Trump deve nomear mais dois conhecidos ‘falcões’ anti-China para futuro governo dos EUA

Relações entre Washington e Pequim deverão ser tão adversas quanto o esperado; nomes como o senador Marco Rubio e o deputado Mike Waltz, cotados para cargos importantes, poderão buscar exercer pressão máxima sobre governo chinês As relações entre os Estados Unidos e a China estão se tornando tão adversas quanto o esperado, com o presidente eleito Donald Trump pronto para nomear dois conhecidos falcões anti-China para cargos-chave enquanto começa a formar seu gabinete. O senador Marco Rubio, que tem adotado uma abordagem agressiva em relação ao crescimento econômico chinês e é um dos vários oficiais americanos proibidos de entrar no país, está cotado para o cargo de secretário de Estado. E o deputado Mike Waltz, oficial aposentado da Guarda Nacional do Exército e veterano de guerra, também teria sido convidado para ser o assessor de segurança nacional do governo Trump, segundo o Wall Street Journal. Nos EUA: Montagem de equipe de Trump confirma tendência para políticas migratórias radicais em segundo mandato Conheça: Ex-crítica que virou 'ultra-Maga' vai ser embaixadora dos EUA na ONU, anuncia Trump Trump poderia mudar de ideia de última hora, alertaram fontes envolvidas no assunto ouvidas pelo New York Times, mas parece estar decidido sobre o nome de Rubio, que também foi cotado para ser seu companheiro de chapa neste ano. De origem cubana, se confirmado, o vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado seria o primeiro latino a ocupar o cargo. Na política externa, Rubio é a favor de exercer pressão máxima sobre a China e o Irã, e de acabar com a guerra na Ucrânia. Ele ainda é crítico do governo de Cuba, do presidente venezuelano Nicolás Maduro e do nicaraguense Daniel Ortega. Apesar de anteriormente adotar uma postura mais rígida sobre a Rússia, Rubio provavelmente apoiaria os planos de Trump de pressionar a Ucrânia a buscar um acordo e permanecer fora da Otan. Eleito para o Senado em 2010, ele estabeleceu sua posição como defensor de uma política externa rígida. Em 2019, por exemplo, ajudou a persuadir Trump a adotar uma política de sanções severas contra a Venezuela. E em 2020, patrocinou um projeto de lei para impedir a importação de produtos chineses fabricados com trabalho forçado da minoria étnica uigur. O presidente Joe Biden sancionou essa lei no ano seguinte. Mais recentemente, Rubio expressou apoio incondicional ao suporte americano a Israel na guerra em Gaza, avaliando que as muitas mortes de civis palestinos seriam 100% responsabilidade do grupo terrorista Hamas — mesmo com as primeiras denúncias de crime de guerra surgirem em relatório da ONG Human Rights Watch (HRW) menos de 48 horas após o início do conflito, em outubro de 2023. Deputado linha-dura Walz, por sua vez, é o segundo membro republicano da Câmara escolhido por Trump para um cargo de alto nível em sua próxima administração, após a escolha da deputada Elise Stefanik para o cargo de embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. A posição a ser ocupada por Waltz, porém, tem um histórico delicado: o ex-presidente teve desentendimentos com dois ocupantes anteriores do cargo (John Bolton e o general aposentado H.R. McMaster, que criticaram Trump publicamente). 'Czar das fronteiras': Trump anuncia oficial que será responsável por deportação de imigrantes ilegais Esses casos anteriores teriam influenciado a escolha do magnata republicano desta vez, à medida que ele busca recompensar aqueles que o apoiaram nos últimos dois anos — e ainda guarda arrependimentos sobre alguns dos seus principais assessores e membros do gabinete durante seu primeiro mandato (2017-2021), publicou a CNN. Agora, o ex-presidente sugeriu que sua equipe de segurança nacional terá a tarefa de reavaliar a postura dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, Rússia, os conflitos no Oriente Médio, a China e o Irã. O deputado, que se tornou uma presença constante na conservadora Fox News em assuntos de política externa, é amplamente visto no Capitólio como linha-dura tanto em relação à China quanto ao Irã. Ele serviu em várias missões de combate no Afeganistão e se opôs veementemente à retirada das tropas do país pelo presidente Biden. Waltz também se opôs à retirada de um grande número de tropas do Afeganistão durante a administração Trump, e introduziu uma legislação para impedir uma redução significativa de tropas no país caso o diretor de inteligência nacional não pudesse certificar que o Talibã não se associaria à al-Qaeda. Lealdade como requisito Trump também teria escolhido a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, para ser a próxima secretária do Departamento de Segurança Interna, segundo relato de duas fontes com conhecimento do assunto à CNN. Ela será encarregada de liderar a agência enquanto dois importantes defensores de uma postura rígida em relação à imigração — Stephen Miller e Tom Homan — foram designados para cargos seniores: o primeiro, para vice-chefe de Gabinete, e o segundo para ser o “czar da fronteira”, supervisionando as fronteiras sul e nort

Nov 12, 2024 - 11:34
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Trump deve nomear mais dois conhecidos ‘falcões’ anti-China para futuro governo dos EUA

