Lula começa a receber líderes mundiais no G20 com divergências sobre quatro pontos da declaração; veja quais
A discussão sobre geopolítica aumentou a tensão na reta final, que inclui discussões sobre redação e impasse com a Argentina O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa a receber, na manhã desta segunda-feira, os líderes mundiais para a cúpula do G20 com divergências ainda a serem resolvidas em quatro temas da declaração final. Debate: Novo ataque russo à Ucrânia faz países tentarem reabrir discussão sobre documento final do G20 Negociações: Países do G7 pressionam, mas Brasil resiste em reabrir texto da declaração do G20 sobre guerra na Ucrânia Consultas feitas ao longo de todo o domingo às delegações não foram suficientes para se chegar ao consenso em geopolítica, taxação de super-ricos, clima e gênero, segundo duas fontes com acesso à tratativas. Agora, com o início oficial da Cúpula, a negociação passa para os chefes de Estado, que estarão reunidos durante o dia no Museu de Arte Moderna (MAM) com um grupo de ministros e assessores diretos. Como o Globo antecipou ontem, o ataque russo de grandes proporções à Ucrânia na noite de sábado criou tensão adicional para as negociações na reta final com países querendo reabrir as discussões sobre geopolítica. O pleito, encabeçado pelos países do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA), encorpou a lista de preocupações da presidência brasileira, determinada a alcançar um consenso para a declaração final. Isso porque divergências em temas como clima, gênero e taxação de super-ricos já vinham arrastando a solução final. Nesses pontos, a postura da Argentina se tornou o grande problema. Os representantes de Javier Milei vem endurecendo seus posicionamentos, questionando a redação e inclusão de temas que eles, inclusive, já haviam apoiado anteriormente. Um diplomata brasileiro diz que, a esta altura, seria inviável reabrir as negociações e voltar todos à mesa, mesmo diante de fatos novos como o ataque russo aos ucranianos. As tratativas agora se resumem a eventualmente mudar uma palavra ou suprimir algum termo, no máximo. Segundo essa fonte, entramos na fase de “pegar ou largar”, uma pressão que também pode favorecer o consenso. É difícil para um país manter uma posição isolada e se opor a todos os outros quando chega no último momento. A taxação de super-ricos, por exemplo, consta do texto final e lá permanecerá, diz um integrante do governo brasileiro. As negociações vão ocorrer em paralelo enquanto os chefes de Estado participam de dois painéis. O evento será aberto por Lula com o lançamento da Aliança Global contra a Fome.
A discussão sobre geopolítica aumentou a tensão na reta final, que inclui discussões sobre redação e impasse com a Argentina O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa a receber, na manhã desta segunda-feira, os líderes mundiais para a cúpula do G20 com divergências ainda a serem resolvidas em quatro temas da declaração final. Debate: Novo ataque russo à Ucrânia faz países tentarem reabrir discussão sobre documento final do G20 Negociações: Países do G7 pressionam, mas Brasil resiste em reabrir texto da declaração do G20 sobre guerra na Ucrânia Consultas feitas ao longo de todo o domingo às delegações não foram suficientes para se chegar ao consenso em geopolítica, taxação de super-ricos, clima e gênero, segundo duas fontes com acesso à tratativas. Agora, com o início oficial da Cúpula, a negociação passa para os chefes de Estado, que estarão reunidos durante o dia no Museu de Arte Moderna (MAM) com um grupo de ministros e assessores diretos. Como o Globo antecipou ontem, o ataque russo de grandes proporções à Ucrânia na noite de sábado criou tensão adicional para as negociações na reta final com países querendo reabrir as discussões sobre geopolítica. O pleito, encabeçado pelos países do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA), encorpou a lista de preocupações da presidência brasileira, determinada a alcançar um consenso para a declaração final. Isso porque divergências em temas como clima, gênero e taxação de super-ricos já vinham arrastando a solução final. Nesses pontos, a postura da Argentina se tornou o grande problema. Os representantes de Javier Milei vem endurecendo seus posicionamentos, questionando a redação e inclusão de temas que eles, inclusive, já haviam apoiado anteriormente. Um diplomata brasileiro diz que, a esta altura, seria inviável reabrir as negociações e voltar todos à mesa, mesmo diante de fatos novos como o ataque russo aos ucranianos. As tratativas agora se resumem a eventualmente mudar uma palavra ou suprimir algum termo, no máximo. Segundo essa fonte, entramos na fase de “pegar ou largar”, uma pressão que também pode favorecer o consenso. É difícil para um país manter uma posição isolada e se opor a todos os outros quando chega no último momento. A taxação de super-ricos, por exemplo, consta do texto final e lá permanecerá, diz um integrante do governo brasileiro. As negociações vão ocorrer em paralelo enquanto os chefes de Estado participam de dois painéis. O evento será aberto por Lula com o lançamento da Aliança Global contra a Fome.
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