Rodrigo Santoro, Marcelo Adnet, Alice Braga e Lázaro Ramos dublam animação 'Arca de Noé': 'Virou We are the world', diz diretor
Outras estrelas como Bruno Gagliasso, Eduardo Sterblitch, Julio Andrade, Ingrid Guimarães, Marcelo Serrado e Heloisa Périssé foram escalados para filme inspirado em obra de Vinicius de Moraes Uma história bíblica, um livro de poesia — depois musicado e transformado em disco e em especial de TV — e agora uma das mais audaciosas animações do cinema brasileiro, toda em 3D. Esta é “Arca de Noé”, que estreia em mais de 700 salas brasileiras a partir de hoje, depois de já ter sido vendida para 70 países. Escrito por Sérgio Machado, que dividiu a direção juntamente com Alois Di Leo, o longa-metragem é inspirado na obra de Vinicius de Moraes (1913-1980) e traz músicas dos dois discos “Arca de Noé”, lançados em 1980 e 1981 a partir das poesias do carioca. Fernanda Torres, em campanha pelo Oscar 2025: 'Meu trabalho virou maquiagem, cabelo e escolher a desgraça do look' Despertar sexual lendo Jorge Amado e paixão por Olinda: como o Brasil enfeitiçou o escritor José Eduardo Agualusa O filme também traz uma homenagem ao poetinha ao contar as aventuras dos ratos músicos Vini e Tom (em alusão a Tom Jobim), que precisam escapar do dilúvio e entrar na arca de Noé, mesmo quando a ordem divina é ter apenas um macho e uma fêmea de cada espécie animal. Quem ficou com a tarefa de dublagem foi Rodrigo Santoro no papel de Vini e Marcelo Adnet, no de Tom. Os dois seguiram sem medo o conselho de Sérgio Machado no estúdio: improvisar. —Todo o começo do filme, enquanto os créditos sobem, é improvisado. O aquecimento antes de cantar, as piadas... — diz Rodrigo, que tinha os discos “A arca de Noé” quando criança. — Para fazer o filme, mergulhei na obra de Vinicius, desta vez com muito mais profundidade. Vi muitas entrevistas que não tinha visto, músicas que não tinha escutado, poemas que não tinha lido. Não tento imitar a voz, nem o jeito, mas a essência dele, a doçura, a coisa do diminutivo, (de falar) “Tonzinho”. Ele tinha uma coisa muito carinhosa. Baruk, o leão dublado por Lázaro Ramos em 'Arca de Noé' Divulgação Santoro e Adnet não são as únicas estrelas do elenco, muito pelo contrário. Alice Braga faz a voz de Nina, a ratinha amiga da dupla. Lázaro Ramos é o leão Baruk, uma espécie de vilão da arca. Gregório Duvivier interpreta a barata engenhosa Alfonso. Bruno Gagliasso, Eduardo Sterblitch, Julio Andrade, Ingrid Guimarães, Marcelo Serrado, Heloisa Périssé e muitos outros também foram escalados. — Virou “We are the world”, todo mundo quis participar — diz Sérgio Machado, referindo-se ao hit beneficente composto por Michael Jackson e Lionel Richie que teve meio mundo do pop e do rock na gravação dos vocais, em 1985. — Desde o início, tinha a obsessão de fazer este filme com grandes atores, dos protagonistas aos personagens menores. Todo mundo falava que era loucura, que não tinha orçamento. Fui convidando os amigos e o pessoal foi aceitando. Muitos nomes acabaram de fora, mas, para acomodá-los, Sérgio já trabalha no argumento de uma sequência. O baiano sempre foi o nome pensado para a direção do filme, desde quando Suzana de Moraes, filha do poeta, procurou o cineasta Walter Salles, da Imagem Filmes, para tratar do assunto pela primeira vez, há 12 anos. —Há muito tempo, Suzana tinha o sonho de fazer a “Arca de Noé” e falou com o Walter — diz Sérgio. Acho que ele pensou em mim porque trabalhamos muito juntos na época do “Central do Brasil” (1998), e eu vivia sempre rodeado de crianças no set. Me comunico muito bem com elas. Suzana morreu em 2015. Nesses quase dez anos que separam tal data da estreia do filme, Sérgio e Walter, que assina como um dos produtores juntamente com os irmãos Caio e Fabiano Gullane, da Gullane Filmes, só pensaram em construir uma obra tão grandiosa quanto os projetos da filha de Vinicius. — Pegamos pandemia e um governo que dificultou bastante, mas sempre pensávamos que não podíamos fazer um filme menor do que ela queria. O esquema de coprodução com a Índia e os Estados Unidos ajudou a chegar no status de “maior animação brasileira já realizada”, com um orçamento de US$8 milhões e animação inteiramente em 3D. —Só no Brasil não dava para levantar esse valor. Isso, para o nosso país, é enorme; mas muito pouco para animação. Uma americana, por exemplo, começa em US$ 100 milhões e pode ir até US$ 400 milhões. Mas nunca havia sido feito um filme com essa dimensão e com a possibilidade de alcançar tanto público.
