Israel não cumpriu prazo dos EUA para aumentar ajuda em Gaza, diz agência da ONU
Pouco antes do limite imposto por Washington expirar, autoridades israelenses anunciaram abertura de novo ponto de passagem de ajuda humanitária; órgão das Nações Unidas, porém, relata menor entrada de suprimentos no enclave em um ano A principal agência de ajuda das Nações Unidas para refugiados palestinos na Faixa de Gaza (UNRWA, na sigla em inglês) afirmou nesta terça-feira que Israel não cumpriu o prazo dado pelos Estados Unidos para aumentar a entrada de ajuda no enclave. Em 13 de outubro, os ministros das Relações Exteriores e da Defesa dos EUA, Antony Blinken e Lloyd Austin, enviaram uma carta ao Estado judeu com uma série de exigências destinadas a facilitar o aumento da ajuda humanitária no território, dando a Israel um prazo de 30 dias para responder. Caso contrário, Washington ameaçou suspender parte da assistência militar ao país. Apagão em Gaza: Palestinos vivem no escuro há mais de um ano após Israel cortar rede elétrica Catástrofe: Situação no norte de Gaza é cada vez mais descrita como 'limpeza étnica', diz chefe da diplomacia da UE O prazo expirou nesta terça-feira — e, segundo a ONU, a quantidade de ajuda que entrou em Gaza nesse período esteve no nível mais baixo em um ano. Conforme publicado pela BBC, um relatório apoiado pelas Nações Unidas alertou recentemente para a fome iminente no norte do enclave, onde quase nenhuma ajuda entrou no último mês. A chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Catherine Russell, declarou no início deste mês que toda a população palestina no norte de Gaza está em “risco iminente” de morte por doenças, fome ou pelos “bombardeios contínuos” do Exército de Israel. Nesta terça-feira, pouco antes do prazo limite imposto pelos EUA expirar, o Exército israelense anunciou a abertura de um novo ponto de passagem para ajuda humanitária no enclave. Em comunicado das Forças Armadas em conjunto com o COGAT, órgão do Ministério da Defesa de Israel responsável pelos assuntos civis nos territórios palestinos, foi informado que a medida representa “parte do esforço e do compromisso de aumentar o volume e as vias de ajuda à Faixa de Gaza”. A iniciativa era esperada pelo menos desde quinta-feira passada, quando o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, anunciou que Israel abriria “nos próximos dias” o ponto de acesso. Apesar disso, na carta de 13 de outubro, Blinken disse que as autoridades israelenses precisavam permitir a entrada de no mínimo 350 caminhões por dia em Gaza, todos os dias, até 12 de novembro. Segundo Louise Wateridge, coordenadora de emergências da UNRWA, porém, a média de outubro foi de 37 caminhões por dia para toda a Faixa de Gaza. Quando questionada pela BBC se Israel fez o suficiente desde o ultimato dos EUA para atender às exigências americanas, ela disse de forma direta: “não”. — Não há ajuda o suficiente aqui. Não há suprimentos suficientes. As pessoas estão morrendo de fome em algumas áreas. As pessoas estão com muita fome, elas brigam por sacos de farinha — disse Wateridge à rede britânica. — A média de outubro foi de 37 caminhões por dia para toda a Faixa de Gaza. Trinta e sete caminhões por dia para uma população de 2,2 milhões de pessoas que precisam de absolutamente tudo. Não é suficiente, Nunca será suficiente. Israel afirma, sem provas, que aumentou a quantidade de ajuda destinada à Faixa de Gaza — e acusa as agências de ajuda de não distribuí-la adequadamente.
Pouco antes do limite imposto por Washington expirar, autoridades israelenses anunciaram abertura de novo ponto de passagem de ajuda humanitária; órgão das Nações Unidas, porém, relata menor entrada de suprimentos no enclave em um ano A principal agência de ajuda das Nações Unidas para refugiados palestinos na Faixa de Gaza (UNRWA, na sigla em inglês) afirmou nesta terça-feira que Israel não cumpriu o prazo dado pelos Estados Unidos para aumentar a entrada de ajuda no enclave. Em 13 de outubro, os ministros das Relações Exteriores e da Defesa dos EUA, Antony Blinken e Lloyd Austin, enviaram uma carta ao Estado judeu com uma série de exigências destinadas a facilitar o aumento da ajuda humanitária no território, dando a Israel um prazo de 30 dias para responder. Caso contrário, Washington ameaçou suspender parte da assistência militar ao país. Apagão em Gaza: Palestinos vivem no escuro há mais de um ano após Israel cortar rede elétrica Catástrofe: Situação no norte de Gaza é cada vez mais descrita como 'limpeza étnica', diz chefe da diplomacia da UE O prazo expirou nesta terça-feira — e, segundo a ONU, a quantidade de ajuda que entrou em Gaza nesse período esteve no nível mais baixo em um ano. Conforme publicado pela BBC, um relatório apoiado pelas Nações Unidas alertou recentemente para a fome iminente no norte do enclave, onde quase nenhuma ajuda entrou no último mês. A chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Catherine Russell, declarou no início deste mês que toda a população palestina no norte de Gaza está em “risco iminente” de morte por doenças, fome ou pelos “bombardeios contínuos” do Exército de Israel. Nesta terça-feira, pouco antes do prazo limite imposto pelos EUA expirar, o Exército israelense anunciou a abertura de um novo ponto de passagem para ajuda humanitária no enclave. Em comunicado das Forças Armadas em conjunto com o COGAT, órgão do Ministério da Defesa de Israel responsável pelos assuntos civis nos territórios palestinos, foi informado que a medida representa “parte do esforço e do compromisso de aumentar o volume e as vias de ajuda à Faixa de Gaza”. A iniciativa era esperada pelo menos desde quinta-feira passada, quando o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, anunciou que Israel abriria “nos próximos dias” o ponto de acesso. Apesar disso, na carta de 13 de outubro, Blinken disse que as autoridades israelenses precisavam permitir a entrada de no mínimo 350 caminhões por dia em Gaza, todos os dias, até 12 de novembro. Segundo Louise Wateridge, coordenadora de emergências da UNRWA, porém, a média de outubro foi de 37 caminhões por dia para toda a Faixa de Gaza. Quando questionada pela BBC se Israel fez o suficiente desde o ultimato dos EUA para atender às exigências americanas, ela disse de forma direta: “não”. — Não há ajuda o suficiente aqui. Não há suprimentos suficientes. As pessoas estão morrendo de fome em algumas áreas. As pessoas estão com muita fome, elas brigam por sacos de farinha — disse Wateridge à rede britânica. — A média de outubro foi de 37 caminhões por dia para toda a Faixa de Gaza. Trinta e sete caminhões por dia para uma população de 2,2 milhões de pessoas que precisam de absolutamente tudo. Não é suficiente, Nunca será suficiente. Israel afirma, sem provas, que aumentou a quantidade de ajuda destinada à Faixa de Gaza — e acusa as agências de ajuda de não distribuí-la adequadamente.
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