'Quem tem fome é tratado como invisível', diz Lula no último dia de shows na Praça Mauá
O presidente discursou no encerramento do Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza A terceira e última noite do Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza, na Praça Mauá, neste sábado (16), contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante um rápido intervalo, após as participações da cantora Fafá de Belém, do pastor Kleber Lucas e do poeta Antônio Marinho, Lula subiu ao palco acompanhado da primeira-dama Janja da Silva, da ministra da Cultura Margareth Menezes, e do cantor e compositor Gilberto Gil. Ao discursar para a plateia disse ser justo que todos tenham direito ao café da manhã, almoço e janta. G20: Interdição na Atlântica é antecipada após mudança por pedido das forças de segurança U20: Janja diz que preocupação com a família e desigualdades de gêneros estão no centro das políticas de governo — O que falta não é produção de alimento, porque a tecnologia genética já produz alimento suficiente para a comunidade. O que falta, na verdade, é responsabilidade de colocar o pobre no nosso dia a dia, no orçamento público, para que a gente garanta que não vai faltar comida para eles — declarou o presidente. Lula disse não ser justo que existam 3 mil pessoas no planeta com renda de 13 trilhões de dólares, enquanto outros 733 milhões passam fome. Ele disse ainda que na gestão anterior conseguiu tirar o Brasil do mapa da fome. Depois os números voltaram a subir, mas garantiu que está trabalhando pela erradicação da fome no país. O presidente defendeu que a fome deve ser tratada como uma política de governo e não como problema social, que só é lembrado em período eleitoral. — A fome não é uma questão de natureza, não é alheia ao ser humano. É tratado como se não existisse — disse Lula, acrescentando: — Quem tem fome é tratado como invisível. Após a fala de Lula, os shows prosseguiram com Jovem Dionísio, Tássia Reis e Jota.Pê. Até o final da noite passarão ainda pelo palco artistas como Ney Matogrosso, Maria Gadu e Alceu Valença As apresentações começaram às 19h20, com uma homenagem à Amazônia feita pela cantora Fafá de Belém. A artista também discutiu sobre a necessidade de combater a fome. Protesto: Rio de Paz e Ação da Cidadania fazem manifesto contra a fome em Copacabana — É uma honra estarmos todos aqui contra a fome e pela conscientização de que, enquanto houver uma questão como fome, nós, cidadãos do mundo, não podemos ficar sossegados. A fome dói, a fome é provocada muitas vezes pelo descaso — disse a cantora. A noite batizada de "Pro dia nascer feliz", em referência à canção de Cazuza e Frejat, conta com direção musical de Marcus Preto e Mateus Simão. Assim como aconteceu nos dois dias anteriores, o aquecimento do público ficou por conta do Baile Black Bom, que colocou as pessoas para dançar enquanto aguardavam as apresentações dos artistas. Segurança reforçada Por conta da presença do presidente Lula, a área dos shows na Praça Mauá teve a segurança reforçada. Toda área à esquerda do monumento ao Visconde de Mauá ganhou uma estrutura de isolamento que dava entrada para o espaço que fica mais perto do palco. Dessa forma, para acessá-lo só passando por uma revista mais rigorosa. Teve gente que passou por mais de uma revista, em pontos diferentes. Uma das preocupações da segurança era verificar se as pessoas levam nas bolsas ou mochila algum objeto cortante — Em princípio não vejo problema nenhum nesse rigor todo se for para garantir a segurança das pessoas — aprovou o motorista Diego Santos, de 30 anos, que veio de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Diego tinha assistidos as apresentações de artistas como Diogo Nogueira e Seu Jorge na quinta-feira, na abertura do festival. Ao chegar, percebeu que a configuração do espaço havia mudado, contando com mais áreas gradeados e mais policiamento. — Para quem veio se divertir, como eu, não faz diferença. Se é para garantir a segurança está bom. Vim aqui hoje pelo Ney Matogrosso, de quem sou muito fã — disse a dona de casa Antônia Novaes, de 58 anos, moradora em Benfica, na Zona Norte. Janja cai no samba Na noite anterior, a primeira-dama Janja caiu no samba com a deputada federal Benedita da Silva (PT), no show do cantor Pretinho da Serrinha. Quando discursou no palco, Janja mandou um beijo para o presidente Lula, que assistiu os shows de casa. Initial plugin text