Outras estrelas como Bruno Gagliasso, Eduardo Sterblitch, Julio Andrade, Ingrid Guimarães, Marcelo Serrado e Heloisa Périssé foram escalados para filme inspirado em obra de Vinicius de Moraes Uma história bíblica, um livro de poesia — depois musicado e transformado em disco e em especial de TV — e agora uma das mais audaciosas animações do cinema brasileiro, toda em 3D. Esta é “Arca de Noé”, que estreia em mais de 700 salas brasileiras a partir de hoje, depois de já ter sido vendida para 70 países. Escrito por Sérgio Machado, que dividiu a direção juntamente com Alois Di Leo, o longa-metragem é inspirado na obra de Vinicius de Moraes (1913-1980) e traz músicas dos dois discos “Arca de Noé”, lançados em 1980 e 1981 a partir das poesias do carioca. Fernanda Torres, em campanha pelo Oscar 2025: 'Meu trabalho virou maquiagem, cabelo e escolher a desgraça do look' Despertar sexual lendo Jorge Amado e paixão por Olinda: como o Brasil enfeitiçou o escritor José Eduardo Agualusa O filme também traz uma homenagem ao poetinha ao contar as aventuras dos ratos músicos Vini e Tom (em alusão a Tom Jobim), que precisam escapar do dilúvio e entrar na arca de Noé, mesmo quando a ordem divina é ter apenas um macho e uma fêmea de cada espécie animal. Quem ficou com a tarefa de dublagem foi Rodrigo Santoro no papel de Vini e Marcelo Adnet, no de Tom. Os dois seguiram sem medo o conselho de Sérgio Machado no estúdio: improvisar. —Todo o começo do filme, enquanto os créditos sobem, é improvisado. O aquecimento antes de cantar, as piadas... — diz Rodrigo, que tinha os discos “A arca de Noé” quando criança. — Para fazer o filme, mergulhei na obra de Vinicius, desta vez com muito mais profundidade. Vi muitas entrevistas que não tinha visto, músicas que não tinha escutado, poemas que não tinha lido. Não tento imitar a voz, nem o jeito, mas a essência dele, a doçura, a coisa do diminutivo, (de falar) “Tonzinho”. Ele tinha uma coisa muito carinhosa. Baruk, o leão dublado por Lázaro Ramos em 'Arca de Noé' Divulgação Santoro e Adnet não são as únicas estrelas do elenco, muito pelo contrário. Alice Braga faz a voz de Nina, a ratinha amiga da dupla. Lázaro Ramos é o leão Baruk, uma espécie de vilão da arca. Gregório Duvivier interpreta a barata engenhosa Alfonso. Bruno Gagliasso, Eduardo Sterblitch, Julio Andrade, Ingrid Guimarães, Marcelo Serrado, Heloisa Périssé e muitos outros também foram escalados. — Virou “We are the world”, todo mundo quis participar — diz Sérgio Machado, referindo-se ao hit beneficente composto por Michael Jackson e Lionel Richie que teve meio mundo do pop e do rock na gravação dos vocais, em 1985. — Desde o início, tinha a obsessão de fazer este filme com grandes atores, dos protagonistas aos personagens menores. Todo mundo falava que era loucura, que não tinha orçamento. Fui convidando os amigos e o pessoal foi aceitando. Muitos nomes acabaram de fora, mas, para acomodá-los, Sérgio já trabalha no argumento de uma sequência. O baiano sempre foi o nome pensado para a direção do filme, desde quando Suzana de Moraes, filha do poeta, procurou o cineasta Walter Salles, da Imagem Filmes, para tratar do assunto pela primeira vez, há 12 anos. —Há muito tempo, Suzana tinha o sonho de fazer a “Arca de Noé” e falou com o Walter — diz Sérgio. Acho que ele pensou em mim porque trabalhamos muito juntos na época do “Central do Brasil” (1998), e eu vivia sempre rodeado de crianças no set. Me comunico muito bem com elas. Suzana morreu em 2015. Nesses quase dez anos que separam tal data da estreia do filme, Sérgio e Walter, que assina como um dos produtores juntamente com os irmãos Caio e Fabiano Gullane, da Gullane Filmes, só pensaram em construir uma obra tão grandiosa quanto os projetos da filha de Vinicius. — Pegamos pandemia e um governo que dificultou bastante, mas sempre pensávamos que não podíamos fazer um filme menor do que ela queria. O esquema de coprodução com a Índia e os Estados Unidos ajudou a chegar no status de “maior animação brasileira já realizada”, com um orçamento de US$8 milhões e animação inteiramente em 3D. —Só no Brasil não dava para levantar esse valor. Isso, para o nosso país, é enorme; mas muito pouco para animação. Uma americana, por exemplo, começa em US$ 100 milhões e pode ir até US$ 400 milhões. Mas nunca havia sido feito um filme com essa dimensão e com a possibilidade de alcançar tanto público.
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