Mesmo com apoio de Zema e Kalil, Tramonte desidrata na reta final e fica em terceiro lugar em Belo Horizonte
Candidato pelo Republicanos largou à frente nas pesquisas de intenção de voto na capital mineira Líder nas pesquisas em todo o período eleitoral, o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) sofreu uma verdadeira desidratação na reta final e ficou de fora do primeiro turno em Belo Horizonte. Às 19h46 deste domingo, com 93,27% das urnas apurada, ele tem 15,09% dos votos e já consolida o terceiro lugar. Logo após a divulgação, em entrevista à Band, o presidente municipal do Republicanos, Gilberto Abramo, minimizou o impacto do resultado: — Nós nos reuniremos coma Executiva para ver qual caminho iremos tomar, mas estamos felizes que estávamos em quinto lugar e não esperávamos que ele chegasse a terceiro. Diante dos ataques da esquerda e da extrema-direita para tentar desconstruir a candidatura, saímos vitoriosos — disse. Apresentador do programa "Balanço Geral", da Record TV, nos últimos 16 anos, ele chegou a ter 30% das intenções de voto em agosto, mas vinha sofrendo recuos. Ele inclusive adotou o slogan "a voz do povo" em referência a sua carreira na televisão. O fenômeno que ocorreu com Tramonte já se deu com outros apresentadores de televisão que vieram a tentar o Executivo municipal de capitais. Em 2020, Celso Russomanno terminou também em quinto lugar, com 10,5% do eleitorado. Deputado estadual há dois mandatos, o político não tinha uma trajetória tão expressiva na Assembleia Legislativa e gerou uma surpresa geral ao resolver, de fato, concorrer. Em maio deste ano, nos corredores da Casa, todos especulavam que ele jamais se afastaria da televisão para disputar. Na empreitada, contudo, angariou dois importantes apoios de caciques mineiros que são rivais na esfera local — o governador Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito Alexandre Kalil. A derrota nas urnas demonstra uma fraqueza para os dois, mas principalmente para Kalil, que esteve em diversas agendas de campanha com o candidato. No caso do ex-prefeito, todavia, não é a primeira vez que perde em Belo Horizonte. Nas eleições de 2022, quando disputou o governo do estado contra Zema, Kalil teve 42,54% dos votos válidos na capital mineira, contra 46,56% do governador. A demonstração de fraqueza do candidato nas urnas também data das eleições de 2022, quando se reelegeu com uma queda expressiva de votos. Em 2018, obteve 516 mil votos, quantia que foi para 110 mil quatro anos depois. Ao longo da campanha, ele atribuía a desidratação à polarização nacional entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), da qual busca escapar. Publicamente, Tramonte se diz de centro.
Candidato pelo Republicanos largou à frente nas pesquisas de intenção de voto na capital mineira Líder nas pesquisas em todo o período eleitoral, o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) sofreu uma verdadeira desidratação na reta final e ficou de fora do primeiro turno em Belo Horizonte. Às 19h46 deste domingo, com 93,27% das urnas apurada, ele tem 15,09% dos votos e já consolida o terceiro lugar. Logo após a divulgação, em entrevista à Band, o presidente municipal do Republicanos, Gilberto Abramo, minimizou o impacto do resultado: — Nós nos reuniremos coma Executiva para ver qual caminho iremos tomar, mas estamos felizes que estávamos em quinto lugar e não esperávamos que ele chegasse a terceiro. Diante dos ataques da esquerda e da extrema-direita para tentar desconstruir a candidatura, saímos vitoriosos — disse. Apresentador do programa "Balanço Geral", da Record TV, nos últimos 16 anos, ele chegou a ter 30% das intenções de voto em agosto, mas vinha sofrendo recuos. Ele inclusive adotou o slogan "a voz do povo" em referência a sua carreira na televisão. O fenômeno que ocorreu com Tramonte já se deu com outros apresentadores de televisão que vieram a tentar o Executivo municipal de capitais. Em 2020, Celso Russomanno terminou também em quinto lugar, com 10,5% do eleitorado. Deputado estadual há dois mandatos, o político não tinha uma trajetória tão expressiva na Assembleia Legislativa e gerou uma surpresa geral ao resolver, de fato, concorrer. Em maio deste ano, nos corredores da Casa, todos especulavam que ele jamais se afastaria da televisão para disputar. Na empreitada, contudo, angariou dois importantes apoios de caciques mineiros que são rivais na esfera local — o governador Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito Alexandre Kalil. A derrota nas urnas demonstra uma fraqueza para os dois, mas principalmente para Kalil, que esteve em diversas agendas de campanha com o candidato. No caso do ex-prefeito, todavia, não é a primeira vez que perde em Belo Horizonte. Nas eleições de 2022, quando disputou o governo do estado contra Zema, Kalil teve 42,54% dos votos válidos na capital mineira, contra 46,56% do governador. A demonstração de fraqueza do candidato nas urnas também data das eleições de 2022, quando se reelegeu com uma queda expressiva de votos. Em 2018, obteve 516 mil votos, quantia que foi para 110 mil quatro anos depois. Ao longo da campanha, ele atribuía a desidratação à polarização nacional entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), da qual busca escapar. Publicamente, Tramonte se diz de centro.
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