Rússia afirma que ataque do Irã a Israel demonstra 'fracasso total' dos EUA no Oriente Médio
Moscou vê 'impotência' de Washington na resolução de crises, e questiona papel de liderança americana na região A Rússia creditou aos EUA a grave escalada de violência no Oriente Médio, que teve no lançamento de cerca de 200 mísseis iranianos contra Israel seu mais recente e perigoso episódio. Segundo a Chancelaria russa, a iminência de uma nova guerra demonstra o “fracasso total” do governo de Joe Biden na região. “Fracasso total da administração Biden no Oriente Médio”, escreveu, no Telegram, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova. “Um drama sangrento que só está ganhando força. As declarações vagas da Casa Branca demonstram a sua total impotência na resolução de crises. Os esforços de [Antony] Blinken [secretário de Estado dos EUA] resultaram em dezenas de milhares de vítimas e num impasse. Acompanhe ao vivo: Irã lança dezenas de mísseis contra Israel, que aciona sistema de defesa em todo o país Análise: Ataque contra Israel mostra 'vitória' da linha-dura do Irã, mesmo com riscos à sobrevivência do regime Desde os ataques do grupo terrorista Hamas e o início da guerra em Gaza, em outubro do ano passado, a Rússia tem adotado uma posição complexa no Oriente Médio, mantendo laços com Israel — embora por vezes estremecidos — e também com o Irã, com quem tem uma parceria militar “não oficial” que envolve armas para a guerra na Ucrânia. Uma estratégia que reflete o desejo da Rússia de se tornar, ao lado da China, uma liderança do chamado Sul Global. Embora sem adotar um papel ativo nas negociações para um cessar-fogo em Gaza, Moscou tem defendido o fim dos combates e o estabelecimento dos caminhos para a criação de um Estado palestino no futuro. Ao mesmo tempo, como apontou Zakharova nesta terça-feira, os russos questionam a capacidade de liderança americana para obter soluções de longo prazo e que atendam aos interesses de todos no Oriente Médio. Na semana passada, após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, Moscou chamou a operação de “mas um assassinato político”, e criticou também Israel. "O lado israelense não poderia deixar de reconhecer este perigo, mas tomou a atitude de matar cidadãos libaneses, o que quase inevitavelmente provocaria uma nova explosão de violência. Portanto, ele tem total responsabilidade pela escalada subsequente”, diz o comunicado da Chancelaria. Irã lança mísseis contra Israel Horas antes do ataque iraniano, os russos criticaram a decisão israelense de invadir o Líbano por terra, e exigiram a retirada imediata das tropas no país árabe. Depois que os mísseis começaram a cruzar os céus de Israel, Zakharova não foi a única a apontar para um papel dos EUA em um eventual agravamento das tensões. — O ataque do Irã é uma resposta à operação terrestre limitada de Israel no Líbano e ao assassinato político do líder do Hezbollah , Hassan Nasrallah . Tel Aviv, graças ao apoio de Washington , cometeu uma agressão indiscriminada contra um Estado soberano — disse, em entrevista à agência RIA Novosti, Leonid Slutsky, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento russo. — Já passou da hora das partes cessarem as hostilidades, de Israel retirar as tropas dos territórios libaneses e regressar aos métodos políticos e diplomáticos de resolução do conflito. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o presidente russo, Vladimir Putin, não deve conversar por telefone com o premier israelense, Benjamin Netanyahu, Mais cedo, a imprensa israelense havia levantado essa possibilidade.
Moscou vê 'impotência' de Washington na resolução de crises, e questiona papel de liderança americana na região A Rússia creditou aos EUA a grave escalada de violência no Oriente Médio, que teve no lançamento de cerca de 200 mísseis iranianos contra Israel seu mais recente e perigoso episódio. Segundo a Chancelaria russa, a iminência de uma nova guerra demonstra o “fracasso total” do governo de Joe Biden na região. “Fracasso total da administração Biden no Oriente Médio”, escreveu, no Telegram, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova. “Um drama sangrento que só está ganhando força. As declarações vagas da Casa Branca demonstram a sua total impotência na resolução de crises. Os esforços de [Antony] Blinken [secretário de Estado dos EUA] resultaram em dezenas de milhares de vítimas e num impasse. Acompanhe ao vivo: Irã lança dezenas de mísseis contra Israel, que aciona sistema de defesa em todo o país Análise: Ataque contra Israel mostra 'vitória' da linha-dura do Irã, mesmo com riscos à sobrevivência do regime Desde os ataques do grupo terrorista Hamas e o início da guerra em Gaza, em outubro do ano passado, a Rússia tem adotado uma posição complexa no Oriente Médio, mantendo laços com Israel — embora por vezes estremecidos — e também com o Irã, com quem tem uma parceria militar “não oficial” que envolve armas para a guerra na Ucrânia. Uma estratégia que reflete o desejo da Rússia de se tornar, ao lado da China, uma liderança do chamado Sul Global. Embora sem adotar um papel ativo nas negociações para um cessar-fogo em Gaza, Moscou tem defendido o fim dos combates e o estabelecimento dos caminhos para a criação de um Estado palestino no futuro. Ao mesmo tempo, como apontou Zakharova nesta terça-feira, os russos questionam a capacidade de liderança americana para obter soluções de longo prazo e que atendam aos interesses de todos no Oriente Médio. Na semana passada, após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, Moscou chamou a operação de “mas um assassinato político”, e criticou também Israel. "O lado israelense não poderia deixar de reconhecer este perigo, mas tomou a atitude de matar cidadãos libaneses, o que quase inevitavelmente provocaria uma nova explosão de violência. Portanto, ele tem total responsabilidade pela escalada subsequente”, diz o comunicado da Chancelaria. Irã lança mísseis contra Israel Horas antes do ataque iraniano, os russos criticaram a decisão israelense de invadir o Líbano por terra, e exigiram a retirada imediata das tropas no país árabe. Depois que os mísseis começaram a cruzar os céus de Israel, Zakharova não foi a única a apontar para um papel dos EUA em um eventual agravamento das tensões. — O ataque do Irã é uma resposta à operação terrestre limitada de Israel no Líbano e ao assassinato político do líder do Hezbollah , Hassan Nasrallah . Tel Aviv, graças ao apoio de Washington , cometeu uma agressão indiscriminada contra um Estado soberano — disse, em entrevista à agência RIA Novosti, Leonid Slutsky, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento russo. — Já passou da hora das partes cessarem as hostilidades, de Israel retirar as tropas dos territórios libaneses e regressar aos métodos políticos e diplomáticos de resolução do conflito. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o presidente russo, Vladimir Putin, não deve conversar por telefone com o premier israelense, Benjamin Netanyahu, Mais cedo, a imprensa israelense havia levantado essa possibilidade.
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