São Miguel dos Milagres, em Alagoas, atrai por beleza natural e protegida, calmaria e hotel de luxo
A praia tem a segunda maior barreira de corais do mundo, com piscinas naturais A água verde transparente e de temperatura morna, a segunda maior barreira de corais do mundo e os extensos coqueirais formam um conjunto natural irresistível aos olhos de quem visita São Miguel dos Milagres, em Alagoas. Mas, a despeito de tanta beleza, a pequena cidade de 8 mil habitantes, a pouco mais de uma hora de carro de Maceió, surpreendentemente ainda oferece tranquilidade e sossego. A calmaria se dá graças à Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, que salvaguarda este paraíso e impede a exploração turística intensa. Por tudo isso, a cidadezinha tem visto crescer uma infraestrutura hoteleira de alto padrão nos últimos anos, e cada vez mais atrai viajantes interessados em natureza, gastronomia e até casamentos à beira da praia. No mar, as jangadas que também levam turistas às piscinas naturais não podem ter motores potentes, além de navegarem em pequena quantidade. As regras servem para evitar a perturbação do habitat e machucar a fauna rica e diversa, onde reina, absoluto, o peixe-boi. No Rio Tatuamunha, perto dali, é possível fazer, em barcos a remo, uma visita guiada ao santuário desses simpáticos mamíferos, como a Joana e a Telinha. Protegidos pela Associação Peixe-Boi, eles acasalam, se reproduzem e amamentam filhotes na natureza. Na pequena vila de São Miguel, o comércio local é pequeno e os bares e restaurantes servem peixes e frutos do mar. O passeio deve incluir uma parada no charmoso Armazém Rosa, loja de artesanato nordestino com obras de artistas, como Dona Irinéia e João das Alagoas, além de inúmeros expoentes da Ilha do Ferro (AL) — Genauro, Leno, Aberaldo. Exemplares únicos de artistas populares também podem ser vistos no hotel Mahré, cinco estrelas inaugurado há quase um ano. Nordestinas em sua maioria, as obras compõem o design minimalista do lugar, com móveis brasileiros contemporâneos e revestimentos naturais, como madeira e concreto. O projeto, dos escritórios Agra e Lemos e João Armentano, distribui, em 40 mil metros quadrados, 30 suítes espaçosas, com tamanhos entre 128 e 192 metros quadrados. É possível entrar e sair de uma delas por um portão exclusivo, ir à praia e voltar sem ser visto. Assim como aproveitar a piscina privativa, dentro do quarto. A gastronomia é mais um ponto alto do Mahré, onde o carioca Rafa Gomes assina o menu do restaurante Thaí. “São pratos que conversam com o local. Uso ingredientes frescos, leves, de muita cor e sabor, que identificam Milagres”, explica o chef. Com 95% da equipe feminina, Rafa abriu espaço para as cozinheiras no cardápio. “Elas fazem pratos do Nordeste melhor do que eu, como a galinhada e o bobó de camarão”, diz. No segundo andar, um rooftop ao ar livre tem vista para o mar e o pôr do sol. Ambiente ideal para provar os drinques da cachacière Isadora Fornari, como o refrescante “Espumas ao vento”, de vodca, gengibre, limão e espuma de caju. Para conhecer Milagres no réveillon é preciso planejar com antecedência, pois a cidade é palco de uma das festas mais agitadas do estado, com cerca de 2 mil pessoas, segundo o empresário Maurício Vasconcelos, promotor do evento. Ele também é responsável por outro atrativo local: a Capela dos Milagres, à beira-mar, erguida por ele para a sua própria boda com a modelo Romana Zanon, em 2016, e que fez da cidade um disputado destino de casamento. Celebridades como o agora ex-casal Luiza Sonza e Whindersson Nunes se casaram na capela, que tem datas disponíveis apenas a partir de 2026. “Do chão de areia e os janelões para a entrada da brisa e da luz no pôr do sol ao fundo com a vista do mar: tudo aqui é contagiante”, conclui.
