Maria Gladys conta que está há anos sem ver a neta, a atriz de Hollywood Mia Goth, e diz ser a favor da legalização da maconha: 'Fumo todo dia'

Levando uma vida longe dos holofotes e das redes sociais, Maria Gladys, que completará 85 anos no próximo dia 23, segue ativa na carreira de atriz. Ela se prepara para filmar um novo longa, "Privadas de suas vidas", terror dirigido por Gustavo Vinagre. Além disso, poderá ser vista no filme "A fúria", de Ruy Guerra, ainda sem data de estreia. Já na TV, seu papel mais recente foi em 2016, no humorístico "Pé na cova". Ela conta que sente vontade de voltar, mas não tem tido oportunidades. Atriz de 'Vale tudo': Filho de Íris Bruzzi fala da vida dela no Retiro dos Artistas, nega Alzheimer e diz que gastou R$ 30 mil em reforma de imóvel Veterana: Lucinha Lins fala dos 50 anos de carreira, dos filhos e do casamento de quatro décadas com o ator Claudio Tovar — Eu adoro fazer televisão. Sou quase o oposto de todos os atores da minha geração, que reclamavam de fazer TV. Eu amava, porque trabalhei com autores maravilhosos, como Aguinaldo Silva e Miguel Falabella, que escreviam especialmente para mim, o que me deixava muito grata. Fora o salário na conta todo mês, plano de saúde... O ator brasileiro que vem do teatro precisa ter uma família que banque ou então arrumar outros meios para se manter. Eu, como não tive pais ricos, encontrei essa estabilidade na televisão — afirma. Um dos trabalhos mais marcantes da sua carreira foi a faxineira Lucimar de "Vale tudo" (1989), novela que ganhará um remake no ano que vem: — "Vale tudo" foi uma novela muito divertida. Minha personagem fez muito sucesso. Eu criava muitas coisas, e o Aguinaldo Silva (um dos autores) concordava e adorava. Eu não sou contra o remake, seria muito feio se fosse. Vai ser outra novela. Nada é igual ao que já foi. Vai ser algo único, assim como a original. Ela conta que atualmente se mantém com o dinheiro de trabalhos pontuais e também com sua aposentadoria. Depois de morar um período em Santa Rita de Jacutinga, no interior de Minas Gerais, a atriz retornou ao Rio nos últimos meses. — Já não vou mais à praia como fazia antigamente. Os maquiadores ficavam loucos porque eu ficava bronzeada de tanto que eu ia. Hoje em dia, meu hobby é tomar meu chope. É o que eu gosto de fazer — explica ela, que, além da bebida, não abre mão da cannabis: — Eu sou maconheira, sou hippie. E acho uma hipocrisia a proibição. Não faz mal a ninguém. Eu fumo todo dia. Fumo na rua, como protesto. Eu sou de uma geração que protestou contra a ditadura. Eu estou acostumada com isso. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Maria conta que nos anos de chumbo, inclusive, foi morar em Londres para fugir da repressão aos artistas. Lá, conheceu um rapaz americano, com quem teve uma filha, Raquel, mãe da neta da atriz, Mia Goth, estrela de Hollywood: — No meio de todo aquele horror da ditadura, para mim, houve coisas boas: a minha filha e a Mia. Elas só nasceram porque eu fui para Londres e conheci meu namorado. A Mia viveu comigo dos 2 aos 5 anos. Desde aquela época eu já sabia que ela seria atriz. Ela é extraordinária. É uma neta muito querida. Infelizmente, quase não temos nos visto nos últimos anos, mas meu foco agora é me organizar para ir visitá-la. Galerias Relacionadas Mia Goth, de "Maxxine", é neta da atriz brasileira Maria Gladys Divulgação / TV Globo / Fabrício Mota

Nov 13, 2024 - 07:48
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Maria Gladys conta que está há anos sem ver a neta, a atriz de Hollywood Mia Goth, e diz ser a favor da legalização da maconha: 'Fumo todo dia'

Levando uma vida longe dos holofotes e das redes sociais, Maria Gladys, que completará 85 anos no próximo dia 23, segue ativa na carreira de atriz. Ela se prepara para filmar um novo longa, "Privadas de suas vidas", terror dirigido por Gustavo Vinagre. Além disso, poderá ser vista no filme "A fúria", de Ruy Guerra, ainda sem data de estreia. Já na TV, seu papel mais recente foi em 2016, no humorístico "Pé na cova". Ela conta que sente vontade de voltar, mas não tem tido oportunidades. Atriz de 'Vale tudo': Filho de Íris Bruzzi fala da vida dela no Retiro dos Artistas, nega Alzheimer e diz que gastou R$ 30 mil em reforma de imóvel Veterana: Lucinha Lins fala dos 50 anos de carreira, dos filhos e do casamento de quatro décadas com o ator Claudio Tovar — Eu adoro fazer televisão. Sou quase o oposto de todos os atores da minha geração, que reclamavam de fazer TV. Eu amava, porque trabalhei com autores maravilhosos, como Aguinaldo Silva e Miguel Falabella, que escreviam especialmente para mim, o que me deixava muito grata. Fora o salário na conta todo mês, plano de saúde... O ator brasileiro que vem do teatro precisa ter uma família que banque ou então arrumar outros meios para se manter. Eu, como não tive pais ricos, encontrei essa estabilidade na televisão — afirma. Um dos trabalhos mais marcantes da sua carreira foi a faxineira Lucimar de "Vale tudo" (1989), novela que ganhará um remake no ano que vem: — "Vale tudo" foi uma novela muito divertida. Minha personagem fez muito sucesso. Eu criava muitas coisas, e o Aguinaldo Silva (um dos autores) concordava e adorava. Eu não sou contra o remake, seria muito feio se fosse. Vai ser outra novela. Nada é igual ao que já foi. Vai ser algo único, assim como a original. Ela conta que atualmente se mantém com o dinheiro de trabalhos pontuais e também com sua aposentadoria. Depois de morar um período em Santa Rita de Jacutinga, no interior de Minas Gerais, a atriz retornou ao Rio nos últimos meses. — Já não vou mais à praia como fazia antigamente. Os maquiadores ficavam loucos porque eu ficava bronzeada de tanto que eu ia. Hoje em dia, meu hobby é tomar meu chope. É o que eu gosto de fazer — explica ela, que, além da bebida, não abre mão da cannabis: — Eu sou maconheira, sou hippie. E acho uma hipocrisia a proibição. Não faz mal a ninguém. Eu fumo todo dia. Fumo na rua, como protesto. Eu sou de uma geração que protestou contra a ditadura. Eu estou acostumada com isso. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Maria conta que nos anos de chumbo, inclusive, foi morar em Londres para fugir da repressão aos artistas. Lá, conheceu um rapaz americano, com quem teve uma filha, Raquel, mãe da neta da atriz, Mia Goth, estrela de Hollywood: — No meio de todo aquele horror da ditadura, para mim, houve coisas boas: a minha filha e a Mia. Elas só nasceram porque eu fui para Londres e conheci meu namorado. A Mia viveu comigo dos 2 aos 5 anos. Desde aquela época eu já sabia que ela seria atriz. Ela é extraordinária. É uma neta muito querida. Infelizmente, quase não temos nos visto nos últimos anos, mas meu foco agora é me organizar para ir visitá-la. Galerias Relacionadas Mia Goth, de "Maxxine", é neta da atriz brasileira Maria Gladys Divulgação / TV Globo / Fabrício Mota

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