Ministro de Minas e Energia defende conclusão das obras de Angra 3: 'Nós temos que terminar”

Segundo Alexandre Silveira, a usina precisa deixar de ser um “mausoléu” O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender nesta sexta-feira que as obras da Usina Nuclear de Angra 3 sejam concluídas. Segundo o ministro, a energia nuclear terá um papel importante na transição energética brasileira. — Nós temos que olhar a cadeia nuclear além de Angra 1, Angra 2, e aquele mausoléu que nós vamos deixar de ser em Angra 3, que nós temos que terminar, nós temos que olhar a cadeia já olhando os pequenos reatores nucleares. Em um país continental como o Brasil não há energia limpa e renovável sem essa fonte energética — afirmou Silveira em entrevista coletiva. A construção de Angra 3 iniciou em 1981, e foi paralisada diversas vezes por aumentos de custos nas obras. A usina, que foi alvo de um esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato, já consumiu investimentos de R$ 8 bilhões e tem apenas 65% das obras físicas concluídas. O MME estima que a conclusão de Angra 3 demandaria aproximadamente R$ 20 bilhões. Estes custos seriam repassados aos consumidores das distribuidoras de energia e pagos no valor da venda da energia ao mercado. Nesta sexta-feira , o ministro participou do evento de lançamento do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034. Segundo estimativas do ministério, o setor de energia poderá receber cerca de R$ 3,2 trilhões em investimentos na próxima década. Segundo o ministro, esses investimentos serão destinados principalmente às energias renováveis. — A estimativa de injeção é de R$ 3,2 trilhões em nossas áreas de atuação, em petróleo, gás, biocombustíveis, nas linhas de transmissão, na geração de energia, na produção de combustíveis, essa é a nova indústria que focamos, a indústria verde. É isso que torna a nossa transição energética justa e inclusiva — destacou o ministro. A estimativa é que, até 2030, a participação de energias renováveis na matriz energética nacional permaneça próxima de 50% ao longo de todo o horizonte projetado.

Nov 8, 2024 - 12:04
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Ministro de Minas e Energia defende conclusão das obras de Angra 3: 'Nós temos que terminar”

Segundo Alexandre Silveira, a usina precisa deixar de ser um “mausoléu” O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender nesta sexta-feira que as obras da Usina Nuclear de Angra 3 sejam concluídas. Segundo o ministro, a energia nuclear terá um papel importante na transição energética brasileira. — Nós temos que olhar a cadeia nuclear além de Angra 1, Angra 2, e aquele mausoléu que nós vamos deixar de ser em Angra 3, que nós temos que terminar, nós temos que olhar a cadeia já olhando os pequenos reatores nucleares. Em um país continental como o Brasil não há energia limpa e renovável sem essa fonte energética — afirmou Silveira em entrevista coletiva. A construção de Angra 3 iniciou em 1981, e foi paralisada diversas vezes por aumentos de custos nas obras. A usina, que foi alvo de um esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato, já consumiu investimentos de R$ 8 bilhões e tem apenas 65% das obras físicas concluídas. O MME estima que a conclusão de Angra 3 demandaria aproximadamente R$ 20 bilhões. Estes custos seriam repassados aos consumidores das distribuidoras de energia e pagos no valor da venda da energia ao mercado. Nesta sexta-feira , o ministro participou do evento de lançamento do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034. Segundo estimativas do ministério, o setor de energia poderá receber cerca de R$ 3,2 trilhões em investimentos na próxima década. Segundo o ministro, esses investimentos serão destinados principalmente às energias renováveis. — A estimativa de injeção é de R$ 3,2 trilhões em nossas áreas de atuação, em petróleo, gás, biocombustíveis, nas linhas de transmissão, na geração de energia, na produção de combustíveis, essa é a nova indústria que focamos, a indústria verde. É isso que torna a nossa transição energética justa e inclusiva — destacou o ministro. A estimativa é que, até 2030, a participação de energias renováveis na matriz energética nacional permaneça próxima de 50% ao longo de todo o horizonte projetado.

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