EUA propõem separação do Google e venda do Chrome para corrigir monopólio de buscas
Em um caso histórico de antitruste, o governo pediu a um juiz que obrigasse a empresa a vender seu popular navegador Chrome O Departamento de Justiça e um grupo de estados pediram a um tribunal federal na noite de quarta-feira que obrigasse o Google a vender o Chrome, seu popular navegador da web, uma medida que poderia alterar fundamentalmente os negócios da empresa, avaliada em US$ 2 trilhões, e reformular a competição na internet. Whatsapp: Aprenda truques simples e práticos para usar no aplicativo de mensagens Tecnologia e solidão: Avanços tecnológicos criaram 'receita' para uma vida solitária; entenda O pedido segue uma decisão histórica em agosto determinou que o Google havia mantido ilegalmente um monopólio nas buscas online. O juiz pediu ao Departamento de Justiça e aos estados que moveram o caso antitruste que apresentassem soluções até o final da quarta-feira para corrigir o monopólio de buscas. Além da venda do Chrome, o governo pediu ao juiz que desse ao Google uma escolha: ou vender o Android, seu sistema operacional para smartphones, ou impedir o Google de tornar seus serviços obrigatórios em telefones que utilizam o Android. Caso o Google infringisse essas condições ou as soluções não melhorassem a concorrência, o governo poderia forçar a empresa a vender o Android em uma data futura. O governo também pediu ao juiz que impedisse o Google de firmar acordos pagos com a Apple e outros para ser o mecanismo de busca automático em smartphones e navegadores. O Google também deveria ser obrigado a fornecer acesso aos dados de resultados de busca da empresa por 10 anos, algo que ajudaria os concorrentes a alcançar a qualidade do produto do Google. As propostas são as soluções mais significativas solicitadas em um caso de antitruste no setor de tecnologia desde que o Departamento de Justiça pediu a separação da Microsoft em 2000. Se o juiz adotar as propostas, elas definirão o tom para uma série de outros casos de antitruste que desafiam o domínio dos gigantes da tecnologia, incluindo Apple, Amazon e Meta. Ser forçado a vender o Chrome seria um dos piores resultados possíveis para o Google. O Chrome, que é gratuito, é o navegador mais popular do mundo e parte de um elaborado ecossistema do Google que mantém os usuários utilizando os produtos da empresa. O mecanismo de busca do Google está integrado ao Chrome. O Google lançou o navegador em 2008 para direcionar o tráfego ao mecanismo de busca da empresa, entrando em um mercado que na época era dominado pelo Explorer, da Microsoft. Hoje, o Chrome está disponível como aplicativo na maioria dos dispositivos e detém cerca de 67% do mercado global de navegadores, de acordo com a Statcounter, que compila dados sobre o mercado de tecnologia. Especialistas jurídicos disseram que o pedido de venda do Chrome pode ser recebido com ceticismo pelo juiz, em parte porque a tentativa do governo de dividir a Microsoft na década de 2000 foi anulada por um tribunal de apelações. “Isso será uma subida difícil para o governo,” disse Doug Melamed, pesquisador visitante na Faculdade de Direito de Stanford, que trabalhou na divisão de antitruste do Departamento de Justiça durante o caso da Microsoft. O Google deverá apresentar suas próprias sugestões para corrigir o monopólio de buscas até 20 de dezembro. Ambas as partes poderão modificar seus pedidos antes de o juiz ouvir os argumentos sobre as soluções na próxima primavera. Espera-se que ele emita sua decisão até o final do verão. “O Departamento de Justiça continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais neste caso,” disse Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, em um comunicado nesta semana, após os detalhes das discussões do governo terem sido divulgados publicamente. “O governo interferir desta forma prejudicaria consumidores, desenvolvedores e a liderança tecnológica americana exatamente no momento em que ela é mais necessária.” Um porta-voz do Departamento de Justiça recusou-se a comentar. Nos últimos anos, os reguladores têm reprimido o poder das maiores empresas de tecnologia. O Departamento de Justiça também processou o Google por seu domínio na tecnologia de publicidade, e a Apple, por dificultar que consumidores saiam de seu universo de dispositivos e software interligados. A Comissão Federal de Comércio processou separadamente a Amazon e a Meta, acusando-as de comportamento anticompetitivo e de sufocar rivais. Não está claro se esses esforços continuarão sob o presidente eleito Donald J. Trump. Algumas das ações antitruste começaram durante sua primeira administração. A vitória do governo no caso de buscas do Google veio após um julgamento de 10 semanas no ano passado. Advogados do Departamento de Justiça disseram que o Google excluiu rivais ao firmar acordos com Apple, Mozilla, Samsung e outros para ser o mecanismo de busca padrão que aparece quando os usuários abrem um smartphone ou uma nova aba em um navegador. No total, o Google pagou US$ 26
