Paes volta a apostar na Zona Oeste na reta final da campanha e a vincular Ramagem a Castro: 'Tentou se distanciar'
Prefeito alfinetou o principal rival, que classificou o trabalho na segurança do governador e correligionário como 'medíocre' durante o debate da TV Globo A três dias da eleição, o prefeito Eduardo Paes (PSD) escolheu mais uma vez a Zona Oeste como cenário para a reta final de campanha. Em visita à Escola Municipal Roberto Campos, em Santa Cruz, que obteve a melhor avaliação da cidade no Ideb, o político rebateu às críticas de seus oponentes no debate desta quinta-feira na TV Globo. — Apesar de todas as grosserias que se ouviram ontem, muitas sobre a rede municipal de ensino, a gente tem muito orgulho do que alcançou nesse mandato — disse Paes. Ainda sobre o debate, ele foi questionado se adotou um tom mais brando com Tarcísio Motta (PSOL), numa possível cruzada pelo voto útil da esquerda em meio à disputa com Alexandre Ramagem (PL), o que negou: — Acho que fui leve com todos. Respeito muito o deputado Tarcísio, tenho uma relação muito boa com ele. Quem nos respeita, a gente devolve com respeito. Para o candidato à reeleição, o encontro tinha um sentido mais propositivo e de menos embate, como se desenhou. — Tentei apresentar propostas. Não é fácil chegar a um debate como prefeito, e todos te atacando. Acho que se perdeu muito tempo discutindo temas que não são de interesse da população, como se o sujeito é de direita ou esquerda — avaliou. Outra repercussão do debate foi a fala de Alexandre Ramagem (PL), que definiu como “medíocre” a gestão de segurança do governo do estado. Sobre o tema, Paes lembrou que o adversário tinha dado nota 7 para a gestão, e definiu como uma tentativa em vão de se distanciar do governador Cláudio Castro, também do PL. — Ele sabe que a segurança pública é uma responsabilidade do padrinho político dele. E, ontem, com essa adjetivação, tentou se distanciar. Mas é impossível, eles são a mesma coisa. Ramagem é Cláudio Castro, Cláudio Castro é Ramagem. Essa tragédia que eles fazem do estado não vão conseguir na prefeitura — alfinetou Paes. Acompanhado do secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, e do candidato a vice Eduardo Cavalieri, o mandatário percorreu algumas salas e conversou com professores alunos. Numa delas, em meio a uma dinâmica das crianças para dizerem o que era “Fato” ou “Opinião”, brincou com os pequenos sobre ser “o melhor prefeito”. Ozempic Após nota da farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, afirmando que o medicamento é recomendado para tratamento de adultos com diabetes tipo 2, e que contraindica o uso “em desacordo com a bula”, Paes reiterou a promessa feita em entrevista à Ema Jurema, do jornal Extra. Ele lembrou que a empresa inclusive já desenvolveu uma linha similar para o emagrecimento. — Não está no meu programa de governo, o que eu fiz foi um comentário de que usei para emagrecer. Mas obesidade é uma questão de saúde, tem que ser tratada seriamente. Tem um monte de gente usando Ozempic para isso. É superpositivo. Existe o que é para diabetes, e tem um similar para emagrecimento. Vamos quebrar a patente deles e disponibilizar o genérico para a população — prometeu. Ofensiva na Zona Oeste Uma das principais estratégias do candidato à reeleição foi a de reforçar sua presença na Zona Oeste. Semanalmente, desde julho, ele tem despachado do palácio no Parque Oeste, em Inhoaíba, além de ter centrado na região as agendas de corpo a corpo com o eleitorado. Apesar de liderar com folga nas pesquisas de intenção de voto, Paes já recebeu sinais de alerta. Foi na Zona Oeste que o prefeito teve o pior desempenho nas eleições de 2020. Naquele primeiro turno ele perdeu para o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) em cinco Zonas Eleitorais no Rio, sendo quatro em bairros da região. Em Campo Grande, bairro mais populoso do Rio, o político tenta capitanear os louros da principal obra em parceria com o governo federal: o Anel Viário. Região que mais cresceu na cidade na última década, a Zona Oeste foi um dos territórios mais disputados nessas eleições. Buscando se consolidar e ampliar suas fatias entre os quase dois milhões de eleitores da região — o equivalente a 38% da cidade —, os candidatos à prefeitura intensificaram seus compromissos na área. Com 42 bairros, a Zona Oeste é um território diverso, marcado pela disputa de território pelo crime organizado e que viveu um boom imobiliário. O eleitorado é heterogêneo, o que obriga as campanhas a traçarem estratégias distintas para tentar atrair o voto de seus moradores.
