Jornada de Foguetes do Cerrado: Pará e São Paulo se Destacam como os Principais Lançadores na 21ª SNCT

Estudantes do Pará se Destacam em Competição de Foguetes em Brasília

A jornada de 1.500 quilômetros que liga Ourilândia do Norte, no Pará, à capital federal, Brasília, foi apenas um dos desafios enfrentados por um grupo de 32 estudantes e professores. Embarcando em uma missão audaciosa, eles participaram da "Jornada de Foguetes do Cerrado" e conquistaram o primeiro lugar ao lançar um foguete feito de garrafa PET a impressionantes 303,2 metros.

O evento teve lugar na Associação Brasiliense de Aeromodelismo (Abra), onde as equipes competiram em duas categorias. Na primeira, alunos do 6º ao 9º ano lançaram foguetes movidos a água e ar comprimido, enquanto os do ensino médio usaram uma reação de vinagre e bicarbonato de sódio. No total, 64 equipes de 10 estados participaram, reunindo 205 competidores.

As cerimônias de entrega das medalhas, realizadas na manhã de sábado (9), contaram com a presença de Juana Nunes, diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, junto a outras assessoras do ministério. O professor José Matheus, organizador do evento e representante do Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI), expressou sua gratidão pelo apoio do MCTI, enfatizando a importância do evento para estimular o interesse dos alunos em projetos de astronomia e astronáutica.

Entre os destaques da competição, a dupla campeã do Nível 3, formada pelos estudantes Kelvyn Nathan (16 anos) e Guilherme Nogueira (15 anos), da Escola Professor Heliomar Alves, mostrou-se motivada para aprimorar seu foguete, já que, durante os testes, a equipe havia alcançado a marca de 407 metros. “Queremos continuar competindo e nos preparar melhor para a próxima jornada, que acontecerá em Barra do Piraí, no ano que vem”, compartilharam os jovens.

O professor Jairo, que acompanhou uma das equipes do Pará, ressaltou a importância da experiência para os alunos, muitos dos quais estavam saindo de sua cidade pela primeira vez. “É emocionante vê-los quebrando barreiras e evoluindo durante essa jornada”, observou.

Além da conquista no Nível 3, o Pará obteve o segundo lugar no Nível 4, com a equipe Constelar alcançando 305 metros, enquanto a equipe campeã foi do Instituto Federal de São Paulo, que atingiu 402 metros.

Além dos garotos, as mulheres também se destacaram no evento. Pamela, uma jovem estudante do CEMI que foi inspirada pelo lançamento do satélite "Amazônia 1", ganhou uma medalha de menção honrosa durante a competição. Com seus olhos voltados para o futuro, ela sonha em se tornar astrofísica, determinada a explorar o espaço e contribuir com novas descobertas. “O espaço ainda é pouco explorado, e eu quero fazer parte disso”, afirmou.

A história desses jovens evidencia não apenas a criatividade e dedicação, mas também uma nova geração de cientistas e engenheiros prontos para desafiar as expectativas e explorar o futuro da astronáutica.