Meninos mortos ao dividir bombom envenenado se conheceram na creche e não se separavam, diz mãe de um deles
Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7, compartilharam doce dado por mulher em 30 de setembro Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7. Uma amizade que começou na creche, onde se conheceram, há cerca de 5 anos, e continuou na nova escola quando começou a alfabetização. Os dois meninos, que moravam perto, e não se desgrudavam, tiveram o mesmo fim trágico ao repartir um bombom envenenado no último dia 30 de setembro, oferecido na rua por uma mulher, ainda não identificada, que passou numa motocicleta. Doce oferecido por mulher: Bombom envenenado com chumbinho matou criança, comprova laudo; amigo também morreu Suspeita ainda é procurada: Morre segundo menino que comeu bombom supostamente envenenado na Zona Norte do Rio O exame toxicológico no corpo de Ythallo confirmou que o bombom estava envenenado com terbufós, substância encontrada no veneno chumbinho, de venda proibida e usado para matar ratos. O garoto morreu no mesmo dia que comeu o pedaço do chocolate. Benjamim teve a morte confirmada nesta quarta-feira. A amizade das duas crianças extrapolava as paredes e muros da Escola municipal Rosthan Pedro de Farias, em Cavalcante, na Zona Norte do Rio, onde foram estudar no ano passado. Os dois moravam na comunidade Primavera, no mesmo bairro. As famílias também eram próximas. Uma tia de Benjamim é madrinha de uma das irmãs de Ythallo. No dia que recebeu o bombom envenenado das mãos de uma desconhecida, Ythallo pedalava numa bicicleta que ganhou da avó do amigo. — Os dois estavam sempre juntos. Onde se viam, se abraçavam. A avó do Benjamim tinha dado uma bicicleta usada para o Ythallo, que quebrou. Então, ela deu outra — contou Monique Tobias, de 28 anos, mãe de Ythallo. Monique disse que, naquele dia, o filho tinha ido buscar o presente da avó do amigo, acompanhado pelo primo Kauã, e na volta parou em um borracheiro para encher o pneu da bicicleta. Quando ia para casa, encontrou com a mulher que, primeiramente, ofereceu o bombom a Kauã, que recusou. Então, ela se direcionou a Ythallo, que aceitou. O menino comeu um pedaço do bombom e a outra parte trocou por um pouco de açaí com Benjamim, com quem encontrou no caminho. Pouco depois, as duas crianças começaram a passar mal. Inicialmente, foram atendidas na UPA de Del Castilho, onde Ythallo morreu. Benjamim foi transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, e ficou em estado grave. Após quase dez dias de internação, sua morte foi confirmada nesta quarta-feira. Ythallo é descrito pela mãe como um menino cheio de sonhos. Queria crescer logo para ajudar o pai, que trabalha na loja de móveis. Também dizia que seria bombeiro. Era flamenguista por influência da família. Segundo a mãe, o filho estava animado com o churrasco que ela tinha prometido fazer para comemorar os seus 7 anos, no próximo dia 25. — Ele estava muito animado e convidando as pessoas — contou. Monique, que tem, também, outros filhos — dois meninos e uma menina — disse que o pior momento é à noite, quando vê todos dormindo e percebe que está faltando um. — Tem sido difícil. Vejo todos dormindo, menos ele, aí bate uma saudade. É uma dor que não sei como explicar — lamenta a mãe, cujo último emprego foi num lava-jato e hoje faz unhas em casa, para ajudar nas despesas do lar. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e a 44ª DP (Inhaúma), que inicialmente ficou à frente do caso, reuniram imagens de câmeras do local onde a mulher ofereceu o bombom envenenado. Atualmente, investigadores da especializada analisam os conteúdos das gravações para tentar identificar a responsável pelas duas mortes e a motivação do crime.
Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7, compartilharam doce dado por mulher em 30 de setembro Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7. Uma amizade que começou na creche, onde se conheceram, há cerca de 5 anos, e continuou na nova escola quando começou a alfabetização. Os dois meninos, que moravam perto, e não se desgrudavam, tiveram o mesmo fim trágico ao repartir um bombom envenenado no último dia 30 de setembro, oferecido na rua por uma mulher, ainda não identificada, que passou numa motocicleta. Doce oferecido por mulher: Bombom envenenado com chumbinho matou criança, comprova laudo; amigo também morreu Suspeita ainda é procurada: Morre segundo menino que comeu bombom supostamente envenenado na Zona Norte do Rio O exame toxicológico no corpo de Ythallo confirmou que o bombom estava envenenado com terbufós, substância encontrada no veneno chumbinho, de venda proibida e usado para matar ratos. O garoto morreu no mesmo dia que comeu o pedaço do chocolate. Benjamim teve a morte confirmada nesta quarta-feira. A amizade das duas crianças extrapolava as paredes e muros da Escola municipal Rosthan Pedro de Farias, em Cavalcante, na Zona Norte do Rio, onde foram estudar no ano passado. Os dois moravam na comunidade Primavera, no mesmo bairro. As famílias também eram próximas. Uma tia de Benjamim é madrinha de uma das irmãs de Ythallo. No dia que recebeu o bombom envenenado das mãos de uma desconhecida, Ythallo pedalava numa bicicleta que ganhou da avó do amigo. — Os dois estavam sempre juntos. Onde se viam, se abraçavam. A avó do Benjamim tinha dado uma bicicleta usada para o Ythallo, que quebrou. Então, ela deu outra — contou Monique Tobias, de 28 anos, mãe de Ythallo. Monique disse que, naquele dia, o filho tinha ido buscar o presente da avó do amigo, acompanhado pelo primo Kauã, e na volta parou em um borracheiro para encher o pneu da bicicleta. Quando ia para casa, encontrou com a mulher que, primeiramente, ofereceu o bombom a Kauã, que recusou. Então, ela se direcionou a Ythallo, que aceitou. O menino comeu um pedaço do bombom e a outra parte trocou por um pouco de açaí com Benjamim, com quem encontrou no caminho. Pouco depois, as duas crianças começaram a passar mal. Inicialmente, foram atendidas na UPA de Del Castilho, onde Ythallo morreu. Benjamim foi transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, e ficou em estado grave. Após quase dez dias de internação, sua morte foi confirmada nesta quarta-feira. Ythallo é descrito pela mãe como um menino cheio de sonhos. Queria crescer logo para ajudar o pai, que trabalha na loja de móveis. Também dizia que seria bombeiro. Era flamenguista por influência da família. Segundo a mãe, o filho estava animado com o churrasco que ela tinha prometido fazer para comemorar os seus 7 anos, no próximo dia 25. — Ele estava muito animado e convidando as pessoas — contou. Monique, que tem, também, outros filhos — dois meninos e uma menina — disse que o pior momento é à noite, quando vê todos dormindo e percebe que está faltando um. — Tem sido difícil. Vejo todos dormindo, menos ele, aí bate uma saudade. É uma dor que não sei como explicar — lamenta a mãe, cujo último emprego foi num lava-jato e hoje faz unhas em casa, para ajudar nas despesas do lar. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e a 44ª DP (Inhaúma), que inicialmente ficou à frente do caso, reuniram imagens de câmeras do local onde a mulher ofereceu o bombom envenenado. Atualmente, investigadores da especializada analisam os conteúdos das gravações para tentar identificar a responsável pelas duas mortes e a motivação do crime.
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