Saiba quem são os alunos da PUC-SP envolvidos em atos racistas em SP

Quatro estudantes foram dispensados de estágio e deverão responder à comissão instaurada pela Faculdade de Direito Pelo menos quatro alunos da PUC foram identificados nas redes sociais, por meio de vídeos, como autores das falas racistas e discriminatórias proferidas durante os jogos jurídicos estaduais realizados no fim de semana em Araraquara, interior de São Paulo. Eles atuavam como estagiários de grandes escritórios de advocacia do estado e estão sendo dispensados. A primeira a ser identificada foi Tatiane Joseph Khoury, que estagiava no Pinheiro Neto Advogados. Ao GLOBO, o escritório Pinheiro Neto Advogados confirmou que Tatiane, de 20 anos, não é mais estagiária na empresa. Nesta terça-feira foram identificados Marina Lessi Moraes e Arthur Martins Henry, todos por meio de vídeos publicados em redes sociais. Também o jovem Matheus Antiquera Leitzke fez parte do grupo. Segundo o site G1, escritório Tortoro, Madureira & Ragazzi afirmou que, inicialmente, determinou a suspensão de Matheus, dando cinco dias para o jovem se manifestar a respeito das acusações. Contudo, o rapaz compareceu à empresa nesta manhã e conversou com o coordenador responsável, na presença da equipe de Recursos Humanos. Ele teria admitido a participação nos atos discriminatórios e aberto mão do prazo de defesa, sendo demitido. Marina atuava no escritório Machado Meyer e Arthur Henry no Castro Barros. "O Castro Barros Advogados não admite qualquer ato discriminatório praticado por qualquer um de seus integrantes, dentro e fora do Escritório. Qualquer pessoa que ignore ou despreze esse fato não tem condições de fazer parte do Castro Barros Advogados", informou. "O Machado Meyer recebeu ao longo do final de semana notícias a respeito dos eventos ocorridos nos jogos jurídicos estaduais de São Paulo. Neste contexto, informa que fará as apurações necessárias e avaliará as medidas a serem tomadas. O escritório reforça que repudia, veementemente, qualquer ato de preconceito ou discriminação. O Machado Meyer tem a diversidade como um de seus pilares essenciais e reitera o seu empenho em garantir um ambiente profissional pautado pela ética e pelo respeito às diferenças". Vidal Serrano Nunes Junior, diretor da faculdade de Direito, afirmou que as sanções vão de advertência à expulsão. As sanções deverão ser decididas pela comissão, de acordo com a gravidade dos atos de cada um. -- A PUC tem tradição humanista. Foi a primeira a adotar direitos humanos em sua grade. Temos também um núcleo de Direito e Enfrentamento à Intolerância Racial. O que aconteceu é lamentável -- afirmou o diretor Segundo ele, os atos violam o Estatuto e o Regimento, mas todos têm direito à ampla defesa e serão ouvidos. Nunes Junior disse que a PUC vai aprimorar os ensinamentos aos alunos e pretende elaborar e propor um código de ética para jogos universitários, a ser apresentado e discutido com as demais universidades, já que agressões têm sido recorrentes. As ofensas aconteceram no último sábado, durante os Jogos Jurídicos Estaduais, e foram denunciadas como racismo ao Ministério Público. A Faculdade de Direito da PUC-SP anunciou segunda-feira a instalação de uma comissão para apurar episódio. O grupo é formado por três docentes da área de Direito, com experiência em processos de apuração e sindicância. Os trabalhos serão concluídos em 40 dias e a faculdade informa que todos os envolvidos terão amplo direito à defesa. "Manifestações discriminatórias são vedadas pelo Estatuto e pelo Regimento Geral da Universidade, além de serem inadmissíveis e incompatíveis com os princípios e valores da PUC-SP", informou a faculdade em nota.

Nov 19, 2024 - 18:10
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Saiba quem são os alunos da PUC-SP envolvidos em atos racistas em SP

Quatro estudantes foram dispensados de estágio e deverão responder à comissão instaurada pela Faculdade de Direito Pelo menos quatro alunos da PUC foram identificados nas redes sociais, por meio de vídeos, como autores das falas racistas e discriminatórias proferidas durante os jogos jurídicos estaduais realizados no fim de semana em Araraquara, interior de São Paulo. Eles atuavam como estagiários de grandes escritórios de advocacia do estado e estão sendo dispensados. A primeira a ser identificada foi Tatiane Joseph Khoury, que estagiava no Pinheiro Neto Advogados. Ao GLOBO, o escritório Pinheiro Neto Advogados confirmou que Tatiane, de 20 anos, não é mais estagiária na empresa. Nesta terça-feira foram identificados Marina Lessi Moraes e Arthur Martins Henry, todos por meio de vídeos publicados em redes sociais. Também o jovem Matheus Antiquera Leitzke fez parte do grupo. Segundo o site G1, escritório Tortoro, Madureira & Ragazzi afirmou que, inicialmente, determinou a suspensão de Matheus, dando cinco dias para o jovem se manifestar a respeito das acusações. Contudo, o rapaz compareceu à empresa nesta manhã e conversou com o coordenador responsável, na presença da equipe de Recursos Humanos. Ele teria admitido a participação nos atos discriminatórios e aberto mão do prazo de defesa, sendo demitido. Marina atuava no escritório Machado Meyer e Arthur Henry no Castro Barros. "O Castro Barros Advogados não admite qualquer ato discriminatório praticado por qualquer um de seus integrantes, dentro e fora do Escritório. Qualquer pessoa que ignore ou despreze esse fato não tem condições de fazer parte do Castro Barros Advogados", informou. "O Machado Meyer recebeu ao longo do final de semana notícias a respeito dos eventos ocorridos nos jogos jurídicos estaduais de São Paulo. Neste contexto, informa que fará as apurações necessárias e avaliará as medidas a serem tomadas. O escritório reforça que repudia, veementemente, qualquer ato de preconceito ou discriminação. O Machado Meyer tem a diversidade como um de seus pilares essenciais e reitera o seu empenho em garantir um ambiente profissional pautado pela ética e pelo respeito às diferenças". Vidal Serrano Nunes Junior, diretor da faculdade de Direito, afirmou que as sanções vão de advertência à expulsão. As sanções deverão ser decididas pela comissão, de acordo com a gravidade dos atos de cada um. -- A PUC tem tradição humanista. Foi a primeira a adotar direitos humanos em sua grade. Temos também um núcleo de Direito e Enfrentamento à Intolerância Racial. O que aconteceu é lamentável -- afirmou o diretor Segundo ele, os atos violam o Estatuto e o Regimento, mas todos têm direito à ampla defesa e serão ouvidos. Nunes Junior disse que a PUC vai aprimorar os ensinamentos aos alunos e pretende elaborar e propor um código de ética para jogos universitários, a ser apresentado e discutido com as demais universidades, já que agressões têm sido recorrentes. As ofensas aconteceram no último sábado, durante os Jogos Jurídicos Estaduais, e foram denunciadas como racismo ao Ministério Público. A Faculdade de Direito da PUC-SP anunciou segunda-feira a instalação de uma comissão para apurar episódio. O grupo é formado por três docentes da área de Direito, com experiência em processos de apuração e sindicância. Os trabalhos serão concluídos em 40 dias e a faculdade informa que todos os envolvidos terão amplo direito à defesa. "Manifestações discriminatórias são vedadas pelo Estatuto e pelo Regimento Geral da Universidade, além de serem inadmissíveis e incompatíveis com os princípios e valores da PUC-SP", informou a faculdade em nota.

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