Biden promete transição de poder 'pacífica e ordenada' nos EUA após vitória de Trump
Democrata, que desistiu de tentar a reeleição, também apelou pela reconciliação entre americanos e disse que resultado deveria enterrar dúvidas sobre processo eleitoral O presidente Joe Biden prometeu nesta quinta-feira garantir uma transição de governo "pacífica e ordenada", afirmando que aceita a escolha feita pelos americanos. Em discurso de tom conciliatório na Casa Branca, o presidente reconheceu a vitória de Donald Trump, falou sobre a dor causada pela derrota de sua vice, Kamala Harris, e pediu aos americanos para que "baixem a temperatura", em referência à polarização que tomou conta do país nos últimos meses. Eleições americanas 2024: Trump deve começar a definir novo Gabinete; acompanhe ao vivo Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo — Ontem, falei com o presidente eleito Trump para parabenizá-lo por sua vitória. E assegurei que direcionarei toda a minha administração para trabalhar com sua equipe para garantir uma transição pacífica e ordeira. É isso que o povo americano merece — disse Biden, que foi recebido no famoso Rose Garden com uma salva de palmas de sua equipe. — Em 20 de janeiro, teremos uma transferência pacífica de poder aqui na América. Em 2020, quando Biden venceu Trump nas urnas, uma onda de apoiadores do republicano invadiu o Capitólio para impedir a oficialização do democrata como presidente. A violência de quatro anos atrás marcou um ponto sem retorno na histórica americana e alimentou temores sobre a futura transição, que ocorrerá em janeiro de 2025. Principalmente quando, durante a corrida eleitoral, Trump costumava ser evasivo sobre aceitar um cenário no qual não saísse vitorioso, argumentando que uma eventual derrota somente seria aceita se decorresse de um "processo justo". Biden convidou Trump para uma reunião na Casa Branca, o que seria o primeiro encontro entre eles desde o desastroso desempenho do presidente no debate contra Trump em junho, que o pressionou a sair da disputa. 'Baixem a temperatura' O presidente observou também que o momento era "para alguns, um tempo de vitória", enquanto, para outros, "um momento de perda". Mas, resignado, enfatizou aquela era a escolha dos americanos e que seu governo a aceitaria: — O país escolhe um ou outro. Nós aceitamos a escolha que o país fez. Eu já disse muitas vezes que você não pode amar seu país somente quando vence — disse. Análise: É a economia, estúpido, que encaminha Trump à Casa Branca e remodela o cenário eleitoral dos EUA E buscando animar sua base, pediu aos democratas que não perdessem a esperança: — Lembrem-se, uma derrota não significa que estamos derrotados. Biden apelou ainda para a união do país, cuja polarização se intensificou ao longo da corrida, dizendo esperar que os americanos pudessem ver uns aos outros como "compatriotas". Também disse que o resultado deveria "deixar de lado" as dúvidas sobre a integridade do sistema eleitoral americano, alimentadas pela recusa de Trump em reconhecer sua própria derrota em 2020 para a democrata. Até hoje ele não a reconheceu. Por fim, elogiou Kamala e sua equipe pela campanha, estruturada em apenas cem dias: — Ela tem um ótimo caráter, um caráter verdadeiro. Ela deu todo o seu coração e esforço, e ela e toda a sua equipe devem estar orgulhosos da campanha que fizeram. Elon Musk, Robert Kennedy Jr, Kevin McCarthy e Mike Pompeo: Quem pode fazer parte do novo governo Trump? No dia anterior, Kamala fez um discurso reconhecendo a derrota. A vice-presidente também prometeu uma transição pacífica de governo, mas enviou recados a Trump, afirmando que não irá "ceder nas lutas que impulsionaram" sua campanha. Para analistas, um tom pensado por Kamala e sua equipe para prepará-la para ser a próxima líder de qualquer resistência que o Partido Democrata consiga reunir em um novo governo Trump. Ambos ligaram para Trump para parabenizá-lo pela vitória. Novo gabinete Os eleitores americanos apoiaram as políticas de extrema direitade Trump e rejeitaram o histórico de Biden e Kamala, especialmente no que se refere à economia e à inflação, segundo as pesquisas de boca-de-urna. Condenado e o homem mais velho a ser eleito presidente do EUA, Trump retornará à Casa Branca após uma vitória eleitoral esmagadora sobre Kamala e com um programa anti-imigração, protecionista e politicamente incorreto que estremece o mundo. Com a contagem ainda pendente em quatro estados, o candidato republicano soma 295 votos no Colégio Eleitoral contra 226 da sua rival. Ele precisava de 270 para vencer. Uma vitória extraordinária após uma campanha na qual foi alvo de duas tentativas de assassinato, quatro acusações e uma condenação criminal. Trump 2.0: Com controle do Congresso e Judiciário 'aliado', Trump deve governar sem contrapesos em novo mandato O presidente eleito está em seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, trabalhando em sua equipe de transição após uma vitória esmagadora que promete um cenário político radicalmente transformado para os Estados Unidos
