Trump anuncia Pete Hegseth, apresentador da Fox News, como secretário de Defesa
Veterano do Exército, Hegseth foi enviado ao Iraque e ao Afeganistão e concorreu sem sucesso ao Senado em Minnesota em 2012 antes de ingressar na emissora americana O presidente eleito Donald Trump anunciou nesta terça-feira Pete Hegseth, apresentador da Fox News e veterano do Exército, como secretário de Defesa. Mais cedo, ele também confirmou o nome do deputado Mike Waltz como conselheiro de Segurança Nacional de seu governo, entre outros anúncios que também vão compor seu Gabinete a partir de 20 de janeiro. Marcelo Ninio: Trump exigirá mais equilíbrio do Brasil Conheça: Ex-crítica que virou 'ultra-Maga' vai ser embaixadora dos EUA na ONU, anuncia Trump "Com Pete no comando, os inimigos da América estão avisados: nossos militares serão grandes novamente e a América nunca recuará", disse Trump em um comunicado. Veterano do Exército, Hegseth foi enviado ao Iraque e ao Afeganistão e concorreu sem sucesso ao Senado em Minnesota em 2012 antes de ingressar na Fox News. 'Falcão' anti-China Mais cedo, ao anunciar Waltz para o cargo de conselheiro de Segurança Nacional, Trump o descreveu em seu anúncio oficial como "um líder nacionalmente reconhecido em segurança nacional" e "um especialista nas ameaças representadas pela China, Rússia, Irã e terrorismo global". Oficial aposentado da Guarda Nacional do Exército e veterano de guerra, o congressista é o segundo deputado republicano escolhido por Trump para um cargo de alto nível em seu próximo governo, após a escolha da deputada Elise Stefanik para o cargo de embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. 'Czar das fronteiras': Trump anuncia oficial que será responsável por deportação de imigrantes ilegais A posição a ser ocupada por Waltz, porém, tem um histórico delicado: o ex-presidente teve desentendimentos com dois ocupantes anteriores do cargo (John Bolton e o general aposentado H.R. McMaster, que criticaram Trump publicamente). Esses casos anteriores teriam influenciado a escolha do magnata republicano desta vez, à medida que ele busca recompensar aqueles que o apoiaram nos últimos dois anos — e ainda guarda arrependimentos sobre alguns dos seus principais assessores e membros do Gabinete durante seu primeiro mandato. Agora, o ex-presidente sugeriu que sua equipe de Segurança Nacional terá a tarefa de reavaliar a postura dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, à Rússia, aos conflitos no Oriente Médio, à China e ao Irã. O deputado, que se tornou uma presença constante na conservadora Fox News em assuntos de política externa, serviu em várias missões de combate no Afeganistão e se opôs veementemente à retirada das forças militares do país pelo presidente Joe Biden. Também se opôs à retirada de um grande número de tropas do Afeganistão durante a administração Trump, e introduziu uma legislação para impedir uma redução significativa de tropas no país caso o diretor de inteligência nacional não pudesse certificar que o Talibã não se associaria à al-Qaeda. Além do anúncio de Waltz, Trump também disse na tarde de terça que nomeará Mike Huckabee, ex-governador do Arkansas, para ser o embaixador dos Estados Unidos em Israel. A filha de Huckabee, a governadora Sarah Huckabee Sanders, já foi secretária de Imprensa da Casa Branca em seu primeiro mandato. Seu amigo de longa data e desenvolvedor imobiliário, Steve Witkoff, vai servir como enviado especial para o Oriente Médio. John Ratcliffe, por sua vez, será diretor da Agência Central de Inteligência (CIA). Postura rígida Sobre o influente cargo de secretário de Estado, Trump poderia mudar de ideia de última hora, alertaram fontes envolvidas no assunto ouvidas pelo New York Times, mas parece estar decidido pelo nome de Marco Rubio, que também foi cotado para ser seu companheiro de chapa este ano. Guga Chacra: Rubio no Departamento de Estado pode ser pesadelo para Lula De origem cubana, o vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado seria o primeiro latino a ocupar o cargo. Na política externa, Rubio é a favor de exercer pressão máxima sobre a China e o Irã, e de acabar com a guerra na Ucrânia. Ele ainda é crítico do governo de Cuba, do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e do nicaraguense Daniel Ortega. Marco Rubio, senador da