Quitinete alugada, visita ao STF, bombas feitas à mão: como foram os meses de ex-candidato antes do ataque em Brasília
Francisco Wanderley Luiz chegou a circular pelas dependências da Câmara no dia das explosões Autor do ataque com explosivos em Brasília, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, chegou a visitar o Supremo Tribunal Federal (STF) menos de três meses antes das duas explosões no estacionamento da Câmara dos Deputados e diante da Corte na noite desta quarta-feira. Entenda como se comportou o empresário no último ano até a noite em que acabou morrendo na capital federal. Vídeo: Imagens da Câmara mostram momento da explosão de bombas em carro 'Querem perdoar sem sequer condenar': Presidente do STF diz que explosões reforçam necessidade de responsabilização Ao longo de 2023 Francisco Wanderley Luiz faz diversas viagens a Brasília, inclusive no período dos atos de 8 de janeiro. Na época, faz duas visitas ao gabinete do deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC), que conhecia desde a juventude. Invasão e depredacão às sedes dos três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023 Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/08-01-2023 2024 26 de julho Ele deixa a cidade de Rio do Sul (SC) com o carro usado no ataque e chega a Brasília no dia seguinte, segundo a Abin. Na Ceilândia, a 30 quilômetros da capital, aluga uma quitinete na plataforma Airbnb. O homem também aluga um trailer. Agosto No dia 24, visita o STF e publica uma selfie feita no plenário com a legenda “deixaram a raposa entrar dentro do galinheiro”. No mesmo mês, convoca protestos contra o Judiciário em um post. Francisco Wanderley Luiz no plenário do STF em 24 de agosto Reprodução Segundo depoimento de sua ex-mulher, Francisco “só falava de política” e estava obcecado com a ideia de atacar o ministro Alexandre de Moraes. O homem também faz sua última visita ao gabinete de Goetten, que não estava no local, segundo relatou o deputado ao GLOBO. Setembro a novembro Cerca de dois meses antes do ataque, Francisco relata à irmã que estava em uma “viagem a passeio”. Em mensagens, indicou estar no Chile, depois em Minas Gerais e, por fim, em Brasília, segundo depoimento da irmã. Francisco teria construído de maneira artesanal os artefatos utilizados para fazer as explosões. A PF ainda investiga se agiu sozinho ou teve colaboração. 13 de novembro Antes do ataque, pela manhã, o homem circula pelas dependências da Câmara. Ele vai ao banheiro e deixa o local. No mesmo dia, antecipa o plano de se suicidar em uma série de postagens no Facebook em que manifesta ódio a autoridades. Ele deixou dois explosivos na casa alugada na Ceilândia e outras oito bombas foram usadas na ação na Praça dos Três Poderes. Atentado em Brasília: carro que pegou fogo tinha explosivos Reprodução
Francisco Wanderley Luiz chegou a circular pelas dependências da Câmara no dia das explosões Autor do ataque com explosivos em Brasília, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, chegou a visitar o Supremo Tribunal Federal (STF) menos de três meses antes das duas explosões no estacionamento da Câmara dos Deputados e diante da Corte na noite desta quarta-feira. Entenda como se comportou o empresário no último ano até a noite em que acabou morrendo na capital federal. Vídeo: Imagens da Câmara mostram momento da explosão de bombas em carro 'Querem perdoar sem sequer condenar': Presidente do STF diz que explosões reforçam necessidade de responsabilização Ao longo de 2023 Francisco Wanderley Luiz faz diversas viagens a Brasília, inclusive no período dos atos de 8 de janeiro. Na época, faz duas visitas ao gabinete do deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC), que conhecia desde a juventude. Invasão e depredacão às sedes dos três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023 Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/08-01-2023 2024 26 de julho Ele deixa a cidade de Rio do Sul (SC) com o carro usado no ataque e chega a Brasília no dia seguinte, segundo a Abin. Na Ceilândia, a 30 quilômetros da capital, aluga uma quitinete na plataforma Airbnb. O homem também aluga um trailer. Agosto No dia 24, visita o STF e publica uma selfie feita no plenário com a legenda “deixaram a raposa entrar dentro do galinheiro”. No mesmo mês, convoca protestos contra o Judiciário em um post. Francisco Wanderley Luiz no plenário do STF em 24 de agosto Reprodução Segundo depoimento de sua ex-mulher, Francisco “só falava de política” e estava obcecado com a ideia de atacar o ministro Alexandre de Moraes. O homem também faz sua última visita ao gabinete de Goetten, que não estava no local, segundo relatou o deputado ao GLOBO. Setembro a novembro Cerca de dois meses antes do ataque, Francisco relata à irmã que estava em uma “viagem a passeio”. Em mensagens, indicou estar no Chile, depois em Minas Gerais e, por fim, em Brasília, segundo depoimento da irmã. Francisco teria construído de maneira artesanal os artefatos utilizados para fazer as explosões. A PF ainda investiga se agiu sozinho ou teve colaboração. 13 de novembro Antes do ataque, pela manhã, o homem circula pelas dependências da Câmara. Ele vai ao banheiro e deixa o local. No mesmo dia, antecipa o plano de se suicidar em uma série de postagens no Facebook em que manifesta ódio a autoridades. Ele deixou dois explosivos na casa alugada na Ceilândia e outras oito bombas foram usadas na ação na Praça dos Três Poderes. Atentado em Brasília: carro que pegou fogo tinha explosivos Reprodução
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