Prefeito alfinetou o principal rival, que classificou o trabalho na segurança do governador e correligionário como 'medíocre' durante o debate da TV Globo A três dias da eleição, o prefeito Eduardo Paes (PSD) escolheu mais uma vez a Zona Oeste como cenário para a reta final de campanha. Em visita à Escola Municipal Roberto Campos, em Santa Cruz, que obteve a melhor avaliação da cidade no Ideb, o político rebateu às críticas de seus oponentes no debate desta quinta-feira na TV Globo. — Apesar de todas as grosserias que se ouviram ontem, muitas sobre a rede municipal de ensino, a gente tem muito orgulho do que alcançou nesse mandato — disse Paes. Ainda sobre o debate, ele foi questionado se adotou um tom mais brando com Tarcísio Motta (PSOL), numa possível cruzada pelo voto útil da esquerda em meio à disputa com Alexandre Ramagem (PL), o que negou: — Acho que fui leve com todos. Respeito muito o deputado Tarcísio, tenho uma relação muito boa com ele. Quem nos respeita, a gente devolve com respeito. Para o candidato à reeleição, o encontro tinha um sentido mais propositivo e de menos embate, como se desenhou. — Tentei apresentar propostas. Não é fácil chegar a um debate como prefeito, e todos te atacando. Acho que se perdeu muito tempo discutindo temas que não são de interesse da população, como se o sujeito é de direita ou esquerda — avaliou. Outra repercussão do debate foi a fala de Alexandre Ramagem (PL), que definiu como “medíocre” a gestão de segurança do governo do estado. Sobre o tema, Paes lembrou que o adversário tinha dado nota 7 para a gestão, e definiu como uma tentativa em vão de se distanciar do governador Cláudio Castro, também do PL. — Ele sabe que a segurança pública é uma responsabilidade do padrinho político dele. E, ontem, com essa adjetivação, tentou se distanciar. Mas é impossível, eles são a mesma coisa. Ramagem é Cláudio Castro, Cláudio Castro é Ramagem. Essa tragédia que eles fazem do estado não vão conseguir na prefeitura — alfinetou Paes. Acompanhado do secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, e do candidato a vice Eduardo Cavalieri, o mandatário percorreu algumas salas e conversou com professores alunos. Numa delas, em meio a uma dinâmica das crianças para dizerem o que era “Fato” ou “Opinião”, brincou com os pequenos sobre ser “o melhor prefeito”. Ozempic Após nota da farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, afirmando que o medicamento é recomendado para tratamento de adultos com diabetes tipo 2, e que contraindica o uso “em desacordo com a bula”, Paes reiterou a promessa feita em entrevista à Ema Jurema, do jornal Extra. Ele lembrou que a empresa inclusive já desenvolveu uma linha similar para o emagrecimento. — Não está no meu programa de governo, o que eu fiz foi um comentário de que usei para emagrecer. Mas obesidade é uma questão de saúde, tem que ser tratada seriamente. Tem um monte de gente usando Ozempic para isso. É superpositivo. Existe o que é para diabetes, e tem um similar para emagrecimento. Vamos quebrar a patente deles e disponibilizar o genérico para a população — prometeu. Ofensiva na Zona Oeste Uma das principais estratégias do candidato à reeleição foi a de reforçar sua presença na Zona Oeste. Semanalmente, desde julho, ele tem despachado do palácio no Parque Oeste, em Inhoaíba, além de ter centrado na região as agendas de corpo a corpo com o eleitorado. Apesar de liderar com folga nas pesquisas de intenção de voto, Paes já recebeu sinais de alerta. Foi na Zona Oeste que o prefeito teve o pior desempenho nas eleições de 2020. Naquele primeiro turno ele perdeu para o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) em cinco Zonas Eleitorais no Rio, sendo quatro em bairros da região. Em Campo Grande, bairro mais populoso do Rio, o político tenta capitanear os louros da principal obra em parceria com o governo federal: o Anel Viário. Região que mais cresceu na cidade na última década, a Zona Oeste foi um dos territórios mais disputados nessas eleições. Buscando se consolidar e ampliar suas fatias entre os quase dois milhões de eleitores da região — o equivalente a 38% da cidade —, os candidatos à prefeitura intensificaram seus compromissos na área. Com 42 bairros, a Zona Oeste é um território diverso, marcado pela disputa de território pelo crime organizado e que viveu um boom imobiliário. O eleitorado é heterogêneo, o que obriga as campanhas a traçarem estratégias distintas para tentar atrair o voto de seus moradores.
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