Flórida cotado ao posto de secretário de Estado no governo Trump, na Convenção Nacional Democrata em Milwaukee Patrick T. Fallon / AFP Apesar de anteriormente adotar uma postura mais rígida sobre a Rússia, Rubio provavelmente apoiaria os planos de Trump de pressionar a Ucrânia a buscar um acordo e permanecer fora da Otan. Eleito para o Senado em 2010, estabeleceu sua posição como defensor de uma política externa rígida. Em 2019, por exemplo, ajudou a persuadir Trump a adotar uma política de sanções severas contra a Venezuela. E em 2020, patrocinou um projeto de lei para impedir a importação de produtos chineses fabricados com trabalho forçado da minoria étnica uigur. O presidente Biden sancionou essa lei no ano seguinte. Entenda: O que motiva os soldados norte-coreanos enviados par
Veterano do Exército, Hegseth foi enviado ao Iraque e ao Afeganistão e concorreu sem sucesso ao Senado em Minnesota em 2012 antes de ingressar na emissora americana O presidente eleito Donald Trump anunciou nesta terça-feira Pete Hegseth, apresentador da Fox News e veterano do Exército, como secretário de Defesa. Mais cedo, ele também confirmou o nome do deputado Mike Waltz como conselheiro de Segurança Nacional de seu governo, entre outros anúncios que também vão compor seu Gabinete a partir de 20 de janeiro. Marcelo Ninio: Trump exigirá mais equilíbrio do Brasil Conheça: Ex-crítica que virou 'ultra-Maga' vai ser embaixadora dos EUA na ONU, anuncia Trump "Com Pete no comando, os inimigos da América estão avisados: nossos militares serão grandes novamente e a América nunca recuará", disse Trump em um comunicado. Veterano do Exército, Hegseth foi enviado ao Iraque e ao Afeganistão e concorreu sem sucesso ao Senado em Minnesota em 2012 antes de ingressar na Fox News. 'Falcão' anti-China Mais cedo, ao anunciar Waltz para o cargo de conselheiro de Segurança Nacional, Trump o descreveu em seu anúncio oficial como "um líder nacionalmente reconhecido em segurança nacional" e "um especialista nas ameaças representadas pela China, Rússia, Irã e terrorismo global". Oficial aposentado da Guarda Nacional do Exército e veterano de guerra, o congressista é o segundo deputado republicano escolhido por Trump para um cargo de alto nível em seu próximo governo, após a escolha da deputada Elise Stefanik para o cargo de embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. 'Czar das fronteiras': Trump anuncia oficial que será responsável por deportação de imigrantes ilegais A posição a ser ocupada por Waltz, porém, tem um histórico delicado: o ex-presidente teve desentendimentos com dois ocupantes anteriores do cargo (John Bolton e o general aposentado H.R. McMaster, que criticaram Trump publicamente). Esses casos anteriores teriam influenciado a escolha do magnata republicano desta vez, à medida que ele busca recompensar aqueles que o apoiaram nos últimos dois anos — e ainda guarda arrependimentos sobre alguns dos seus principais assessores e membros do Gabinete durante seu primeiro mandato. Agora, o ex-presidente sugeriu que sua equipe de Segurança Nacional terá a tarefa de reavaliar a postura dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, à Rússia, aos conflitos no Oriente Médio, à China e ao Irã. O deputado, que se tornou uma presença constante na conservadora Fox News em assuntos de política externa, serviu em várias missões de combate no Afeganistão e se opôs veementemente à retirada das forças militares do país pelo presidente Joe Biden. Também se opôs à retirada de um grande número de tropas do Afeganistão durante a administração Trump, e introduziu uma legislação para impedir uma redução significativa de tropas no país caso o diretor de inteligência nacional não pudesse certificar que o Talibã não se associaria à al-Qaeda. Além do anúncio de Waltz, Trump também disse na tarde de terça que nomeará Mike Huckabee, ex-governador do Arkansas, para ser o embaixador dos Estados Unidos em Israel. A filha de Huckabee, a governadora Sarah Huckabee Sanders, já foi secretária de Imprensa da Casa Branca em seu primeiro mandato. Seu amigo de longa data e desenvolvedor imobiliário, Steve Witkoff, vai servir como enviado especial para o Oriente Médio. John Ratcliffe, por sua vez, será diretor da Agência Central de Inteligência (CIA). Postura rígida Sobre o influente cargo de secretário de