Água quente antiga descoberta em Marte aponta para um passado habitável no planeta; entenda

Pesquisadores analisaram amostra de meteorito marciano de mais de quatro bilhões de anos Um novo estudo conduzido pela Universidade Curtin, na Austrália, descobriu o que pode ser a mais antiga evidência direta de atividade de água quente em Marte. Para os pesquisadores, o achado aponta que o planeta pode ter sido habitável em algum momento de seu passado. O trabalho foi publicado na revista científica Science Advances. Os responsáveis analisaram um grão de zircão, um mineral muito encontrado em rochas, extraído do famoso meteorito marciano NWA7034. Também conhecido como Black Beauty, ele foi descoberto no Marrocos e é considerado um dos mais antigos meteoritos de Marte já encontrados na Terra, estimado de cerca de 4,45 bilhões de anos. Na análise, os cientistas encontraram “impressões digitais” geoquímicas de fluidos ricos em água. Para o coautor do estudo, pesquisador da Escola de Ciências de Terra e Planetárias da universidade, Aaron Cavosie, a descoberta abre novos caminhos para a compreensão de antigos sistemas hidrotermais em Marte associados ao magmatismo, bem como da habitabilidade do planeta no passado. “Usamos a geoquímica em escala nanométrica para detectar evidências elementares de água quente em Marte há 4,45 bilhões de anos. Os sistemas hidrotermais foram essenciais para o desenvolvimento da vida na Terra, e nossas descobertas sugerem que Marte também tinha água, um ingrediente fundamental para ambientes habitáveis, durante a história mais antiga da formação da crosta”, explica o cientista em comunicado. Segundo Cavosie, a pesquisa também mostra que, apesar de a crosta de Marte ter sofrido impactos maciços de meteoritos que causaram grandes perturbações na superfície, a água estava presente durante o início do período pré-Noachiano, de mais de 4,1 bilhões de anos atrás. “Esse novo estudo nos leva a um passo adiante na compreensão do início de Marte, identificando sinais reveladores de fluidos ricos em água quando o grão se formou, fornecendo marcadores geoquímicos de água na crosta marciana mais antiga conhecida”, diz.

Nov 24, 2024 - 05:57
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Água quente antiga descoberta em Marte aponta para um passado habitável no planeta; entenda

Pesquisadores analisaram amostra de meteorito marciano de mais de quatro bilhões de anos Um novo estudo conduzido pela Universidade Curtin, na Austrália, descobriu o que pode ser a mais antiga evidência direta de atividade de água quente em Marte. Para os pesquisadores, o achado aponta que o planeta pode ter sido habitável em algum momento de seu passado. O trabalho foi publicado na revista científica Science Advances. Os responsáveis analisaram um grão de zircão, um mineral muito encontrado em rochas, extraído do famoso meteorito marciano NWA7034. Também conhecido como Black Beauty, ele foi descoberto no Marrocos e é considerado um dos mais antigos meteoritos de Marte já encontrados na Terra, estimado de cerca de 4,45 bilhões de anos. Na análise, os cientistas encontraram “impressões digitais” geoquímicas de fluidos ricos em água. Para o coautor do estudo, pesquisador da Escola de Ciências de Terra e Planetárias da universidade, Aaron Cavosie, a descoberta abre novos caminhos para a compreensão de antigos sistemas hidrotermais em Marte associados ao magmatismo, bem como da habitabilidade do planeta no passado. “Usamos a geoquímica em escala nanométrica para detectar evidências elementares de água quente em Marte há 4,45 bilhões de anos. Os sistemas hidrotermais foram essenciais para o desenvolvimento da vida na Terra, e nossas descobertas sugerem que Marte também tinha água, um ingrediente fundamental para ambientes habitáveis, durante a história mais antiga da formação da crosta”, explica o cientista em comunicado. Segundo Cavosie, a pesquisa também mostra que, apesar de a crosta de Marte ter sofrido impactos maciços de meteoritos que causaram grandes perturbações na superfície, a água estava presente durante o início do período pré-Noachiano, de mais de 4,1 bilhões de anos atrás. “Esse novo estudo nos leva a um passo adiante na compreensão do início de Marte, identificando sinais reveladores de fluidos ricos em água quando o grão se formou, fornecendo marcadores geoquímicos de água na crosta marciana mais antiga conhecida”, diz.

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