Terreiro religioso é invadido e vandalizado em São João da Barra, no Norte Fluminense
Caso é investigado pela Polícia Civil O terreiro de Candomblé e Umbanda 'Tenda Mata Verde João da Mata', em São João da Barra, no Norte Fluminense, foi invadido e vandalizado, na madrugada da última sexta-feira (22). Além da invasão, os criminosos destruíram símbolos e imagens religiosas e furtaram alguns objetos do local. A direção do espaço religioso denunciou o caso numa rede social. As imagens postadas mostram estátuas depredadas, tecidos rasgados e até parte da cobertura de alumínio arrancada. Initial plugin text "Os responsáveis pelo ato tiveram, claramente, a intenção de provocar o sentimento de insegurança e desrespeito à nossa comunidade pela fé que professamos. No entanto, continuamos com a nossa missão de levar o culto a nossa ancestralidade acima de qualquer evento de intolerância e violência." - disse o sacerdote, Pai Victor de Exu, na rede social. Imagens sagradas destruídas em ataque a terreiro Reprodução Para ele o ataque foi motivado por preconceito religioso. - Temos uma relação pacífica com a comunidade do entorno. Nunca imaginamos sofrer essa agressão. Estamos colando os cacos do nosso coração - disse o sacerdote. O caso foi denunciado à polícia, que abriu um inquérito para investigar a autoria dos crimes. Pretendemos colocar câmeras. Pai Victor de Exu disse ainda que pretende instalar câmeras de segurança para inibir outras ações de vandalismo no terreiro. A intolerância religiosa é um crime tipificado pela Lei nº 7.716/1989, que prevê pena de reclusão de um a três anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião 'Intolerância vem aumentando' Uma pesquisa de opinião feita durante a 17ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, em setembro deste ano, na capital fluminense, mostra que dos 505 entrevistados 243 (48,1%) já foram vítimas de intolerância religiosa. Entre as formas mais comuns de intolerância religiosa relatadas pelos entrevistados estão: agressões verbais (40,2%); agressões psicológicas (18,9%.); exclusão social (19,1%); agressão física (5,2%) e destruição de objetos religiosos (5,2%). Esta última indica, segundo os autores da pesquisa, uma forma de atacar diretamente símbolos importantes para a prática religiosa, muitas vezes cometidos contra templos ou itens sagrados, como o que aconteceu no terreiro no Norte Fluminense. Para o professor doutor Babalawô Ivanir dos Santos há um nítido aumento de casos de ataques a templos e terreiros no estado do Rio de Janeiro e a falta de registros dificulta a identificação e punição dos criminosos. - É inegável que a cada dia cresce o número de casos. Os dados do ISP mostram isso. Mas poucos são os registros nas delegacias. só temos uma delegacia especializada no tema que é na capital. Isso não impede o registro, que pode ser feito nas distritais, mas dificulta o tratamento da questão - disse Ivanir. O relatório encomendado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa apresenta ainda algumas sugestões de combate à intolerância religiosa como o diálogo entre lideranças religiosas; educação nas escolas sobre diversidade religiosa e o fortalecimento das leis contra a intolerância. De acordo com os dados do painel interativo Discriminação, do Instituto de Segurança Pública (ISP) do RJ, no primeiro semestre deste ano os principais casos de discriminação foram: vítimas sofreu injúria por preconceito, num total de 1.106 casos; seguido por preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional, com 436; intolerância e/ou injúria racial, de cor e/ou etnia, com 60; praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão da sua deficiência, que somam 41; e intolerância por orientação sexual e intolerância religiosa, cada um com 18 vítimas.
Caso é investigado pela Polícia Civil O terreiro de Candomblé e Umbanda 'Tenda Mata Verde João da Mata', em São João da Barra, no Norte Fluminense, foi invadido e vandalizado, na madrugada da última sexta-feira (22). Além da invasão, os criminosos destruíram símbolos e imagens religiosas e furtaram alguns objetos do local. A direção do espaço religioso denunciou o caso numa rede social. As imagens postadas mostram estátuas depredadas, tecidos rasgados e até parte da cobertura de alumínio arrancada. Initial plugin text "Os responsáveis pelo ato tiveram, claramente, a intenção de provocar o sentimento de insegurança e desrespeito à nossa comunidade pela fé que professamos. No entanto, continuamos com a nossa missão de levar o culto a nossa ancestralidade acima de qualquer evento de intolerância e violência." - disse o sacerdote, Pai Victor de Exu, na rede social. Imagens sagradas destruídas em ataque a terreiro Reprodução Para ele o ataque foi motivado por preconceito religioso. - Temos uma relação pacífica com a comunidade do entorno. Nunca imaginamos sofrer essa agressão. Estamos colando os cacos do nosso coração - disse o sacerdote. O caso foi denunciado à polícia, que abriu um inquérito para investigar a autoria dos crimes. Pretendemos colocar câmeras. Pai Victor de Exu disse ainda que pretende instalar câmeras de segurança para inibir outras ações de vandalismo no terreiro. A intolerância religiosa é um crime tipificado pela Lei nº 7.716/1989, que prevê pena de reclusão de um a três anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião 'Intolerância vem aumentando' Uma pesquisa de opinião feita durante a 17ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, em setembro deste ano, na capital fluminense, mostra que dos 505 entrevistados 243 (48,1%) já foram vítimas de intolerância religiosa. Entre as formas mais comuns de intolerância religiosa relatadas pelos entrevistados estão: agressões verbais (40,2%); agressões psicológicas (18,9%.); exclusão social (19,1%); agressão física (5,2%) e destruição de objetos religiosos (5,2%). Esta última indica, segundo os autores da pesquisa, uma forma de atacar diretamente símbolos importantes para a prática religiosa, muitas vezes cometidos contra templos ou itens sagrados, como o que aconteceu no terreiro no Norte Fluminense. Para o professor doutor Babalawô Ivanir dos Santos há um nítido aumento de casos de ataques a templos e terreiros no estado do Rio de Janeiro e a falta de registros dificulta a identificação e punição dos criminosos. - É inegável que a cada dia cresce o número de casos. Os dados do ISP mostram isso. Mas poucos são os registros nas delegacias. só temos uma delegacia especializada no tema que é na capital. Isso não impede o registro, que pode ser feito nas distritais, mas dificulta o tratamento da questão - disse Ivanir. O relatório encomendado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa apresenta ainda algumas sugestões de combate à intolerância religiosa como o diálogo entre lideranças religiosas; educação nas escolas sobre diversidade religiosa e o fortalecimento das leis contra a intolerância. De acordo com os dados do painel interativo Discriminação, do Instituto de Segurança Pública (ISP) do RJ, no primeiro semestre deste ano os principais casos de discriminação foram: vítimas sofreu injúria por preconceito, num total de 1.106 casos; seguido por preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional, com 436; intolerância e/ou injúria racial, de cor e/ou etnia, com 60; praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão da sua deficiência, que somam 41; e intolerância por orientação sexual e intolerância religiosa, cada um com 18 vítimas.
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