Relações entre Washington e Pequim deverão ser tão adversas quanto o esperado; nomes como o senador Marco Rubio e o deputado Mike Waltz, cotados para cargos importantes, poderão buscar exercer pressão máxima sobre governo chinês As relações entre os Estados Unidos e a China estão se tornando tão adversas quanto o esperado, com o presidente eleito Donald Trump pronto para nomear dois conhecidos falcões anti-China para cargos-chave enquanto começa a formar seu gabinete. O senador Marco Rubio, que tem adotado uma abordagem agressiva em relação ao crescimento econômico chinês e é um dos vários oficiais americanos proibidos de entrar no país, está cotado para o cargo de secretário de Estado. E o deputado Mike Waltz, oficial aposentado da Guarda Nacional do Exército e veterano de guerra, também teria sido convidado para ser o assessor de segurança nacional do governo Trump, segundo o Wall Street Journal. Nos EUA: Montagem de equipe de Trump confirma tendência para políticas migratórias radicais em segundo mandato Conheça: Ex-crítica que virou 'ultra-Maga' vai ser embaixadora dos EUA na ONU, anuncia Trump Trump poderia mudar de ideia de última hora, alertaram fontes envolvidas no assunto ouvidas pelo New York Times, mas parece estar decidido sobre o nome de Rubio, que também foi cotado para ser seu companheiro de chapa neste ano. De origem cubana, se confirmado, o vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado seria o primeiro latino a ocupar o cargo. Na política externa, Rubio é a favor de exercer pressão máxima sobre a China e o Irã, e de acabar com a guerra na Ucrânia. Ele ainda é crítico do governo de Cuba, do presidente venezuelano Nicolás Maduro e do nicaraguense Daniel Ortega. Apesar de anteriormente adotar uma postura mais rígida sobre a Rússia, Rubio provavelmente apoiaria os planos de Trump de pressionar a Ucrânia a buscar um acordo e permanecer fora da Otan. Eleito para o Senado em 2010, ele estabeleceu sua posição como defensor de uma política externa rígida. Em 2019, por exemplo, ajudou a persuadir Trump a adotar uma política de sanções severas contra a Venezuela. E em 2020, patrocinou um projeto de lei para impedir a importação de produtos chineses fabricados com trabalho forçado da minoria étnica uigur. O presidente Joe Biden sancionou essa lei no ano seguinte. Mais recentemente, Rubio expressou apoio incondicional ao suporte americano a Israel na guerra em Gaza, avaliando que as muitas mortes de civis palestinos seriam 100% responsabilidade do grupo terrorista Hamas — mesmo com as primeiras denúncias de crime de guerra surgirem em relatório da ONG Human Rights Watch (HRW) menos de 48 horas após o início do conflito, em outubro de 2023. Deputado linha-dura Walz, por sua vez, é o segundo membro republicano da Câmara escolhido por Trump para um cargo de alto nível em sua próxima administração, após a escolha da deputada Elise Stefanik para o cargo de embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. A posição a ser ocupada por Waltz, porém, tem um histórico delicado: o ex-presidente teve desentendimentos com dois ocupantes anteriores do cargo (John Bolton e o general aposentado H.R. McMaster, que criticaram Trump publicamente). 'Czar das fronteiras': Trump anuncia oficial que será responsável por deportação de imigrantes ilegais Esses casos anteriores teriam influenciado a escolha do magnata republicano desta vez, à medida que ele busca recompensar aqueles que o apoiaram nos últimos dois anos — e ainda guarda arrependimentos sobre alguns dos seus principais assessores e membros do gabinete durante seu primeiro mandato (2017-2021), publicou a CNN. Agora, o ex-presidente sugeriu que sua equipe de segurança nacional terá a tarefa de reavaliar a postura dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, Rússia, os conflitos no Oriente Médio, a China e o Irã. O deputado, que se tornou uma presença constante na conservadora Fox News em assuntos de política externa, é amplamente visto no Capitólio como linha-dura tanto em relação à China quanto ao Irã. Ele serviu em várias missões de combate no Afeganistão e se opôs veementemente à retirada das tropas do país pelo presidente Biden. Waltz também se opôs à retirada de um grande número de tropas do Afeganistão durante a administração Trump, e introduziu uma legislação para impedir uma redução significativa de tropas no país caso o diretor de inteligência nacional não pudesse certificar que o Talibã não se associaria à al-Qaeda. Lealdade como requisito Trump também teria escolhido a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, para ser a próxima secretária do Departamento de Segurança Interna, segundo relato de duas fontes com conhecimento do assunto à CNN. Ela será encarregada de liderar a agência enquanto dois importantes defensores de uma postura rígida em relação à imigração — Stephen Miller e Tom Homan — foram designados para cargos seniores: o primeiro, para vice-chefe de Gabinete, e o segundo para ser o “czar da fronteira”, supervisionando as fronteiras sul e norte do país, além da “segurança marítima e aérea” e a deportação em massa de imigrantes. Do UFC a podcasts: Como o filho caçula de Trump o levou à 'manosfera' e impulsionou apoio entre jovens conservadores Com a indicação de Noam, Trump garante que uma pessoa leal a ele estará à frente de uma agência essencial para sua agenda interna. Assim como o cargo de segurança nacional, o departamento a ser ocupado pela governadora enfrentou diversas turbulências quando Trump esteve no cargo. Na época, a pasta teve cinco líderes diferentes, sendo que apenas dois deles foram confirmados pelo Senado. Noem já havia sido cogitada para a lista de possíveis vice-presidentes de Trump, mas sua relação com o republicano mudou após a recepção negativa do livro dela, publicado em maio. Nele, ela revelou que uma vez matou seu cachorro, Cricket, após ele não apresentar sinais de um cão de caça ideal. A governadora escreveu que o cão de 14 meses era “imutável”, segundo trechos reportados pelo The Guardian. Tempos depois ela argumentou que essas anedotas tinham o objetivo de mostrar como ela é capaz de realizar tarefas cruéis quando necessário. (Com AFP, Bloomberg e New York Times)

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