Novo ciclo: Manchester United busca recomeço com Rúben Amorim
Contratado para lugar de Erik ten Hag, treinador português estreia neste domingo contra o Ipswich Town, pelo Campeonato Inglês O duelo contra o Ipswich Town, neste domingo, às 13h30, no estádio Portman Road, pelo Campeonato Inglês, marca o início de um novo ciclo de um dos mais vitoriosos clubes do mundo, o Manchester United. O treinador português Rúben Amorim faz sua estreia no comando da equipe. Nos últimos 11 anos, os Red Devils passaram pelo mesmo processo por oito vezes — a última “vítima” foi o holandês Erik ten Hag. A esperança é que desta vez seja diferente e que, finalmente, um treinador tenha vida longa após a “era Alex Ferguson”. "Podem e irão acontecer milagres!": Gabigol dá esperança à torcida de que pode permanecer no Flamengo Ronaldo Fenômeno quer presidir a CBF: entenda o processo eleitoral para a instituição O português chega ao clube com a moral lá no alto. Se não bastassem os 89% de aproveitamento com o Sporting-POR na atual temporada, a última impressão deixada foi a melhor possível. No jogo de despedida, goleou um dos grandes rivais do United, o Manchester City, por 4 a 1, pela Liga dos Campeões. Apesar do grande trabalho no futebol português, Amorim sabe que terá pela frente uma liga muito mais forte e competitiva. Ciente do maior desafio de sua curta carreira à beira do campo — de cinco anos — , o ex-jogador explicou como tentará mudar os rumos do United. — Vamos pegar a ideia de jogo do treinador, ligar com a ideia de jogo do clube, de querer ganhar todos os jogos, e juntar com o estilo da Premier League, que é rápida, intensa, de choque e de gols —, disse o treinador em coletiva antes da estreia. O Manchester United vem passando por um processo de mudança desde o início desta temporada. Apesar de o clube seguir nas mãos da família Glazer, o futebol passou para Jim Ratcliffe, presidente e maior acionista do grupo INEOS, potência global da indústria petroquímica. O mandatário não perdeu tempo e “tirou” diretores renomados dos adversários locais para comandar a pasta, como Omar Berrada, do City, e Dan Ashworth, do Newcastle. Para o correspondente da TNT Sports na Inglaterra, Fred Caldeira, a escolha por Amorim para consertar “o primeiro erro da nova gestão”, de manter Ten Hag no cargo por conquistar a FA Cup, foi um acerto. Ele ressaltou que a realidade dos Red Devils não é a mesma da época de Ferguson. — Acho que dos nomes possíveis é o melhor. É preciso encarar a realidade de que, por maior que seja o Manchester United, os treinadores de destaque não passaram por lá nos últimos tempos. Os maiores nomes quando chegaram ao clube pós-Ferguson já estavam em decadência, como Van Gaal e Mourinho, por exemplo. Por isso, o Rúben Amorim é um cara que, para os padrões possíveis, me parece interessante — analisou. Apesar de acreditar no potencial do português, Fred ressalta que ele terá algumas barreira a ultrapassar para conseguir realizar o seu trabalho: num primeiro momento, o elenco todo montado por Ten Hag, e num segundo, o capital necessário para remontá-lo de acordo com seu plano de jogo, diante dos controles financeiros do futebol europeu. A sombra de Ferguson nos vestiários do Old Trafford, estádio do United, também não é fácil de escapar. Fred explica que ela está muito mais ligada ao período de insucesso do clube, que propriamente de uma vontade pela volta do histórico treinador. — É muito mais de uma lembrança de tempos áureos do Manchester United do que uma vontade que ele volte. E já passou muito tempo, né? Então é mais uma pressão para o clube voltar à aquele tamanho, do que "queremos uma cópia formada em carbono do Alex Ferguson", explicou. Ofensivo e seguro Na passagem de quase cinco anos de Amorim pelo Sporting, sua equipe sempre se caracterizou pelo estilo ofensivo, mas sem deixar de ser seguro atrás. Os números expressam bem isso: foram 510 gols marcados e apenas 199 sofridos em 231 jogos. O treinador utilizou duas formações no trabalho, o 3-4-3 e 3-4-2-1, com foco na posse de bola e domínio das ações. Apesar da flexibilidade tática, ele é irredutível quanto ao uso de três zagueiros. As linhas altas de marcação são uma das estratégias de suas equipes.