A praia tem a segunda maior barreira de corais do mundo, com piscinas naturais A água verde transparente e de temperatura morna, a segunda maior barreira de corais do mundo e os extensos coqueirais formam um conjunto natural irresistível aos olhos de quem visita São Miguel dos Milagres, em Alagoas. Mas, a despeito de tanta beleza, a pequena cidade de 8 mil habitantes, a pouco mais de uma hora de carro de Maceió, surpreendentemente ainda oferece tranquilidade e sossego. A calmaria se dá graças à Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, que salvaguarda este paraíso e impede a exploração turística intensa. Por tudo isso, a cidadezinha tem visto crescer uma infraestrutura hoteleira de alto padrão nos últimos anos, e cada vez mais atrai viajantes interessados em natureza, gastronomia e até casamentos à beira da praia. No mar, as jangadas que também levam turistas às piscinas naturais não podem ter motores potentes, além de navegarem em pequena quantidade. As regras servem para evitar a perturbação do habitat e machucar a fauna rica e diversa, onde reina, absoluto, o peixe-boi. No Rio Tatuamunha, perto dali, é possível fazer, em barcos a remo, uma visita guiada ao santuário desses simpáticos mamíferos, como a Joana e a Telinha. Protegidos pela Associação Peixe-Boi, eles acasalam, se reproduzem e amamentam filhotes na natureza. Na pequena vila de São Miguel, o comércio local é pequeno e os bares e restaurantes servem peixes e frutos do mar. O passeio deve incluir uma parada no charmoso Armazém Rosa, loja de artesanato nordestino com obras de artistas, como Dona Irinéia e João das Alagoas, além de inúmeros expoentes da Ilha do Ferro (AL) — Genauro, Leno, Aberaldo. Exemplares únicos de artistas populares também podem ser vistos no hotel Mahré, cinco estrelas inaugurado há quase um ano. Nordestinas em sua maioria, as obras compõem o design minimalista do lugar, com móveis brasileiros contemporâneos e revestimentos naturais, como madeira e concreto. O projeto, dos escritórios Agra e Lemos e João Armentano, distribui, em 40 mil metros quadrados, 30 suítes espaçosas, com tamanhos entre 128 e 192 metros quadrados. É possível entrar e sair de uma delas por um portão exclusivo, ir à praia e voltar sem ser visto. Assim como aproveitar a piscina privativa, dentro do quarto. A gastronomia é mais um ponto alto do Mahré, onde o carioca Rafa Gomes assina o menu do restaurante Thaí. “São pratos que conversam com o local. Uso ingredientes frescos, leves, de muita cor e sabor, que identificam Milagres”, explica o chef. Com 95% da equipe feminina, Rafa abriu espaço para as cozinheiras no cardápio. “Elas fazem pratos do Nordeste melhor do que eu, como a galinhada e o bobó de camarão”, diz. No segundo andar, um rooftop ao ar livre tem vista para o mar e o pôr do sol. Ambiente ideal para provar os drinques da cachacière Isadora Fornari, como o refrescante “Espumas ao vento”, de vodca, gengibre, limão e espuma de caju. Para conhecer Milagres no réveillon é preciso planejar com antecedência, pois a cidade é palco de uma das festas mais agitadas do estado, com cerca de 2 mil pessoas, segundo o empresário Maurício Vasconcelos, promotor do evento. Ele também é responsável por outro atrativo local: a Capela dos Milagres, à beira-mar, erguida por ele para a sua própria boda com a modelo Romana Zanon, em 2016, e que fez da cidade um disputado destino de casamento. Celebridades como o agora ex-casal Luiza Sonza e Whindersson Nunes se casaram na capela, que tem datas disponíveis apenas a partir de 2026. “Do chão de areia e os janelões para a entrada da brisa e da luz no pôr do sol ao fundo com a vista do mar: tudo aqui é contagiante”, conclui.
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