Por que Savarino, de números expressivos no Botafogo, não é unanimidade na seleção da Venezuela?

Estilo de jogo do time venezuelano não beneficia o atacante igual o modelo de Artur Jorge no Botafogo Um dos principais jogadores do Botafogo na temporada, com 22 participações em gols em 49 partidas disputadas, Jefferson Savarino não goza do mesmo destaque na seleção venezuelana. O atacante não é unanimidade no time do técnico Fernando Batista e só foi titular em dois jogos seguidos no time da Venezuela na última Data Fifa. Neste ano, Savarino disputou apenas oito jogos pela Venezuela, entre amistosos, Copa América e Eliminatórias, acumulando apenas 320 minutos — média de 40 minutos por partida —, e não participou de gols. Isso se explica pelo estilo de jogo do time venezuelano, que não beneficia o atacante igual o modelo de Artur Jorge no Botafogo. — O modelo de jogo (da Venezuela) não beneficia em nada Savarino. Ao longo dos anos e com diferentes treinadores, a Venezuela tem um futebol mais reativo do que proposital, diferentemente do que Savarino vivencia no Brasil. Na estrutura de Artur Jorge, onde o Fogão tem laterais ofensivos e meias talentosos, ele tem muitas opções de passe pela frente e pelas laterais e recebe a bola em contextos favoráveis, especialmente nas entrelinhas onde ele pode impactar — apontou a jornalista Geraldine Carrasquero, da ESPN da Venezuela. Outro ponto que explica a queda de rendimento de Savarino na seleção é a posição em que atua dentro de campo. No Botafogo, o camisa 10 joga como um meio-campista com liberdade para flutuar em todos os setores ofensivos, mas na Venezuela ele é visto como um ponta-direita, o que não ajuda a explorar as suas melhores virtudes. Desde que passou a ser convocado para a seleção de seu país, Savarino já foi treinado por quatro técnicos diferentes — Rafael Dudamel, José Peseiro, Leo González e Fernando Batista — e nenhum deles soube explorar as suas qualidades, nem sequer o atribuíram o estatuto de titular indiscutível. Atualmente, atacante disputa posição com Eduard Bello, do Barcelona de Guayaquil, e Darwin Machís, do Real Valladolid. — Acho que Savarino merece mais tempo de jogo e ter um time em torno da sua figura, não apenas de Rondón e Soteldo. Afastá-lo da ponta e colocá-lo como meio-campista com liberdade de movimento pode ser ótimo para explorar suas qualidades. Outra coisa importante é que ele merece ter o status de titular indiscutível, poder terminar os jogos e nem sempre ser o primeiro a ser substituído — completou Geraldine. Mesmo sem brilhar na seleção venezuelana, Savarino deve ser titular na partida contra o Brasil, no Estádio Monumental de Maturín, às 18h (de Brasília), pela 11ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Nov 14, 2024 - 05:05
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Por que Savarino, de números expressivos no Botafogo, não é unanimidade na seleção da Venezuela?

Estilo de jogo do time venezuelano não beneficia o atacante igual o modelo de Artur Jorge no Botafogo Um dos principais jogadores do Botafogo na temporada, com 22 participações em gols em 49 partidas disputadas, Jefferson Savarino não goza do mesmo destaque na seleção venezuelana. O atacante não é unanimidade no time do técnico Fernando Batista e só foi titular em dois jogos seguidos no time da Venezuela na última Data Fifa. Neste ano, Savarino disputou apenas oito jogos pela Venezuela, entre amistosos, Copa América e Eliminatórias, acumulando apenas 320 minutos — média de 40 minutos por partida —, e não participou de gols. Isso se explica pelo estilo de jogo do time venezuelano, que não beneficia o atacante igual o modelo de Artur Jorge no Botafogo. — O modelo de jogo (da Venezuela) não beneficia em nada Savarino. Ao longo dos anos e com diferentes treinadores, a Venezuela tem um futebol mais reativo do que proposital, diferentemente do que Savarino vivencia no Brasil. Na estrutura de Artur Jorge, onde o Fogão tem laterais ofensivos e meias talentosos, ele tem muitas opções de passe pela frente e pelas laterais e recebe a bola em contextos favoráveis, especialmente nas entrelinhas onde ele pode impactar — apontou a jornalista Geraldine Carrasquero, da ESPN da Venezuela. Outro ponto que explica a queda de rendimento de Savarino na seleção é a posição em que atua dentro de campo. No Botafogo, o camisa 10 joga como um meio-campista com liberdade para flutuar em todos os setores ofensivos, mas na Venezuela ele é visto como um ponta-direita, o que não ajuda a explorar as suas melhores virtudes. Desde que passou a ser convocado para a seleção de seu país, Savarino já foi treinado por quatro técnicos diferentes — Rafael Dudamel, José Peseiro, Leo González e Fernando Batista — e nenhum deles soube explorar as suas qualidades, nem sequer o atribuíram o estatuto de titular indiscutível. Atualmente, atacante disputa posição com Eduard Bello, do Barcelona de Guayaquil, e Darwin Machís, do Real Valladolid. — Acho que Savarino merece mais tempo de jogo e ter um time em torno da sua figura, não apenas de Rondón e Soteldo. Afastá-lo da ponta e colocá-lo como meio-campista com liberdade de movimento pode ser ótimo para explorar suas qualidades. Outra coisa importante é que ele merece ter o status de titular indiscutível, poder terminar os jogos e nem sempre ser o primeiro a ser substituído — completou Geraldine. Mesmo sem brilhar na seleção venezuelana, Savarino deve ser titular na partida contra o Brasil, no Estádio Monumental de Maturín, às 18h (de Brasília), pela 11ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

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