Polícia italiana prende quatro membros da Cosa Nostra suspeitos de crimes no Brasil

Mafiosos atuavam principalmente no Rio Grande do Norte e na Paraíba em atividades ilegais como tráfico de drogas, extorsão, homicídio e lavagem de dinheiro A polícia italiana prendeu nesta segunda-feira quatro membros da Cosa Nostra que mantinham negócios ilegais no Brasil. A ação teve participação do Ministério Público Federal (MPF) brasileiro e do órgão homólogo na Itália. Saiba mais: Homem é preso com 46 esmeraldas avaliadas em até R$ 1 milhão no Centro de SP Caso Cupertino: o que acontece após suspensão de julgamento pela morte de Rafael Miguel; filha está 'dilacerada' As prisões foram decretadas pela Justiça italiana pelos crimes de transferência fraudulenta de valores, extorsão e lavagem de dinheiro, para favorecer importantes famílias mafiosas. Também foi determinado o bloqueio de aproximadamente 350 mil euros (cerca de R$ 2,1 milhões) de bens das nove empresas que operam nos setores imobiliários e restauração na Itália, Suíça e Hong Kong. Os presos foram Giuseppe Calvaruso, 47 anos, Giuseppe Bruno, 51 anos, Giovanni Caruso, 53 anos e Rosa Anna Simoncini, 73 anos, mãe de Bruno. As operações buscam combater a atuação de membros importantes da Cosa Nostra de Palermo em estruturas corporativas na Itália e outros países, incluindo o Brasil, e são um desdobramento das investigações da Operação Arancia, realizada no dia 13 de agosto, em Natal (RN), quando as autoridades miraram Giuseppe Bruno, considerado um dos líderes do grupo. Segundo as equipes de investigação, as evidências recolhidas apontam para uma atuação conjunta de Giuseppe Calvaruso e Giuseppe Bruno. Com ação deles, a máfia teria iniciado empreendimentos comerciais lucrativos no Brasil, investindo grandes quantias oriundas de atividades criminosas. Entre elas, extorsões e complexos mecanismos de lavagem de dinheiro. As autoridades italianas acreditam que o valor total investido pelas empresas geridas pelos suspeitos, podem superar os 500 milhões de euros (cerca de R$ 3 bilhões). Quem é Lucas Bove, o deputado estadual em SP acusado pela ex de ‘relacionamento tóxico’ Como foi formada a ação de combate a máfia italiana no Brasil A ação desta semana foi realizada por uma Equipe Conjunta de Investigação (ECI), formada por integrantes do Ministério Público Federal, agentes da Polícia Federal do Brasil, Procuradoria de Palermo, na Itália, da Polícia Italiana, além da Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal, Eurojust. A criação da equipe foi firmada por meio de acordo firmado pela Secretaria de Cooperação Internacional do MPF, seguindo as regras da Convenção de Palermo — instrumento global para combater o crime organizado. MPF denuncia integrante da máfia italiana No dia 17 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou três italianos e seis brasileiros por envolvimento nos crimes de organização criminosa internacional e lavagem de dinheiro para a máfia italiana. Segundo o MPF, a organização criminosa utilizava diferentes empresas de facha e "laranjas" para tentar ocultar o lucro oriundo de crimes como tráfico de drogas, extorsão e homicídio. Entre as empresas fictícias no Brasil, estão identificados um restaurante de luxo em Natal (RN), apartamentos em Cabedelo (PB), uma casa de luxo em um resort em Bananeiras (PB) e um grande loteamento residencial no município de Extremoz (RN). Também foi pedido a manutenção da prisão preventiva dos líderes da máfia. A denúncia foi recebida pela 14ª Vara da Justiça Federal no Rio Grande do Norte.

Oct 12, 2024 - 02:27
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Polícia italiana prende quatro membros da Cosa Nostra suspeitos de crimes no Brasil

Mafiosos atuavam principalmente no Rio Grande do Norte e na Paraíba em atividades ilegais como tráfico de drogas, extorsão, homicídio e lavagem de dinheiro A polícia italiana prendeu nesta segunda-feira quatro membros da Cosa Nostra que mantinham negócios ilegais no Brasil. A ação teve participação do Ministério Público Federal (MPF) brasileiro e do órgão homólogo na Itália. Saiba mais: Homem é preso com 46 esmeraldas avaliadas em até R$ 1 milhão no Centro de SP Caso Cupertino: o que acontece após suspensão de julgamento pela morte de Rafael Miguel; filha está 'dilacerada' As prisões foram decretadas pela Justiça italiana pelos crimes de transferência fraudulenta de valores, extorsão e lavagem de dinheiro, para favorecer importantes famílias mafiosas. Também foi determinado o bloqueio de aproximadamente 350 mil euros (cerca de R$ 2,1 milhões) de bens das nove empresas que operam nos setores imobiliários e restauração na Itália, Suíça e Hong Kong. Os presos foram Giuseppe Calvaruso, 47 anos, Giuseppe Bruno, 51 anos, Giovanni Caruso, 53 anos e Rosa Anna Simoncini, 73 anos, mãe de Bruno. As operações buscam combater a atuação de membros importantes da Cosa Nostra de Palermo em estruturas corporativas na Itália e outros países, incluindo o Brasil, e são um desdobramento das investigações da Operação Arancia, realizada no dia 13 de agosto, em Natal (RN), quando as autoridades miraram Giuseppe Bruno, considerado um dos líderes do grupo. Segundo as equipes de investigação, as evidências recolhidas apontam para uma atuação conjunta de Giuseppe Calvaruso e Giuseppe Bruno. Com ação deles, a máfia teria iniciado empreendimentos comerciais lucrativos no Brasil, investindo grandes quantias oriundas de atividades criminosas. Entre elas, extorsões e complexos mecanismos de lavagem de dinheiro. As autoridades italianas acreditam que o valor total investido pelas empresas geridas pelos suspeitos, podem superar os 500 milhões de euros (cerca de R$ 3 bilhões). Quem é Lucas Bove, o deputado estadual em SP acusado pela ex de ‘relacionamento tóxico’ Como foi formada a ação de combate a máfia italiana no Brasil A ação desta semana foi realizada por uma Equipe Conjunta de Investigação (ECI), formada por integrantes do Ministério Público Federal, agentes da Polícia Federal do Brasil, Procuradoria de Palermo, na Itália, da Polícia Italiana, além da Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal, Eurojust. A criação da equipe foi firmada por meio de acordo firmado pela Secretaria de Cooperação Internacional do MPF, seguindo as regras da Convenção de Palermo — instrumento global para combater o crime organizado. MPF denuncia integrante da máfia italiana No dia 17 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou três italianos e seis brasileiros por envolvimento nos crimes de organização criminosa internacional e lavagem de dinheiro para a máfia italiana. Segundo o MPF, a organização criminosa utilizava diferentes empresas de facha e "laranjas" para tentar ocultar o lucro oriundo de crimes como tráfico de drogas, extorsão e homicídio. Entre as empresas fictícias no Brasil, estão identificados um restaurante de luxo em Natal (RN), apartamentos em Cabedelo (PB), uma casa de luxo em um resort em Bananeiras (PB) e um grande loteamento residencial no município de Extremoz (RN). Também foi pedido a manutenção da prisão preventiva dos líderes da máfia. A denúncia foi recebida pela 14ª Vara da Justiça Federal no Rio Grande do Norte.

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