Estado, Trump poderia mudar de ideia de última hora, alertaram fontes envolvidas no assunto ouvidas pelo New York Times, mas parece estar decidido pelo nome de Marco Rubio, que também foi cotado para ser seu companheiro de chapa este ano. Guga Chacra: Rubio no Departamento de Estado pode ser pesadelo para Lula De origem cubana, o vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado seria o primeiro latino a ocupar o cargo. Na política externa, Rubio é a favor de exercer pressão máxima sobre a China e o Irã, e de acabar com a guerra na Ucrânia. Ele ainda é crítico do governo de Cuba, do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e do nicaraguense Daniel Ortega. Marco Rubio, senador da Flórida cotado ao posto de secretário de Estado no governo Trump, na Convenção Nacional Democrata em Milwaukee Patrick T. Fallon / AFP Apesar de anteriormente adotar uma postura mais rígida sobre a Rússia, Rubio provavelmente apoiaria os planos de Trump de pressionar a Ucrânia a buscar um acordo e permanecer fora da Otan. Eleito para o Senado em 2010, estabeleceu sua posição como defensor de uma política externa rígida. Em 2019, por exemplo, ajudou a persuadir Trump a adotar uma política de sanções severas contra a Venezuela. E em 2020, patrocinou um projeto de lei para impedir a importação de produtos chineses fabricados com trabalho forçado da minoria étnica uigur. O presidente Biden sancionou essa lei no ano seguinte. Entenda: O que motiva os soldados norte-coreanos enviados para as linhas de frente na Ucrânia? — Rubio chamou a atenção para as práticas comerciais da China, pressionou por restrições à venda de tecnologia avançada para o país, destacou o encarceramento massivo e o trabalho forçado na China, assim como a coleta de informações de Inteligência chinesas dentro dos EUA. E não deveria ser surpreendente, já que o próprio Trump fez da China um alvo tanto de sua política de segurança nacional quanto de suas políticas econômicas, discutindo durante a campanha a imposição de tarifas significativas sobre produtos chineses — disse o analista de segurança nacional Jim Sciutto à CNN. Mais recentemente, Rubio expressou apoio incondicional ao suporte americano a Israel na guerra contra o Hamas em Gaza, avaliando que as muitas mortes de civis palestinos seriam 100% responsabilidade do grupo terrorista. As primeiras denúncias de crimes de guerra por parte de Israel foram feitas em um relatório da ONG Human Rights Watch (HRW) menos de 48 horas após o início do conflito, em outubro de 2023. Lealdade como requisito Trump também teria escolhido a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, para ser a próxima secretária do Departamento de Segurança Interna, segundo relato de duas fontes com conhecimento do assunto à CNN. Se for confirmada, ela será encarregada de liderar a agência enquanto dois importantes defensores de uma postura rígida em relação à imigração — Stephen Miller e Tom Homan — foram designados para cargos seniores: o primeiro, para vice-chefe de Gabinete, e o segundo para ser o “czar da fronteira”, supervisionando as fronteiras sul e norte do país, além da “segurança marítima e aérea” e a deportação em massa de imigrantes. Do UFC a podcasts: Como o filho caçula de Trump o levou à 'manosfera' e impulsionou apoio entre jovens conservadores Com a indicação de Noem, Trump garante que uma pessoa leal a ele estará à frente de uma agência essencial para sua agenda interna. Assim como o cargo de Segurança Nacional, o departamento a ser ocupado pela governadora enfrentou diversas turbulências quando Trump esteve no cargo. Na época, a pasta teve cinco líderes diferentes, sendo que apenas dois deles foram confirmados pelo Senado. Noem já havia sido cogitada para a lista de possíveis vice-presidentes de Trump, mas sua relação com o republicano mudou após a recepção negativa do livro dela, publicado em maio. Nele, ela revelou que matou seu cachorro, Cricket, após ele não apresentar sinais de um cão de caça ideal. A governadora escreveu que o cão de 14 meses era “imutável”, segundo trechos reportados pelo jornal britânico Guardian. Tempos depois ela argumentou que a história tinha o objetivo de mostrar como ela é capaz de realizar tarefas cruéis quando necessário. (Com AFP, Bloomberg e New York Times)
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