Pinguim de penas negras é encontrado em ilha no sul do Atlântico; entenda mutação genética rara

A descoberta foi feita durante uma expedição à Ilha Geórgia do Sul, liderada pelo fotógrafo belga Yves Adams Um pinguim de aparência extraordinária chamou a atenção de cientistas e amantes da natureza ao ser avistado na Ilha Geórgia do Sul, no sul do Oceano Atlântico, esta semana. O animal, identificado como um pinguim-rei melanístico, apresentou uma característica rara: seu corpo é quase totalmente coberto por penas negras, contrastando com o padrão usual de barriga branca e penas amarelas no pescoço típico da espécie. Vídeo: Porta-voz russa recebe ordem ao vivo de não comentar sobre míssil intercontinental contra a Ucrânia Líder diplomático dos EUA para o Ocidente: Uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia pode forçar Rússia a negociar paz Yves Adams, que liderava uma expedição para a agência Starling Reizen, foi alertado por um colega sobre o pássaro incomum logo após desembarcar na Baía de St. Andrews. O fotógrafo, conhecido por registrar raridades da fauna, não perdeu tempo. Initial plugin text Com a câmera em mãos, conseguiu registrar imagens do pinguim enquanto ele caminhava pela praia, ainda isolado da grande colônia. Oportunidades como essa são raras, considerando o comportamento gregário dos pinguins e o movimento rápido desses animais em direção ao grupo. O que é melanismo e por que é tão raro? Adams, que já havia fotografado um raro pinguim amarelo em outra ocasião, descreveu a emoção do encontro como única. Segundo ele, a temporada de expedições na região estava apenas começando, o que aumentou a exclusividade da descoberta. A aparência peculiar do pinguim é resultado de uma mutação genética conhecida como melanismo, que se caracteriza por um excesso de melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele, cabelos, penas e olhos de muitos animais. Essa condição ocorre raramente em aves e mamíferos, sendo ainda menos comum em espécies como os pinguins-rei. Segundo pesquisadores, o melanismo altera significativamente o padrão de coloração, tornando o indivíduo mais escuro ou completamente negro. Em pinguins, essa condição é extremamente incomum, e há poucos registros ou estudos científicos que documentem casos semelhantes. A coloração diferenciada, embora fascinante, também apresenta desafios para a sobrevivência do animal. O padrão preto e branco dos pinguins oferece camuflagem contra predadores — as barrigas brancas os tornam menos visíveis quando observados de baixo na água, enquanto suas costas negras se misturam com as profundezas do oceano quando vistos de cima. Sem esse disfarce natural, um pinguim melanístico pode ser mais facilmente identificado por predadores tanto no mar quanto no gelo. Embora o melanismo seja amplamente documentado em outros grupos de animais, como felinos e aves terrestres, sua ocorrência em pinguins é tão rara que poucos dados científicos existem sobre o fenômeno. Impacto e expectativas para o futuro A maioria dos casos registrados envolve aves parcialmente melanísticas, com manchas escuras espalhadas pelo corpo. No entanto, o pinguim-rei avistado por Yves Adams apresentou um padrão quase completamente negro, com exceção de pequenos reflexos verdes metálicos visíveis de perto em suas penas. Segundo especialistas, uma possível explicação para a raridade desses registros pode estar associada à baixa sobrevivência desses indivíduos. A coloração incomum aumenta a visibilidade do animal em ambientes onde camuflagem é essencial para escapar de predadores como focas-leopardo e orcas. O pinguim-rei avistado por Yves Adams apresentou um padrão quase completamente negro, com exceção de pequenos reflexos verdes metálicos visíveis de perto em suas penas Reprodução/Instagram Apesar de sua aparência distinta, o pinguim melanístico parecia ser plenamente aceito pelos outros membros da colônia. Ele não apresentava diferenças significativas de tamanho ou comportamento em comparação com os pinguins de coloração padrão. Isso sugere que, dentro do grupo, a coloração pode ter menos influência social do que se poderia imaginar, pelo menos em relação a interações diretas. Descobertas como essa ajudam a ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade e as variações genéticas em espécies selvagens. Embora o melanismo em pinguins-rei permaneça um mistério científico, a documentação de casos como este pode estimular novas pesquisas sobre as causas, implicações e frequência dessa mutação em aves marinhas.

