaram sob a condição de anonimato. Planos: Premier espanhol apela à União Europeia para reconsiderar tarifas sobre veículos elétricos chineses Tensão: China vai investigar importações de laticínios da UE à medida que disputa comercial se intensifica Dez Estados-membros votaram a favor da medida, enquanto a Alemanha e outros quatro votaram contra e 12 se abstiveram. A decisão da UE ocorre após uma investigação ter constatado que a China subsidia injustamente sua indústria. Pequim nega essa acusação e ameaçou impor suas próprias tarifas sobre os setores de laticínios, conhaque, carne suína e automóveis europeus. Anfavea: Mais da metade dos veículos vendidos em 2030 serão elétricos ou híbridos O bloco está tentando ativamente reduzir suas dependências da China, com o ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi alertando no mês passado que a "competição patrocinada pelo Estado chinês" era uma ameaça à UE que poderia deixá-la vulnerável à coerção. A UE, que realizou US$ 815 bilhões) em comércio com a China no ano passado, estava dividida sobre a continuidade das tarifas. A UE e a China continuarão as negociações para encontrar uma alternativa às tarifas. As duas partes estão explorando a possibilidade de chegar a um acordo sobre um mecanismo para controlar preços e volumes de exportação em vez das tarifas. A Comissão Europeia tem afirmado repetidamente que qualquer alternativa às tarifas precisa ter requisitos rigorosos, incluindo conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio, abordar o impacto dos subsídios da China e ser algo que a UE possa monitorar para garantir a conformidade. As novas tarifas poderão chegar a 35% para os fabricantes de veículos elétricos que exportam da China. As novas taxas seriam além da tarifa existente de 10%. Os fabricantes chineses de veículos elétricos terão que decidir se absorvem as tarifas ou aumentam os preços, em um momento em que a demanda interna em desaceleração está pressionando suas margens de lucro. A perspectiva de tarifas fez com que algumas montadoras chinesas considerassem investir em fábricas na Europa, o que poderia ajudá-los a evitar as tarifas. As tarifas adicionais já desaceleraram o impulso dos fabricantes chineses de automóveis na Europa, com suas vendas caindo 48% em agosto, atingindo o nível mais baixo em 18 meses. A região é um destino desejável para os fabricantes do país porque os veículos elétricos são vendidos em números relativamente altos e a preços muito mais robustos do que em outros mercados de exportação.

Oct 4, 2024 - 23:59
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União Europeia vai impor tarifas de até 45% sobre veículos elétricos da China

Decisão ocorre após investigação ter constatado que os chineses subsidiam injustamente sua indústria; Pequim nega A União Europeia votou nesta sexta-feira para impor tarifas de até 45% sobre veículos elétricos da China, em um movimento que deve aumentar as tensões comerciais com Pequim, de acordo com pessoas familiarizadas com o processo. A Comissão Europeia, o órgão executivo do bloco, agora pode prosseguir com a implementação das tarifas, que terão duração de cinco anos, disseram as fontes, que falaram sob a condição de anonimato. Planos: Premier espanhol apela à União Europeia para reconsiderar tarifas sobre veículos elétricos chineses Tensão: China vai investigar importações de laticínios da UE à medida que disputa comercial se intensifica Dez Estados-membros votaram a favor da medida, enquanto a Alemanha e outros quatro votaram contra e 12 se abstiveram. A decisão da UE ocorre após uma investigação ter constatado que a China subsidia injustamente sua indústria. Pequim nega essa acusação e ameaçou impor suas próprias tarifas sobre os setores de laticínios, conhaque, carne suína e automóveis europeus. Anfavea: Mais da metade dos veículos vendidos em 2030 serão elétricos ou híbridos O bloco está tentando ativamente reduzir suas dependências da China, com o ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi alertando no mês passado que a "competição patrocinada pelo Estado chinês" era uma ameaça à UE que poderia deixá-la vulnerável à coerção. A UE, que realizou US$ 815 bilhões) em comércio com a China no ano passado, estava dividida sobre a continuidade das tarifas. A UE e a China continuarão as negociações para encontrar uma alternativa às tarifas. As duas partes estão explorando a possibilidade de chegar a um acordo sobre um mecanismo para controlar preços e volumes de exportação em vez das tarifas. A Comissão Europeia tem afirmado repetidamente que qualquer alternativa às tarifas precisa ter requisitos rigorosos, incluindo conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio, abordar o impacto dos subsídios da China e ser algo que a UE possa monitorar para garantir a conformidade. As novas tarifas poderão chegar a 35% para os fabricantes de veículos elétricos que exportam da China. As novas taxas seriam além da tarifa existente de 10%. Os fabricantes chineses de veículos elétricos terão que decidir se absorvem as tarifas ou aumentam os preços, em um momento em que a demanda interna em desaceleração está pressionando suas margens de lucro. A perspectiva de tarifas fez com que algumas montadoras chinesas considerassem investir em fábricas na Europa, o que poderia ajudá-los a evitar as tarifas. As tarifas adicionais já desaceleraram o impulso dos fabricantes chineses de automóveis na Europa, com suas vendas caindo 48% em agosto, atingindo o nível mais baixo em 18 meses. A região é um destino desejável para os fabricantes do país porque os veículos elétricos são vendidos em números relativamente altos e a preços muito mais robustos do que em outros mercados de exportação.

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