Lula diz que China e Brasil defendem 'paz e diálogo'; Xi Jinping afirma que comunidade internacional deve fazer mais por Gaza

Países também trataram de investimentos O presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou a guerra na Ucrânia e afirmou que Brasil e China colocam a "paz e o diálogo" em primeiro lugar nas relações com outros países. O líder brasileiro deu a declaração após reunião com o presidente da China, Xi Jinping, na qual também foram assinados tratados comerciais. O presidente da China, por sua vez, disse que "o mundo não está tranquilo" e defendeu o cessar-fogo na Faixa de Gaza e afirmou não haver solução simples para a Guerra no Leste europeu. G20: Lula diz que orçamento de guerras é mil vezes superior ao da OMS: 'Para destruir vidas, países ricos investem mais' Guerra: No G20, chanceler russo diz que lançamento de mísseis de longo alcance pela Ucrânia marca 'nova fase da guerra' — Em um mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar — disse Lula. — Os “Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China para uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia" são exemplo da convergência de visões em matéria de segurança internacional. Jamais venceremos o flagelo da fome em meio à insensatez das guerras — afirmou Lula, voltando a defender a reforma na governança global. O presidente chinês afirmou que, só quando o mundo abraçar a segurança comum, irá trilhar um caminho da segurança universal. Initial plugin text — Sobre a crise na Ucrânia, não existe solução simples para um assunto tão complexo. China e Brasil emitiram os entendimentos comuns sobre uma resolução política para a crise na Ucrânia e criamos o grupo de amigos da paz, com os outros amigos do sul global para viabilizar uma solução. Devemos reunir mais vozes que advogam a paz. Brasil e China têm uma proposta de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia e o jogo que está sobre o tabuleiro pode mudar, com uma esperada aproximação de Donald Trump com o russo Vladimir Putin. Lula e Xi defendem o diálogo. A negociação seria levada ao Conselho de Segurança da ONU. Já Trump prometeu acabar com o conflito rapidamente e o mais provável é que ele retire recursos americanos investidos na guerra. Já nos dias de hoje, para a Ucrânia, Brasília e Pequim não são atores neutros. Em relação à ofensiva promovida por Israel na Faixa de Gaza, o presidente chinês afirmou: — A situação humanitária na Faixa de Gaza ainda está se deteriorando, com a segurança regional gravemente impactada. Somos profundamente preocupados e a comunidade internacional tem que fazer mais. Para resolver a crise atual, é preciso focar na Palestina, que é a causa raiz. Apelamos para cessar fogo imediato e implementação da solução de dois Estados. Investimentos O presidente brasileiro anunciou a criação de uma força-tarefa para definição de projetos estratégicos com o país asiático. Último dia da cúpula do G20: Lula propõe que países antecipem suas metas para o clima — Esta visita de Estado reforça a ambição e renova o pioneirismo do nosso relacionamento. Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial — disse Lula. O presidente brasileiro lembrou que a China é o maior parceiro comercial do país desde 2009. Disse que o Brasil é a principal fonte de alimentos para o país asiático. Pauta central: Lula lança oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula do G20 — Queremos adensar a cadeia de valor em nosso território, além de ampliar e diversificar a pauta com nosso maior parceiro comercial. No contexto desta visita, quase 40 atos internacionais foram assinados em áreas como comércio, agricultura, indústria, investimentos, ciência e tecnologia, comunicações, saúde, energia, cultura, educação e turismo — disse Lula. Também participaram da reunião no Alvorada o vice-presidente Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Juscelino Filho (Comunicações), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Simone Tebet (Planejamento). Também estavam na reunião ao assessor especial Celso Amorim, o residente do BNDES Aloizio Mercadante, o presidente indicado ao Banco Central Gabriel Galípolo. O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente Lula Cristiano Mariz Outras visitas Desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a China em 1974, ocorreram cinco visitas de Estado de presidentes chineses ao Brasil: 1993 - o então presidente Jiang Zemin realizou a primeira visita oficial ao Brasil, marcando o início de uma série de intercâmbios de alto nível entre os dois países. 2004 - o ex-presidente Hu Jintao visitou o Brasil, consolidando a parceria estratégica estabelecida em 1993 e ampliando a cooperação bilateral em diversas áreas. 2014 - o presidente Xi Jinping esteve no Brasil para participar da VI Cúpula do Brics

Nov 20, 2024 - 16:34
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Lula diz que China e Brasil defendem 'paz e diálogo'; Xi Jinping afirma que comunidade internacional deve fazer mais por Gaza