Contratado para lugar de Erik ten Hag, treinador português estreia neste domingo contra o Ipswich Town, pelo Campeonato Inglês O duelo contra o Ipswich Town, neste domingo, às 13h30, no estádio Portman Road, pelo Campeonato Inglês, marca o início de um novo ciclo de um dos mais vitoriosos clubes do mundo, o Manchester United. O treinador português Rúben Amorim faz sua estreia no comando da equipe. Nos últimos 11 anos, os Red Devils passaram pelo mesmo processo por oito vezes — a última “vítima” foi o holandês Erik ten Hag. A esperança é que desta vez seja diferente e que, finalmente, um treinador tenha vida longa após a “era Alex Ferguson”. "Podem e irão acontecer milagres!": Gabigol dá esperança à torcida de que pode permanecer no Flamengo Ronaldo Fenômeno quer presidir a CBF: entenda o processo eleitoral para a instituição O português chega ao clube com a moral lá no alto. Se não bastassem os 89% de aproveitamento com o Sporting-POR na atual temporada, a última impressão deixada foi a melhor possível. No jogo de despedida, goleou um dos grandes rivais do United, o Manchester City, por 4 a 1, pela Liga dos Campeões. Apesar do grande trabalho no futebol português, Amorim sabe que terá pela frente uma liga muito mais forte e competitiva. Ciente do maior desafio de sua curta carreira à beira do campo — de cinco anos — , o ex-jogador explicou como tentará mudar os rumos do United. — Vamos pegar a ideia de jogo do treinador, ligar com a ideia de jogo do clube, de querer ganhar todos os jogos, e juntar com o estilo da Premier League, que é rápida, intensa, de choque e de gols —, disse o treinador em coletiva antes da estreia. O Manchester United vem passando por um processo de mudança desde o início desta temporada. Apesar de o clube seguir nas mãos da família Glazer, o futebol passou para Jim Ratcliffe, presidente e maior acionista do grupo INEOS, potência global da indústria petroquímica. O mandatário não perdeu tempo e “tirou” diretores renomados dos adversários locais para comandar a pasta, como Omar Berrada, do City, e Dan Ashworth, do Newcastle. Para o correspondente da TNT Sports na Inglaterra, Fred Caldeira, a escolha por Amorim para consertar “o primeiro erro da nova gestão”, de manter Ten Hag no cargo por conquistar a FA Cup, foi um acerto. Ele ressaltou que a realidade dos Red Devils não é a mesma da época de Ferguson. — Acho que dos nomes possíveis é o melhor. É preciso encarar a realidade de que, por maior que seja o Manchester United, os treinadores de destaque não passaram por lá nos últimos tempos. Os maiores nomes quando chegaram ao clube pós-Ferguson já estavam em decadência, como Van Gaal e Mourinho, por exemplo. Por isso, o Rúben Amorim é um cara que, para os padrões possíveis, me parece interessante — analisou. Apesar de acreditar no potencial do português, Fred ressalta que ele terá algumas barreira a ultrapassar para conseguir realizar o seu trabalho: num primeiro momento, o elenco todo montado por Ten Hag, e num segundo, o capital necessário para remontá-lo de acordo com seu plano de jogo, diante dos controles financeiros do futebol europeu. A sombra de Ferguson nos vestiários do Old Trafford, estádio do United, também não é fácil de escapar. Fred explica que ela está muito mais ligada ao período de insucesso do clube, que propriamente de uma vontade pela volta do histórico treinador. — É muito mais de uma lembrança de tempos áureos do Manchester United do que uma vontade que ele volte. E já passou muito tempo, né? Então é mais uma pressão para o clube voltar à aquele tamanho, do que "queremos uma cópia formada em carbono do Alex Ferguson", explicou. Ofensivo e seguro Na passagem de quase cinco anos de Amorim pelo Sporting, sua equipe sempre se caracterizou pelo estilo ofensivo, mas sem deixar de ser seguro atrás. Os números expressam bem isso: foram 510 gols marcados e apenas 199 sofridos em 231 jogos. O treinador utilizou duas formações no trabalho, o 3-4-3 e 3-4-2-1, com foco na posse de bola e domínio das ações. Apesar da flexibilidade tática, ele é irredutível quanto ao uso de três zagueiros. As linhas altas de marcação são uma das estratégias de suas equipes.
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