PF aponta que militares da trama golpista orientavam caminhoneiros e ‘pessoal do agro’ acampados no QG do Exército

Polícia prendeu quatro militares e um policial federal em uma operação que apura um suposto plano dos para matar Lula A Polícia Federal apontou que militares do Batalhão de Operações Especiais do Exércitos os chamados kids pretos, estavam orientando manifestantes que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, após a derrota de Jair Bolsonaro para Lula na eleição de 2022. A PF cita como indício conversas enviadas pelo ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e general Mário Fernandes ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, no fim de 2022. Entenda: Por que a PF não pediu a prisão de Braga Netto? 'Extremamente Grave': Gleisi, Flávio Bolsonaro, Pacheco e mais políticos comentam operação da PF que prendeu 5 por tentativa de golpe “A gente tem procurado orientar tanto o pessoal do agro como os caminhoneiros que estão lá em frente ao QG. Se o presidente pudesse dar um input ali para o Ministério da Justiça para segurar a PF ou para a Defesa alertar o CMP (Comando Militar do Planalto), e, porra, não deixa. Pô, os caminhões estão dentro de área militar, os caras vieram aí, porra, estão há 30 dias aí deixando de produzir pelo Brasil e agora vão ter os caminhões apreendidos. Cara, isso é um absurdo. Então, atento a isso, conversa com o presidente, cara", disse o general a Cid. Ao mandar a mensagem, Fernandes fez referência a decisões judiciais que poderiam atingir o grupo que estava acampado no QG. A PF descreveu Fernandes como um dos militares mais radicais do núcleo de confiança do governo Bolsonaro. Segundo a PF, ele teria tentando convencer o então comandante do Exército, general Freire Gomes, a aderir ao plano golpista e sugerido acionar a Polícia Federal para na tentativa de atingir a credibilidade das urnas eletrônicas após a eleição presidencial. Mais: Grupo suspeito de tramar morte de Lula se identificava por países, como ladrões de banco de série 'La Casa de Papel' Segundo os investigadores, o general comparecia com “frequência” ao acampamento golpista na frente do QG. "As informações apresentam fortes indícios de que MÁRIO FERNANDES, atuando em contexto de ampla capilaridade, promoveu ações de planejamento, coordenação e execução de atos antidemocráticos, inclusive com registros de frequência ao acampamento montado nas adjacências do QG-Ex, e, até mesmo, de relação direta com manifestantes radicais que atuaram no período pós-eleições de 2022", diz a representação da PF. Detalhes da operação A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira quatro militares e um policial federal em uma operação que apura um suposto plano dos “kids pretos” do Exército para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022. As medidas de hoje foram cumpridas como parte do inquérito que apura se houve uma tentativa de golpe de Estado após o resultado da eleição. Quem são: Conheça os 'kids pretos', alvos de operação da PF que apura plano para matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022 Decisão: 'Há robustos e gravíssimos indícios' de plano de executar presidente do TSE com 'técnicas militares e terroristas', diz Moraes A operação mira os “kids pretos”, formado por militares das Forças Especiais. Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas como a proibição de contato entre os investigados, a entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas. A operação tem como alvos militares, um deles ex-assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), e um policial federal. Além de Fernandes, outros alvos são os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrantes dos “Kids pretos”, e o policial federal Wladimir Matos Soares, policial federal.

Nov 19, 2024 - 15:42
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PF aponta que militares da trama golpista orientavam caminhoneiros e ‘pessoal do agro’ acampados no QG do Exército

Polícia prendeu quatro militares e um policial federal em uma operação que apura um suposto plano dos para matar Lula A Polícia Federal apontou que militares do Batalhão de Operações Especiais do Exércitos os chamados kids pretos, estavam orientando manifestantes que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, após a derrota de Jair Bolsonaro para Lula na eleição de 2022. A PF cita como indício conversas enviadas pelo ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e general Mário Fernandes ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, no fim de 2022. Entenda: Por que a PF não pediu a prisão de Braga Netto? 'Extremamente Grave': Gleisi, Flávio Bolsonaro, Pacheco e mais políticos comentam operação da PF que prendeu 5 por tentativa de golpe “A gente tem procurado orientar tanto o pessoal do agro como os caminhoneiros que estão lá em frente ao QG. Se o presidente pudesse dar um input ali para o Ministério da Justiça para segurar a PF ou para a Defesa alertar o CMP (Comando Militar do Planalto), e, porra, não deixa. Pô, os caminhões estão dentro de área militar, os caras vieram aí, porra, estão há 30 dias aí deixando de produzir pelo Brasil e agora vão ter os caminhões apreendidos. Cara, isso é um absurdo. Então, atento a isso, conversa com o presidente, cara", disse o general a Cid. Ao mandar a mensagem, Fernandes fez referência a decisões judiciais que poderiam atingir o grupo que estava acampado no QG. A PF descreveu Fernandes como um dos militares mais radicais do núcleo de confiança do governo Bolsonaro. Segundo a PF, ele teria tentando convencer o então comandante do Exército, general Freire Gomes, a aderir ao plano golpista e sugerido acionar a Polícia Federal para na tentativa de atingir a credibilidade das urnas eletrônicas após a eleição presidencial. Mais: Grupo suspeito de tramar morte de Lula se identificava por países, como ladrões de banco de série 'La Casa de Papel' Segundo os investigadores, o general comparecia com “frequência” ao acampamento golpista na frente do QG. "As informações apresentam fortes indícios de que MÁRIO FERNANDES, atuando em contexto de ampla capilaridade, promoveu ações de planejamento, coordenação e execução de atos antidemocráticos, inclusive com registros de frequência ao acampamento montado nas adjacências do QG-Ex, e, até mesmo, de relação direta com manifestantes radicais que atuaram no período pós-eleições de 2022", diz a representação da PF. Detalhes da operação A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira quatro militares e um policial federal em uma operação que apura um suposto plano dos “kids pretos” do Exército para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2022. As medidas de hoje foram cumpridas como parte do inquérito que apura se houve uma tentativa de golpe de Estado após o resultado da eleição. Quem são: Conheça os 'kids pretos', alvos de operação da PF que apura plano para matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022 Decisão: 'Há robustos e gravíssimos indícios' de plano de executar presidente do TSE com 'técnicas militares e terroristas', diz Moraes A operação mira os “kids pretos”, formado por militares das Forças Especiais. Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas como a proibição de contato entre os investigados, a entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas. A operação tem como alvos militares, um deles ex-assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), e um policial federal. Além de Fernandes, outros alvos são os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrantes dos “Kids pretos”, e o policial federal Wladimir Matos Soares, policial federal.

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