Invicto há 13 jogos, Roger Machado supera desconfiança da torcida e faz Internacional sonhar com G-4 no Brasileiro
Após início conturbado com Eduardo Coudet, Colorado tem a melhor campanha do 2º turno A ascensão do Internacional no Campeonato Brasileiro está diretamente ligada à chegada de Roger Machado ao comando técnico no fim de julho, substituindo o argentino Eduardo Coudet. Apesar dos cinco jogos sem vitória no início de seu trabalho, o time gaúcho reencontrou o caminho das vitórias e passou a impressionar não só pelos resultados, mas também pelo futebol de alto nível, à altura da elite nacional. Com a melhor campanha do segundo turno — 28 pontos em 13 jogos — e na quinta colocação, o Colorado busca entrar no G-4 no confronto com o Fluminense hoje, às 19h, no Beira-Rio, pela 33ª rodada. Um fator que certamente facilitou a adaptação de Roger foi a oportunidade de o Inter jogar novamente em seu estádio, que ficou interditado por mais de dois meses devido às enchentes de maio em Porto Alegre. Em campo, o treinador realizou mudanças pontuais que reacenderam o espírito do elenco colorado, reconquistando a torcida com atuações convincentes. Roger Machado, técnico do Internacional Ricardo Duarte/Internacional/DIVULGAÇÃO Entre essas mudanças, destaca-se a escolha de Thiago Maia, ex-Flamengo, como peça-chave no equilíbrio do meio-campo, com formações táticas que alternam entre 4-2-3-1 e 4-1-3-2, conforme a situação de ataque ou defesa. Nesse esquema, Alan Patrick ganha mais liberdade. Além de uma técnica acima da média, o meia vive uma das melhores fases da carreira. Não à toa, acumula seis gols e três assistências nos últimos dez jogos, liderando diversas estatísticas do time no campeonato, como participações em gols (dez) e grandes chances criadas por partida (11). Outro destaque é o atacante Wesley, artilheiro da equipe com oito gols. A lateral-esquerda, que era um dos setores mais criticados na época de Coudet, simboliza bem a transformação sob o comando de Roger. O novo treinador apostou na ofensividade de Bernabei, em substituição ao contestado Renê. A troca funcionou de tal forma que o argentino se tornou uma peça valiosa tanto no ataque quanto na defesa, liderando o time em desarmes por partida (2,5). No lado direito, a falta de opções levou à improvisação do meia Bruno Gomes — apelidado de “Cafu” Gomes pelo elenco —, ex-Vasco, que se firmou como titular, sendo outro "achado" do treinador. Além das estratégias de jogo, as vitórias vieram acompanhadas de uma postura aguerrida em campo. Com uma mentalidade vencedora, o time de Roger não perde há 13 jogos — a última derrota foi para o Atlético-GO, fora de casa, em 18 de agosto — e ostenta a terceira melhor defesa (28 gols sofridos) e o quinto melhor ataque (44 gols marcados) na competição. — É uma equipe que não aceita perder. Pode até jogar mal em um jogo ou outro, mas luta até o fim para conquistar algum resultado, nem que seja um empate, como ocorreu recentemente contra o Flamengo (terminou 1 a 1) — destaca Tomás Hammes. — Nos tempos de Coudet, era muito difícil ver o Inter reagir quando estava atrás no placar, pois se entregava facilmente e sentia o gol do adversário. Roger deu uma "cara nova" à equipe. Ídolo no Rival Embora a torcida colorada esteja empolgada com a atual fase, houve inicialmente certa resistência com a contratação de Roger, que construiu sua idolatria no rival Grêmio como jogador no final dos anos 90 e início dos anos 2000. No entanto, o trabalho diário do técnico transformou a desconfiança inicial em aprovação. — É natural que tenha havido rejeição na chegada. Ele foi dissipando a desconfiança da torcida e consolidando sua imagem, principalmente com a vitória no Grenal (1 a 0, no Beira-Rio). A torcida tem respondido positivamente ao desempenho do time em campo. É claro que o resultado é essencial, né? Então, não posso dizer que ele é unanimidade, mas boa parte da torcida reconhece sua felicidade em treinar o Inter — observa um comentarista. Com seis rodadas restantes, o Internacional de Roger Machado pode demonstrar que resultado e desempenho podem caminhar juntos. Em um momento de ascensão, o líder do returno busca provar, com a bola rolando, que merece a classificação direta para a fase de grupos da Libertadores.
