Paixão resistente: Racing disputa final continental 25 anos depois de falência
Equipe argentina enfrenta o Cruzeiro pela grande decisão da Sul-Americana, neste sábado O Racing pode escrever o capítulo mais bonito do novo capítulo de sua história, neste sábado. O clube de Avellaneda, na Argentina, vai disputar a primeira final continental, desde que fechou as portas por problemas financeiros. Para chegar ao maior momento de glória pós-falência, será necessário superar o Cruzeiro, às 17h, no estádio General Pablo Rojas Stadium, no Paraguai. Para isso, conta com apoio de quem impediu seu fim: a torcida. Flamengo: Clube apresenta pela primeira vez o projeto da construção do novo estádio Mbappé x PSG: Clube perde prazo e sofre novo revés em briga por R$ 330 milhões de salários e bônus A equipe argentina foi campeã da Libertadores e do Mundial Interclubes em 1967, e faturou a Supercopa Sul-Americana em 1988. Mas nos anos 90, passou por péssimas gestões financeiras. O presidente Daniel Lalín solicitou recuperação judicial e, em 4 de março de 1999, a Câmara de Apelações de La Plata determinou o fim do clube. A promotora Liliana Ripoll fez um anúncio que ficou icônico: “Hoje, o Racing deixou de existir”. Três dias depois, os torcedores do clube conhecido como “La Academia” provaram o contrário. O Racing enfrentaria o Talleres, no seu estádio, o El Cilindro. Mesmo com o cancelamento do jogo, 30 mil pessoas compareceram para manifestar seu amor à instituição. A ação surtiu efeito e a determinação foi revogada, permitindo que o clube virasse uma empresa, a Blanquiceleste SA. Desde então, o 7 de março passou a ser chamado de “Dia da torcida do Racing”. O clube voltou ao modelo associativo em 2008. Torcedor fanático e fundador da filial do Racing no Brasil, o argentino casado com uma brasileira Ezequiel Gelber, de 53 anos, conta que sentiu “como se um familiar tivesse morrido” quando a falência foi decretada. No entanto, não havia tempo para lamentação. Era hora de fazer algo para impedir o fim de sua paixão. — Comecei a me espelhar nessa gente que estava com vontade para lutar. Encontrei torcedores capazes de fazer qualquer coisa para recuperar o Racing. E a partir daí comecei a me movimentar, a participar das marchas. Cheguei até dormir na sede do clube que seria penhorada — recorda ele. Ezequiel com seu filho no estádio El Cilindro Arquivo pessoal Ezequiel viajou ao Paraguai com seu filho para assistir à decisão da Sul-Americana. Depois de presenciar o fim do Racing e contribuir para seu renascimento, ele acredita que não há outra maneira de viver este momento tão especial. A emoção coletiva no El Cilindro, casa da equipe comandada por Gustavo Costas, depois de eliminar o Corinthians e garantir uma vaga na grande decisão do torneio, deu o tom da importância da final para o clube. Muito choro, abraços e comemorações infusivas de torcedores das mais diversas faixas etárias foram captdas pelas imagens feitas. Initial plugin text Para o fundador da filial do Racing no Brasil, a decisão da Sul-Americana tem um simbolizmo enorme. Ele passou pelos piores momentos da La Academia, na espera por este momento. No entanto, a grande conquista para Ezequiel é ver a evolução da instituição no modelo associativo. — É muito emocionante. Depois de tudo vivenciado com o Racing, a falência, a recuperação da democracia no clube, poder votar, escolher, ter um time competitivo e ver o clube crescer do jeito que está crescendo, fazendo sombra ao poder econômico, não tem preço — disse o torcedor.
Equipe argentina enfrenta o Cruzeiro pela grande decisão da Sul-Americana, neste sábado O Racing pode escrever o capítulo mais bonito do novo capítulo de sua história, neste sábado. O clube de Avellaneda, na Argentina, vai disputar a primeira final continental, desde que fechou as portas por problemas financeiros. Para chegar ao maior momento de glória pós-falência, será necessário superar o Cruzeiro, às 17h, no estádio General Pablo Rojas Stadium, no Paraguai. Para isso, conta com apoio de quem impediu seu fim: a torcida. Flamengo: Clube apresenta pela primeira vez o projeto da construção do novo estádio Mbappé x PSG: Clube perde prazo e sofre novo revés em briga por R$ 330 milhões de salários e bônus A equipe argentina foi campeã da Libertadores e do Mundial Interclubes em 1967, e faturou a Supercopa Sul-Americana em 1988. Mas nos anos 90, passou por péssimas gestões financeiras. O presidente Daniel Lalín solicitou recuperação judicial e, em 4 de março de 1999, a Câmara de Apelações de La Plata determinou o fim do clube. A promotora Liliana Ripoll fez um anúncio que ficou icônico: “Hoje, o Racing deixou de existir”. Três dias depois, os torcedores do clube conhecido como “La Academia” provaram o contrário. O Racing enfrentaria o Talleres, no seu estádio, o El Cilindro. Mesmo com o cancelamento do jogo, 30 mil pessoas compareceram para manifestar seu amor à instituição. A ação surtiu efeito e a determinação foi revogada, permitindo que o clube virasse uma empresa, a Blanquiceleste SA. Desde então, o 7 de março passou a ser chamado de “Dia da torcida do Racing”. O clube voltou ao modelo associativo em 2008. Torcedor fanático e fundador da filial do Racing no Brasil, o argentino casado com uma brasileira Ezequiel Gelber, de 53 anos, conta que sentiu “como se um familiar tivesse morrido” quando a falência foi decretada. No entanto, não havia tempo para lamentação. Era hora de fazer algo para impedir o fim de sua paixão. — Comecei a me espelhar nessa gente que estava com vontade para lutar. Encontrei torcedores capazes de fazer qualquer coisa para recuperar o Racing. E a partir daí comecei a me movimentar, a participar das marchas. Cheguei até dormir na sede do clube que seria penhorada — recorda ele. Ezequiel com seu filho no estádio El Cilindro Arquivo pessoal Ezequiel viajou ao Paraguai com seu filho para assistir à decisão da Sul-Americana. Depois de presenciar o fim do Racing e contribuir para seu renascimento, ele acredita que não há outra maneira de viver este momento tão especial. A emoção coletiva no El Cilindro, casa da equipe comandada por Gustavo Costas, depois de eliminar o Corinthians e garantir uma vaga na grande decisão do torneio, deu o tom da importância da final para o clube. Muito choro, abraços e comemorações infusivas de torcedores das mais diversas faixas etárias foram captdas pelas imagens feitas. Initial plugin text Para o fundador da filial do Racing no Brasil, a decisão da Sul-Americana tem um simbolizmo enorme. Ele passou pelos piores momentos da La Academia, na espera por este momento. No entanto, a grande conquista para Ezequiel é ver a evolução da instituição no modelo associativo. — É muito emocionante. Depois de tudo vivenciado com o Racing, a falência, a recuperação da democracia no clube, poder votar, escolher, ter um time competitivo e ver o clube crescer do jeito que está crescendo, fazendo sombra ao poder econômico, não tem preço — disse o torcedor.
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