Países também trataram de investimentos O presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou a guerra na Ucrânia e afirmou que Brasil e China colocam a "paz e o diálogo" em primeiro lugar nas relações com outros países. O líder brasileiro deu a declaração após reunião com o presidente da China, Xi Jinping, na qual também foram assinados tratados comerciais. O presidente da China, por sua vez, disse que "o mundo não está tranquilo" e defendeu o cessar-fogo na Faixa de Gaza e afirmou não haver solução simples para a Guerra no Leste europeu. G20: Lula diz que orçamento de guerras é mil vezes superior ao da OMS: 'Para destruir vidas, países ricos investem mais' Guerra: No G20, chanceler russo diz que lançamento de mísseis de longo alcance pela Ucrânia marca 'nova fase da guerra' — Em um mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar — disse Lula. — Os “Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China para uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia" são exemplo da convergência de visões em matéria de segurança internacional. Jamais venceremos o flagelo da fome em meio à insensatez das guerras — afirmou Lula, voltando a defender a reforma na governança global. O presidente chinês afirmou que, só quando o mundo abraçar a segurança comum, irá trilhar um caminho da segurança universal. Initial plugin text — Sobre a crise na Ucrânia, não existe solução simples para um assunto tão complexo. China e Brasil emitiram os entendimentos comuns sobre uma resolução política para a crise na Ucrânia e criamos o grupo de amigos da paz, com os outros amigos do sul global para viabilizar uma solução. Devemos reunir mais vozes que advogam a paz. Brasil e China têm uma proposta de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia e o jogo que está sobre o tabuleiro pode mudar, com uma esperada aproximação de Donald Trump com o russo Vladimir Putin. Lula e Xi defendem o diálogo. A negociação seria levada ao Conselho de Segurança da ONU. Já Trump prometeu acabar com o conflito rapidamente e o mais provável é que ele retire recursos americanos investidos na guerra. Já nos dias de hoje, para a Ucrânia, Brasília e Pequim não são atores neutros. Em relação à ofensiva promovida por Israel na Faixa de Gaza, o presidente chinês afirmou: — A situação humanitária na Faixa de Gaza ainda está se deteriorando, com a segurança regional gravemente impactada. Somos profundamente preocupados e a comunidade internacional tem que fazer mais. Para resolver a crise atual, é preciso focar na Palestina, que é a causa raiz. Apelamos para cessar fogo imediato e implementação da solução de dois Estados. Investimentos O presidente brasileiro anunciou a criação de uma força-tarefa para definição de projetos estratégicos com o país asiático. Último dia da cúpula do G20: Lula propõe que países antecipem suas metas para o clima — Esta visita de Estado reforça a ambição e renova o pioneirismo do nosso relacionamento. Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial — disse Lula. O presidente brasileiro lembrou que a China é o maior parceiro comercial do país desde 2009. Disse que o Brasil é a principal fonte de alimentos para o país asiático. Pauta central: Lula lança oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula do G20 — Queremos adensar a cadeia de valor em nosso território, além de ampliar e diversificar a pauta com nosso maior parceiro comercial. No contexto desta visita, quase 40 atos internacionais foram assinados em áreas como comércio, agricultura, indústria, investimentos, ciência e tecnologia, comunicações, saúde, energia, cultura, educação e turismo — disse Lula. Também participaram da reunião no Alvorada o vice-presidente Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Juscelino Filho (Comunicações), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Simone Tebet (Planejamento). Também estavam na reunião ao assessor especial Celso Amorim, o residente do BNDES Aloizio Mercadante, o presidente indicado ao Banco Central Gabriel Galípolo. O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente Lula Cristiano Mariz Outras visitas Desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a China em 1974, ocorreram cinco visitas de Estado de presidentes chineses ao Brasil: 1993 - o então presidente Jiang Zemin realizou a primeira visita oficial ao Brasil, marcando o início de uma série de intercâmbios de alto nível entre os dois países. 2004 - o ex-presidente Hu Jintao visitou o Brasil, consolidando a parceria estratégica estabelecida em 1993 e ampliando a cooperação bilateral em diversas áreas. 2014 - o presidente Xi Jinping esteve no Brasil para participar da VI Cúpula do Brics, realizada em Fortaleza, e em seguida fez uma visita de Estado a Brasília, com reforço dos laços econômicos e políticos. 2019 - Xi Jinping retornou ao Brasil para a XI Cúpula do BRICS, ocorrida em Brasília, onde foram discutidas questões de interesse comum e aprofundadas as relações bilaterais. 2024 - Xi participou da Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro, e nesta quarta-feira fará uma visita de Estado a Brasília, com acordos em agricultura, infraestrutura e finanças.

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