Após início conturbado com Eduardo Coudet, Colorado tem a melhor campanha do 2º turno A ascensão do Internacional no Campeonato Brasileiro está diretamente ligada à chegada de Roger Machado ao comando técnico no fim de julho, substituindo o argentino Eduardo Coudet. Apesar dos cinco jogos sem vitória no início de seu trabalho, o time gaúcho reencontrou o caminho das vitórias e passou a impressionar não só pelos resultados, mas também pelo futebol de alto nível, à altura da elite nacional. Com a melhor campanha do segundo turno — 28 pontos em 13 jogos — e na quinta colocação, o Colorado busca entrar no G-4 no confronto com o Fluminense hoje, às 19h, no Beira-Rio, pela 33ª rodada. Um fator que certamente facilitou a adaptação de Roger foi a oportunidade de o Inter jogar novamente em seu estádio, que ficou interditado por mais de dois meses devido às enchentes de maio em Porto Alegre. Em campo, o treinador realizou mudanças pontuais que reacenderam o espírito do elenco colorado, reconquistando a torcida com atuações convincentes. Roger Machado, técnico do Internacional Ricardo Duarte/Internacional/DIVULGAÇÃO Entre essas mudanças, destaca-se a escolha de Thiago Maia, ex-Flamengo, como peça-chave no equilíbrio do meio-campo, com formações táticas que alternam entre 4-2-3-1 e 4-1-3-2, conforme a situação de ataque ou defesa. Nesse esquema, Alan Patrick ganha mais liberdade. Além de uma técnica acima da média, o meia vive uma das melhores fases da carreira. Não à toa, acumula seis gols e três assistências nos últimos dez jogos, liderando diversas estatísticas do time no campeonato, como participações em gols (dez) e grandes chances criadas por partida (11). Outro destaque é o atacante Wesley, artilheiro da equipe com oito gols. A lateral-esquerda, que era um dos setores mais criticados na época de Coudet, simboliza bem a transformação sob o comando de Roger. O novo treinador apostou na ofensividade de Bernabei, em substituição ao contestado Renê. A troca funcionou de tal forma que o argentino se tornou uma peça valiosa tanto no ataque quanto na defesa, liderando o time em desarmes por partida (2,5). No lado direito, a falta de opções levou à improvisação do meia Bruno Gomes — apelidado de “Cafu” Gomes pelo elenco —, ex-Vasco, que se firmou como titular, sendo outro "achado" do treinador. Além das estratégias de jogo, as vitórias vieram acompanhadas de uma postura aguerrida em campo. Com uma mentalidade vencedora, o time de Roger não perde há 13 jogos — a última derrota foi para o Atlético-GO, fora de casa, em 18 de agosto — e ostenta a terceira melhor defesa (28 gols sofridos) e o quinto melhor ataque (44 gols marcados) na competição. — É uma equipe que não aceita perder. Pode até jogar mal em um jogo ou outro, mas luta até o fim para conquistar algum resultado, nem que seja um empate, como ocorreu recentemente contra o Flamengo (terminou 1 a 1) — destaca Tomás Hammes. — Nos tempos de Coudet, era muito difícil ver o Inter reagir quando estava atrás no placar, pois se entregava facilmente e sentia o gol do adversário. Roger deu uma "cara nova" à equipe. Ídolo no Rival Embora a torcida colorada esteja empolgada com a atual fase, houve inicialmente certa resistência com a contratação de Roger, que construiu sua idolatria no rival Grêmio como jogador no final dos anos 90 e início dos anos 2000. No entanto, o trabalho diário do técnico transformou a desconfiança inicial em aprovação. — É natural que tenha havido rejeição na chegada. Ele foi dissipando a desconfiança da torcida e consolidando sua imagem, principalmente com a vitória no Grenal (1 a 0, no Beira-Rio). A torcida tem respondido positivamente ao desempenho do time em campo. É claro que o resultado é essencial, né? Então, não posso dizer que ele é unanimidade, mas boa parte da torcida reconhece sua felicidade em treinar o Inter — observa um comentarista. Com seis rodadas restantes, o Internacional de Roger Machado pode demonstrar que resultado e desempenho podem caminhar juntos. Em um momento de ascensão, o líder do returno busca provar, com a bola rolando, que merece a classificação direta para a fase de grupos da Libertadores.
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