Passagem de ônibus em Niterói vai subir para R$ 5,15, mas subsídio cobrirá parte do aumento
Quem tem bilhete único municipal não vai pagar a diferença; sindicato das empresas diz que valor ainda não é suficiente, apesar de elogiar medida A prefeitura de Niterói acatou a determinação da 7ª Vara Cível da cidade para aumentar a tarifa dos ônibus municipais para R$ 5,15, atendendo a uma ação movida pelos consórcios Transoceânico e Transnit contra o município, em 2022. No entanto, apesar do anúncio, quem mora na cidade não irá sentir no bolso o reajuste, já que está em fase final a negociação que irá subsidiar a diferença de R$ 0,70. Projeto premiado: Parque Orla Piratininga ganha prêmio na Espanha NitBike: Com um em cada dez moradores cadastrados, Niterói amplia serviço De acordo com o secretário de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier, a determinação, que entra em vigor a partir do dia 1º de dezembro, visa a não gerar impacto para a população. A medida, diz, vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 2,5 milhões por mês. Essa resolução só vale para quem possui o bilhete único municipal. Quem for utilizar os transportes públicos da cidade após essa data e pagar em dinheiro vai ter que arcar com o valor integral. Ainda de acordo com Barandier, hoje cerca de 25% das viagens de ônibus são pagas em dinheiro. —É muito importante que as pessoas tenham isso em vista, que o subsídio vale para quem possui o bilhete da cidade. Mas hoje é bem fácil adquirir um cartão, pelo site oficial da Riocard ou, para quem usa o sistema android no celular, baixando o aplicativo. Outro ponto importante é que o desconto da integração entre ônibus e barcas vai continuar valendo — explicou. Francisco Miguel Soares, procurador-geral do município, afirmou que a forma como vai se dar o subsídio está em fase final de ajustes e deve ser anunciado em breve. Ele lembrou que a negociação sobre a medida já estava em curso antes da decisão judicial. —Tivemos cautela com qualquer anúncio nesse sentido por conta do período eleitoral que acabou de se encerrar —disse. O Setrerj, sindicato que representa os consórcios Transoceânico e Transnit, considera a medida anunciada pela prefeitura um avanço na gestão do transporte público. Em nota, a entidade afirmou que a adoção de subsídios na tarifa para beneficiar diretamente os passageiros é uma tendência internacional e uma prática em vigor em mais de 300 cidades do Brasil. “Ao diferenciar a tarifa técnica, que leva em conta os custos de operação, da tarifa pública, a que é cobrada aos usuários, o governo municipal contribui para um transporte cada vez mais inclusivo e acessível à população, especialmente os mais vulneráveis. Mas é importante lembrar que o valor estipulado de R$ 5,15 da tarifa técnica deve ser considerado emergencial, uma vez que ainda não representa todos os custos assumidos pelas empresas durante a pandemia e o congelamento da tarifa, período em que as empresas receberam menos do que deveriam pela operação do sistema de transporte. A decisão, proferida no dia 25 de outubro de 2024 pelo juiz Rafael Rezende das Chagas, fixou o prazo de 30 dias para que o reajuste fosse implementado, sob pena de sanções administrativas.
Quem tem bilhete único municipal não vai pagar a diferença; sindicato das empresas diz que valor ainda não é suficiente, apesar de elogiar medida A prefeitura de Niterói acatou a determinação da 7ª Vara Cível da cidade para aumentar a tarifa dos ônibus municipais para R$ 5,15, atendendo a uma ação movida pelos consórcios Transoceânico e Transnit contra o município, em 2022. No entanto, apesar do anúncio, quem mora na cidade não irá sentir no bolso o reajuste, já que está em fase final a negociação que irá subsidiar a diferença de R$ 0,70. Projeto premiado: Parque Orla Piratininga ganha prêmio na Espanha NitBike: Com um em cada dez moradores cadastrados, Niterói amplia serviço De acordo com o secretário de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier, a determinação, que entra em vigor a partir do dia 1º de dezembro, visa a não gerar impacto para a população. A medida, diz, vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 2,5 milhões por mês. Essa resolução só vale para quem possui o bilhete único municipal. Quem for utilizar os transportes públicos da cidade após essa data e pagar em dinheiro vai ter que arcar com o valor integral. Ainda de acordo com Barandier, hoje cerca de 25% das viagens de ônibus são pagas em dinheiro. —É muito importante que as pessoas tenham isso em vista, que o subsídio vale para quem possui o bilhete da cidade. Mas hoje é bem fácil adquirir um cartão, pelo site oficial da Riocard ou, para quem usa o sistema android no celular, baixando o aplicativo. Outro ponto importante é que o desconto da integração entre ônibus e barcas vai continuar valendo — explicou. Francisco Miguel Soares, procurador-geral do município, afirmou que a forma como vai se dar o subsídio está em fase final de ajustes e deve ser anunciado em breve. Ele lembrou que a negociação sobre a medida já estava em curso antes da decisão judicial. —Tivemos cautela com qualquer anúncio nesse sentido por conta do período eleitoral que acabou de se encerrar —disse. O Setrerj, sindicato que representa os consórcios Transoceânico e Transnit, considera a medida anunciada pela prefeitura um avanço na gestão do transporte público. Em nota, a entidade afirmou que a adoção de subsídios na tarifa para beneficiar diretamente os passageiros é uma tendência internacional e uma prática em vigor em mais de 300 cidades do Brasil. “Ao diferenciar a tarifa técnica, que leva em conta os custos de operação, da tarifa pública, a que é cobrada aos usuários, o governo municipal contribui para um transporte cada vez mais inclusivo e acessível à população, especialmente os mais vulneráveis. Mas é importante lembrar que o valor estipulado de R$ 5,15 da tarifa técnica deve ser considerado emergencial, uma vez que ainda não representa todos os custos assumidos pelas empresas durante a pandemia e o congelamento da tarifa, período em que as empresas receberam menos do que deveriam pela operação do sistema de transporte. A decisão, proferida no dia 25 de outubro de 2024 pelo juiz Rafael Rezende das Chagas, fixou o prazo de 30 dias para que o reajuste fosse implementado, sob pena de sanções administrativas.
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