Em um caso histórico de antitruste, o governo pediu a um juiz que obrigasse a empresa a vender seu popular navegador Chrome O Departamento de Justiça e um grupo de estados pediram a um tribunal federal na noite de quarta-feira que obrigasse o Google a vender o Chrome, seu popular navegador da web, uma medida que poderia alterar fundamentalmente os negócios da empresa, avaliada em US$ 2 trilhões, e reformular a competição na internet. Whatsapp: Aprenda truques simples e práticos para usar no aplicativo de mensagens Tecnologia e solidão: Avanços tecnológicos criaram 'receita' para uma vida solitária; entenda O pedido segue uma decisão histórica em agosto determinou que o Google havia mantido ilegalmente um monopólio nas buscas online. O juiz pediu ao Departamento de Justiça e aos estados que moveram o caso antitruste que apresentassem soluções até o final da quarta-feira para corrigir o monopólio de buscas. Além da venda do Chrome, o governo pediu ao juiz que desse ao Google uma escolha: ou vender o Android, seu sistema operacional para smartphones, ou impedir o Google de tornar seus serviços obrigatórios em telefones que utilizam o Android. Caso o Google infringisse essas condições ou as soluções não melhorassem a concorrência, o governo poderia forçar a empresa a vender o Android em uma data futura. O governo também pediu ao juiz que impedisse o Google de firmar acordos pagos com a Apple e outros para ser o mecanismo de busca automático em smartphones e navegadores. O Google também deveria ser obrigado a fornecer acesso aos dados de resultados de busca da empresa por 10 anos, algo que ajudaria os concorrentes a alcançar a qualidade do produto do Google. As propostas são as soluções mais significativas solicitadas em um caso de antitruste no setor de tecnologia desde que o Departamento de Justiça pediu a separação da Microsoft em 2000. Se o juiz adotar as propostas, elas definirão o tom para uma série de outros casos de antitruste que desafiam o domínio dos gigantes da tecnologia, incluindo Apple, Amazon e Meta. Ser forçado a vender o Chrome seria um dos piores resultados possíveis para o Google. O Chrome, que é gratuito, é o navegador mais popular do mundo e parte de um elaborado ecossistema do Google que mantém os usuários utilizando os produtos da empresa. O mecanismo de busca do Google está integrado ao Chrome. O Google lançou o navegador em 2008 para direcionar o tráfego ao mecanismo de busca da empresa, entrando em um mercado que na época era dominado pelo Explorer, da Microsoft. Hoje, o Chrome está disponível como aplicativo na maioria dos dispositivos e detém cerca de 67% do mercado global de navegadores, de acordo com a Statcounter, que compila dados sobre o mercado de tecnologia. Especialistas jurídicos disseram que o pedido de venda do Chrome pode ser recebido com ceticismo pelo juiz, em parte porque a tentativa do governo de dividir a Microsoft na década de 2000 foi anulada por um tribunal de apelações. “Isso será uma subida difícil para o governo,” disse Doug Melamed, pesquisador visitante na Faculdade de Direito de Stanford, que trabalhou na divisão de antitruste do Departamento de Justiça durante o caso da Microsoft. O Google deverá apresentar suas próprias sugestões para corrigir o monopólio de buscas até 20 de dezembro. Ambas as partes poderão modificar seus pedidos antes de o juiz ouvir os argumentos sobre as soluções na próxima primavera. Espera-se que ele emita sua decisão até o final do verão. “O Departamento de Justiça continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais neste caso,” disse Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, em um comunicado nesta semana, após os detalhes das discussões do governo terem sido divulgados publicamente. “O governo interferir desta forma prejudicaria consumidores, desenvolvedores e a liderança tecnológica americana exatamente no momento em que ela é mais necessária.” Um porta-voz do Departamento de Justiça recusou-se a comentar. Nos últimos anos, os reguladores têm reprimido o poder das maiores empresas de tecnologia. O Departamento de Justiça também processou o Google por seu domínio na tecnologia de publicidade, e a Apple, por dificultar que consumidores saiam de seu universo de dispositivos e software interligados. A Comissão Federal de Comércio processou separadamente a Amazon e a Meta, acusando-as de comportamento anticompetitivo e de sufocar rivais. Não está claro se esses esforços continuarão sob o presidente eleito Donald J. Trump. Algumas das ações antitruste começaram durante sua primeira administração. A vitória do governo no caso de buscas do Google veio após um julgamento de 10 semanas no ano passado. Advogados do Departamento de Justiça disseram que o Google excluiu rivais ao firmar acordos com Apple, Mozilla, Samsung e outros para ser o mecanismo de busca padrão que aparece quando os usuários abrem um smartphone ou uma nova aba em um navegador. No total, o Google pagou US$ 26,3 bilhões como parte desses acordos em 2021, segundo evidências apresentadas no julgamento. O governo argumentou que esses acordos consolidaram o poder do Google, garantindo que o tráfego de busca permanecesse robusto. A empresa então usou os dados coletados para melhorar seu mecanismo de busca, o que mantinha os usuários voltando. O Google argumentou que seus acordos não violaram a lei e que os usuários escolhem o Google porque ele é melhor do que buscadores como o Bing, da Microsoft, ou o DuckDuckGo para encontrar informações.
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