O presidente discursou no encerramento do Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza A terceira e última noite do Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza, na Praça Mauá, neste sábado (16), contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante um rápido intervalo, após as participações da cantora Fafá de Belém, do pastor Kleber Lucas e do poeta Antônio Marinho, Lula subiu ao palco acompanhado da primeira-dama Janja da Silva, da ministra da Cultura Margareth Menezes, e do cantor e compositor Gilberto Gil. Ao discursar para a plateia disse ser justo que todos tenham direito ao café da manhã, almoço e janta. G20: Interdição na Atlântica é antecipada após mudança por pedido das forças de segurança U20: Janja diz que preocupação com a família e desigualdades de gêneros estão no centro das políticas de governo — O que falta não é produção de alimento, porque a tecnologia genética já produz alimento suficiente para a comunidade. O que falta, na verdade, é responsabilidade de colocar o pobre no nosso dia a dia, no orçamento público, para que a gente garanta que não vai faltar comida para eles — declarou o presidente. Lula disse não ser justo que existam 3 mil pessoas no planeta com renda de 13 trilhões de dólares, enquanto outros 733 milhões passam fome. Ele disse ainda que na gestão anterior conseguiu tirar o Brasil do mapa da fome. Depois os números voltaram a subir, mas garantiu que está trabalhando pela erradicação da fome no país. O presidente defendeu que a fome deve ser tratada como uma política de governo e não como problema social, que só é lembrado em período eleitoral. — A fome não é uma questão de natureza, não é alheia ao ser humano. É tratado como se não existisse — disse Lula, acrescentando: — Quem tem fome é tratado como invisível. Após a fala de Lula, os shows prosseguiram com Jovem Dionísio, Tássia Reis e Jota.Pê. Até o final da noite passarão ainda pelo palco artistas como Ney Matogrosso, Maria Gadu e Alceu Valença As apresentações começaram às 19h20, com uma homenagem à Amazônia feita pela cantora Fafá de Belém. A artista também discutiu sobre a necessidade de combater a fome. Protesto: Rio de Paz e Ação da Cidadania fazem manifesto contra a fome em Copacabana — É uma honra estarmos todos aqui contra a fome e pela conscientização de que, enquanto houver uma questão como fome, nós, cidadãos do mundo, não podemos ficar sossegados. A fome dói, a fome é provocada muitas vezes pelo descaso — disse a cantora. A noite batizada de "Pro dia nascer feliz", em referência à canção de Cazuza e Frejat, conta com direção musical de Marcus Preto e Mateus Simão. Assim como aconteceu nos dois dias anteriores, o aquecimento do público ficou por conta do Baile Black Bom, que colocou as pessoas para dançar enquanto aguardavam as apresentações dos artistas. Segurança reforçada Por conta da presença do presidente Lula, a área dos shows na Praça Mauá teve a segurança reforçada. Toda área à esquerda do monumento ao Visconde de Mauá ganhou uma estrutura de isolamento que dava entrada para o espaço que fica mais perto do palco. Dessa forma, para acessá-lo só passando por uma revista mais rigorosa. Teve gente que passou por mais de uma revista, em pontos diferentes. Uma das preocupações da segurança era verificar se as pessoas levam nas bolsas ou mochila algum objeto cortante — Em princípio não vejo problema nenhum nesse rigor todo se for para garantir a segurança das pessoas — aprovou o motorista Diego Santos, de 30 anos, que veio de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Diego tinha assistidos as apresentações de artistas como Diogo Nogueira e Seu Jorge na quinta-feira, na abertura do festival. Ao chegar, percebeu que a configuração do espaço havia mudado, contando com mais áreas gradeados e mais policiamento. — Para quem veio se divertir, como eu, não faz diferença. Se é para garantir a segurança está bom. Vim aqui hoje pelo Ney Matogrosso, de quem sou muito fã — disse a dona de casa Antônia Novaes, de 58 anos, moradora em Benfica, na Zona Norte. Janja cai no samba Na noite anterior, a primeira-dama Janja caiu no samba com a deputada federal Benedita da Silva (PT), no show do cantor Pretinho da Serrinha. Quando discursou no palco, Janja mandou um beijo para o presidente Lula, que assistiu os shows de casa. Initial plugin text
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