Nov 22, 2024 - 00:21
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Pinguim de penas negras é encontrado em ilha no sul do Atlântico; entenda mutação genética rara

A descoberta foi feita durante uma expedição à Ilha Geórgia do Sul, liderada pelo fotógrafo belga Yves Adams Um pinguim de aparência extraordinária chamou a atenção de cientistas e amantes da natureza ao ser avistado na Ilha Geórgia do Sul, no sul do Oceano Atlântico, esta semana. O animal, identificado como um pinguim-rei melanístico, apresentou uma característica rara: seu corpo é quase totalmente coberto por penas negras, contrastando com o padrão usual de barriga branca e penas amarelas no pescoço típico da espécie. Vídeo: Porta-voz russa recebe ordem ao vivo de não comentar sobre míssil intercontinental contra a Ucrânia Líder diplomático dos EUA para o Ocidente: Uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia pode forçar Rússia a negociar paz Yves Adams, que liderava uma expedição para a agência Starling Reizen, foi alertado por um colega sobre o pássaro incomum logo após desembarcar na Baía de St. Andrews. O fotógrafo, conhecido por registrar raridades da fauna, não perdeu tempo. Initial plugin text Com a câmera em mãos, conseguiu registrar imagens do pinguim enquanto ele caminhava pela praia, ainda isolado da grande colônia. Oportunidades como essa são raras, considerando o comportamento gregário dos pinguins e o movimento rápido desses animais em direção ao grupo. O que é melanismo e por que é tão raro? Adams, que já havia fotografado um raro pinguim amarelo em outra ocasião, descreveu a emoção do encontro como única. Segundo ele, a temporada de expedições na região estava apenas começando, o que aumentou a exclusividade da descoberta. A aparência peculiar do pinguim é resultado de uma mutação genética conhecida como melanismo, que se caracteriza por um excesso de melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele, cabelos, penas e olhos de muitos animais. Essa condição ocorre raramente em aves e mamíferos, sendo ainda menos comum em espécies como os pinguins-rei. Segundo pesquisadores, o melanismo altera significativamente o padrão de coloração, tornando o indivíduo mais escuro ou completamente negro. Em pinguins, essa condição é extremamente incomum, e há poucos registros ou estudos científicos que documentem casos semelhantes. A coloração diferenciada, embora fascinante, também apresenta desafios para a sobrevivência do animal. O padrão preto e branco dos pinguins oferece camuflagem contra predadores — as barrigas brancas os tornam menos visíveis quando observados de baixo na água, enquanto suas costas negras se misturam com as profundezas do oceano quando vistos de cima. Sem esse disfarce natural, um pinguim melanístico pode ser mais facilmente identificado por predadores tanto no mar quanto no gelo. Embora o melanismo seja amplamente documentado em outros grupos de animais, como felinos e aves terrestres, sua ocorrência em pinguins é tão rara que poucos dados científicos existem sobre o fenômeno. Impacto e expectativas para o futuro A maioria dos casos registrados envolve aves parcialmente melanísticas, com manchas escuras espalhadas pelo corpo. No entanto, o pinguim-rei avistado por Yves Adams apresentou um padrão quase completamente negro, com exceção de pequenos reflexos verdes metálicos visíveis de perto em suas penas. Segundo especialistas, uma possível explicação para a raridade desses registros pode estar associada à baixa sobrevivência desses indivíduos. A coloração incomum aumenta a visibilidade do animal em ambientes onde camuflagem é essencial para escapar de predadores como focas-leopardo e orcas. O pinguim-rei avistado por Yves Adams apresentou um padrão quase completamente negro, com exceção de pequenos reflexos verdes metálicos visíveis de perto em suas penas Reprodução/Instagram Apesar de sua aparência distinta, o pinguim melanístico parecia ser plenamente aceito pelos outros membros da colônia. Ele não apresentava diferenças significativas de tamanho ou comportamento em comparação com os pinguins de coloração padrão. Isso sugere que, dentro do grupo, a coloração pode ter menos influência social do que se poderia imaginar, pelo menos em relação a interações diretas. Descobertas como essa ajudam a ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade e as variações genéticas em espécies selvagens. Embora o melanismo em pinguins-rei permaneça um mistério científico, a documentação de casos como este pode estimular novas pesquisas sobre as causas, implicações e frequência dessa mutação em aves marinhas.

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