Lula diz que estará pronto para concorrer à reeleição em 2026, mas espera não ser 'necessário'
Presidente afirma que discussão será feita com 'seriedade' e 'sobriedade' O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está pronto para "enfrentar a extrema-direita" nas eleições presidenciais de 2026, se não houver outro nome apto no partido, mas que espera "não ser necessário". Foco: Governo tenta acelerar projeto de emendas para não prejudicar definição de regras para o Orçamento de 2025 STF: Moraes vota pela condenação de 15 réus envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro O presidente gravou na quinta-feira uma entrevista com a jornalista Christiane Amanpour, da CNN. A entrevista foi ao ar na tarde desta sexta. — Eu tenho o compromisso de entregar esse país com economia equilibrada, menos desemprego. Vou deixar para pensar 2026 em 2026. Tem vários partidos que me apoiam, vou discutir isso com muita seriedade e sobriedade. Então, se chegar na hora e os partidos resolverem que não têm nenhum outro candidato para enfrentar uma pessoa da extrema-direita, negacionista, obviamente estarei pronto para enfrentar. Mas espero que não seja necessário. Espero que a gente tenha outros candidatos e que possa fazer uma grande renovação política no país e no mundo — disse Lula em entrevista à CNN. O petista também afirmou que escolher um candidato jovem para competir o pleito não irá "resolver o problema": — Governar não é praticar esporte, ou seja, não é o problema da juventude que vai resolver o problema da governança. O que vai resolver o problema da governança é a competência do governante, é o compromisso do governante, é a cabeça do governante, é a saúde e os compromissos do governante. Lula ainda minimizou a relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Trump, ao ser questionado se a proximidade entre os dois poderá influenciar o ex-presidente a concorrer em 2026. — Ele era presidente e eu o derrotei — respondeu. — Se ele (Bolsonaro) estava apoiando o Trump, ele não tem voto nos Estados Unidos. Corte de gastos A entrevista vai ao ar no momento em que ministros estão reunidos com o presidente no Palácio do Planalto em mais uma rodade de debates sobre o ajuste fiscal. Os encontros vêm ocorrendo há dias no Palácio do Planalto. Mas, até agora, não houve uma definição. A indefinição deixa um clima de tensão entre os ministros que podem ter suas pastas afetadas e também no mercado financeiro. A Bolsa de São Paulo, a B3, fechou em queda ontem, destoando da alta dos mercados no mundo. Como O GLOBO mostrou nesta quinta, mudanças no seguro-desemprego e abono salarial (o abono PIS/Pasep) e em programas sociais viraram motivo de embate entre ministros nas reuniões sobre corte de gastos que ocorrem ao longo desta semana no Palácio do Planalto.
Presidente afirma que discussão será feita com 'seriedade' e 'sobriedade' O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está pronto para "enfrentar a extrema-direita" nas eleições presidenciais de 2026, se não houver outro nome apto no partido, mas que espera "não ser necessário". Foco: Governo tenta acelerar projeto de emendas para não prejudicar definição de regras para o Orçamento de 2025 STF: Moraes vota pela condenação de 15 réus envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro O presidente gravou na quinta-feira uma entrevista com a jornalista Christiane Amanpour, da CNN. A entrevista foi ao ar na tarde desta sexta. — Eu tenho o compromisso de entregar esse país com economia equilibrada, menos desemprego. Vou deixar para pensar 2026 em 2026. Tem vários partidos que me apoiam, vou discutir isso com muita seriedade e sobriedade. Então, se chegar na hora e os partidos resolverem que não têm nenhum outro candidato para enfrentar uma pessoa da extrema-direita, negacionista, obviamente estarei pronto para enfrentar. Mas espero que não seja necessário. Espero que a gente tenha outros candidatos e que possa fazer uma grande renovação política no país e no mundo — disse Lula em entrevista à CNN. O petista também afirmou que escolher um candidato jovem para competir o pleito não irá "resolver o problema": — Governar não é praticar esporte, ou seja, não é o problema da juventude que vai resolver o problema da governança. O que vai resolver o problema da governança é a competência do governante, é o compromisso do governante, é a cabeça do governante, é a saúde e os compromissos do governante. Lula ainda minimizou a relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Trump, ao ser questionado se a proximidade entre os dois poderá influenciar o ex-presidente a concorrer em 2026. — Ele era presidente e eu o derrotei — respondeu. — Se ele (Bolsonaro) estava apoiando o Trump, ele não tem voto nos Estados Unidos. Corte de gastos A entrevista vai ao ar no momento em que ministros estão reunidos com o presidente no Palácio do Planalto em mais uma rodade de debates sobre o ajuste fiscal. Os encontros vêm ocorrendo há dias no Palácio do Planalto. Mas, até agora, não houve uma definição. A indefinição deixa um clima de tensão entre os ministros que podem ter suas pastas afetadas e também no mercado financeiro. A Bolsa de São Paulo, a B3, fechou em queda ontem, destoando da alta dos mercados no mundo. Como O GLOBO mostrou nesta quinta, mudanças no seguro-desemprego e abono salarial (o abono PIS/Pasep) e em programas sociais viraram motivo de embate entre ministros nas reuniões sobre corte de gastos que ocorrem ao longo desta semana no Palácio do Planalto.
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