Democrata, que desistiu de tentar a reeleição, também apelou pela reconciliação entre americanos e disse que resultado deveria enterrar dúvidas sobre processo eleitoral O presidente Joe Biden prometeu nesta quinta-feira garantir uma transição de governo "pacífica e ordenada", afirmando que aceita a escolha feita pelos americanos. Em discurso de tom conciliatório na Casa Branca, o presidente reconheceu a vitória de Donald Trump, falou sobre a dor causada pela derrota de sua vice, Kamala Harris, e pediu aos americanos para que "baixem a temperatura", em referência à polarização que tomou conta do país nos últimos meses. Eleições americanas 2024: Trump deve começar a definir novo Gabinete; acompanhe ao vivo Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo — Ontem, falei com o presidente eleito Trump para parabenizá-lo por sua vitória. E assegurei que direcionarei toda a minha administração para trabalhar com sua equipe para garantir uma transição pacífica e ordeira. É isso que o povo americano merece — disse Biden, que foi recebido no famoso Rose Garden com uma salva de palmas de sua equipe. — Em 20 de janeiro, teremos uma transferência pacífica de poder aqui na América. Em 2020, quando Biden venceu Trump nas urnas, uma onda de apoiadores do republicano invadiu o Capitólio para impedir a oficialização do democrata como presidente. A violência de quatro anos atrás marcou um ponto sem retorno na histórica americana e alimentou temores sobre a futura transição, que ocorrerá em janeiro de 2025. Principalmente quando, durante a corrida eleitoral, Trump costumava ser evasivo sobre aceitar um cenário no qual não saísse vitorioso, argumentando que uma eventual derrota somente seria aceita se decorresse de um "processo justo". Biden convidou Trump para uma reunião na Casa Branca, o que seria o primeiro encontro entre eles desde o desastroso desempenho do presidente no debate contra Trump em junho, que o pressionou a sair da disputa. 'Baixem a temperatura' O presidente observou também que o momento era "para alguns, um tempo de vitória", enquanto, para outros, "um momento de perda". Mas, resignado, enfatizou aquela era a escolha dos americanos e que seu governo a aceitaria: — O país escolhe um ou outro. Nós aceitamos a escolha que o país fez. Eu já disse muitas vezes que você não pode amar seu país somente quando vence — disse. Análise: É a economia, estúpido, que encaminha Trump à Casa Branca e remodela o cenário eleitoral dos EUA E buscando animar sua base, pediu aos democratas que não perdessem a esperança: — Lembrem-se, uma derrota não significa que estamos derrotados. Biden apelou ainda para a união do país, cuja polarização se intensificou ao longo da corrida, dizendo esperar que os americanos pudessem ver uns aos outros como "compatriotas". Também disse que o resultado deveria "deixar de lado" as dúvidas sobre a integridade do sistema eleitoral americano, alimentadas pela recusa de Trump em reconhecer sua própria derrota em 2020 para a democrata. Até hoje ele não a reconheceu. Por fim, elogiou Kamala e sua equipe pela campanha, estruturada em apenas cem dias: — Ela tem um ótimo caráter, um caráter verdadeiro. Ela deu todo o seu coração e esforço, e ela e toda a sua equipe devem estar orgulhosos da campanha que fizeram. Elon Musk, Robert Kennedy Jr, Kevin McCarthy e Mike Pompeo: Quem pode fazer parte do novo governo Trump? No dia anterior, Kamala fez um discurso reconhecendo a derrota. A vice-presidente também prometeu uma transição pacífica de governo, mas enviou recados a Trump, afirmando que não irá "ceder nas lutas que impulsionaram" sua campanha. Para analistas, um tom pensado por Kamala e sua equipe para prepará-la para ser a próxima líder de qualquer resistência que o Partido Democrata consiga reunir em um novo governo Trump. Ambos ligaram para Trump para parabenizá-lo pela vitória. Novo gabinete Os eleitores americanos apoiaram as políticas de extrema direitade Trump e rejeitaram o histórico de Biden e Kamala, especialmente no que se refere à economia e à inflação, segundo as pesquisas de boca-de-urna. Condenado e o homem mais velho a ser eleito presidente do EUA, Trump retornará à Casa Branca após uma vitória eleitoral esmagadora sobre Kamala e com um programa anti-imigração, protecionista e politicamente incorreto que estremece o mundo. Com a contagem ainda pendente em quatro estados, o candidato republicano soma 295 votos no Colégio Eleitoral contra 226 da sua rival. Ele precisava de 270 para vencer. Uma vitória extraordinária após uma campanha na qual foi alvo de duas tentativas de assassinato, quatro acusações e uma condenação criminal. Trump 2.0: Com controle do Congresso e Judiciário 'aliado', Trump deve governar sem contrapesos em novo mandato O presidente eleito está em seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, trabalhando em sua equipe de transição após uma vitória esmagadora que promete um cenário político radicalmente transformado para os Estados Unidos e o mundo. Sua campanha disse em um comunicado no final da quarta-feira que "nos próximos dias e semanas, o presidente Trump estará selecionando pessoal para servir nossa nação sob sua liderança". Com a maioria republicana no Senado e a Câmara se encaminhando também para dar maioria aos republicanos, o novo governo de Trump está pronto para desmantelar grandes partes do legado de Biden — e parece que terá caminho livre para isso. (Com NYT e AFP)
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