Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal
Sotheby's 'incentivou clientes a declarar fraudulentamente que as obras de arte que compravam eram destinadas à revenda' A casa de leilões Sotheby's chegou a um acordo com a Justiça de Nova York para pagar uma multa de 6,25 milhões de dólares — cerca de R$ 36 milhões, na cotação atual — por ter ajudado clientes a burlar impostos, anunciou a procuradoria nesta quinta-feira. O escritório da procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, explica em comunicado que a casa de leilões, com sede na capital financeira, havia “incentivado clientes a declarar fraudulentamente que as obras de arte que compravam eram destinadas à revenda”. Essa estratégia evitou que esses clientes “pagassem impostos sobre a venda de dezenas de milhões de dólares em obras de arte adquiridas entre 2010 e 2020”. Segundo Letitia James, que entrou com a ação em novembro de 2020, "um importante cliente identificado como 'o colecionador' comprou da Sotheby's obras de arte no valor de 27 milhões de dólares entre 2010 e 2015 usando o sistema de certificados de revenda isentos de impostos". A casa de leilões "sabia" que as obras estavam destinadas à coleção privada desse cliente, e "funcionários da Sotheby's chegaram a ajudar a instalá-las" em sua casa. Em novembro de 2018, foi firmado outro acordo extrajudicial com a empresa Porsal Equities, pertencente a um colecionador não identificado com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, para o pagamento de mais de 10 milhões de dólares em impostos, multas e indenizações. A Sotheby's, propriedade do bilionário franco-israelense-marroquino Patrick Drahi desde 2019, também emitiu certificados de revenda falsos "para pelo menos outros sete clientes" entre 2012 e 2020. Além da penalidade financeira, a casa de leilões deverá implementar "reformas significativas" para garantir as intenções finais de seus compradores.
Sotheby's 'incentivou clientes a declarar fraudulentamente que as obras de arte que compravam eram destinadas à revenda' A casa de leilões Sotheby's chegou a um acordo com a Justiça de Nova York para pagar uma multa de 6,25 milhões de dólares — cerca de R$ 36 milhões, na cotação atual — por ter ajudado clientes a burlar impostos, anunciou a procuradoria nesta quinta-feira. O escritório da procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, explica em comunicado que a casa de leilões, com sede na capital financeira, havia “incentivado clientes a declarar fraudulentamente que as obras de arte que compravam eram destinadas à revenda”. Essa estratégia evitou que esses clientes “pagassem impostos sobre a venda de dezenas de milhões de dólares em obras de arte adquiridas entre 2010 e 2020”. Segundo Letitia James, que entrou com a ação em novembro de 2020, "um importante cliente identificado como 'o colecionador' comprou da Sotheby's obras de arte no valor de 27 milhões de dólares entre 2010 e 2015 usando o sistema de certificados de revenda isentos de impostos". A casa de leilões "sabia" que as obras estavam destinadas à coleção privada desse cliente, e "funcionários da Sotheby's chegaram a ajudar a instalá-las" em sua casa. Em novembro de 2018, foi firmado outro acordo extrajudicial com a empresa Porsal Equities, pertencente a um colecionador não identificado com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, para o pagamento de mais de 10 milhões de dólares em impostos, multas e indenizações. A Sotheby's, propriedade do bilionário franco-israelense-marroquino Patrick Drahi desde 2019, também emitiu certificados de revenda falsos "para pelo menos outros sete clientes" entre 2012 e 2020. Além da penalidade financeira, a casa de leilões deverá implementar "reformas significativas" para garantir as intenções finais de seus compradores.
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